Realizou-se hoje o funeral do
Coronel Varela Gomes, um militar de Abril que participou activamente na luta
pela liberdade e pela democracia, antes e depois do 25 de Abril.
O funeral saiu ao fim da manhã
desta quinta-feira da Basílica da Estrela, onde esteve em câmara ardente, para
o crematório do Alto de S. João.
Pela Basílica, para além de
familiares e amigos, passaram diversas personalidades civis e militares,
nomeadamente os ex-conselheiros da revolução Martins Guerreiro e Pezarat
Correia, e o deputado António Filipe.
O Coronel João Varela Gomes
participou activamente na luta antifascista, o que lhe valeu a passagem pelas
prisões da PIDE (a polícia política do regime fascista) e a expulsão do
Exército.
Após o 25 de Abril, foi
reintegrado no posto de Coronel e desempenhou diversas funções, envolvendo-se
de forma determinada no processo revolucionário e nas estruturas do Movimento
das Forças Armadas.
AbrilAbril, com atualização de PG
À MARGEM
Cinquentenário da Revolta de Beja
Ana Goulart | Seara Nova (2012)
Na madrugada do dia 1 de Janeiro
de 1962, um grupo de miltares e civis ousou enfrentar o regime fascista de
Salazar promovendo uma revolta armada que tinha como objectivo inicial tomar o
quartel de Infantaria 3 de Beja e, por esse motivo, acabou por ficar para a
História como "assalto ao quartel de Beja". Ação gizada pelo general
Humberto Delgado, a tentativa de golpe falhou, mas, não só fez estremecer o
regime ditatorial, como serviu de rastilho para outras acções que lhe sucederam.
A ideia de uma sublevação geral
do País a partir de Beja radicou na forte adesão do povo português em torno da
candidatura de Humberto Delgado nas eleições presidenciais de 1958.
"Romanticamente", como adjectiva João Varela Gomes, hoje coronel reformado,
na altura capitão do Exército e comandante militar da revolta armada de Beja, o
"general sem medo" acreditava que, ganhando primeiro a adesão das
populações do Alentejo, conseguiria que todo o País se revoltasse contra o
regime fascista.
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