O ministro da Economia, Manuel
Caldeira Cabral, disse hoje que o Governo está a trabalhar em várias frentes
para baixar os custos de energia, o que já conseguiu pela primeira vez em 18
anos, mas pretende "fazer mais".
"O que conseguimos para
2018 foi que, pela primeira vez em 18 anos e conseguimos mais do que isso, que
foi baixar 4,4% as tarifas de acesso, e é óbvio que os grandes consumidores têm
tarifas de acesso muito elevadas. Conseguimos baixar os custos do sistema",
sublinhou.
O ministro falava durante uma
visita ao parque químico de Estarreja, onde ouviu os empresários queixarem-se
dos elevados custos da energia que, para alguns produtos, chegam a representar
dois terços dos custos de produção.
"Não estamos satisfeitos com
o resultado alcançado e estamos a querer fazer mais. Estamos a trabalhar também
em novas medidas que vamos lançar, como as linhas de apoio à eficiência
energética, que vão ter medidas de apoio a quem transforma a sua unidade industrial
no sentido de uma maior eficiência energética, apoiando esse investimento e
poupando custos", anunciou.
Manuel Caldeira Cabral salientou
que o Governo vem trabalhando também "nos custos gerais do sistema, com
uma atenção grande aos contratos com os grandes fornecedores, no sentido de ir
baixando progressivamente os custos aos cidadãos e às empresas".
Maior eficiência energética para
baixar os custos de produção, mas também o aumento das energias renováveis,
"sem subsidiação" para uma redução, a prazo, dos custos em Portugal,
são outros fatores apontados pelo ministro para reduzir a dependência
energética.
"Estamos a trabalhar nas
interligações, que são muito importantes e o que estamos a fazer com as
interligações para Marrocos, ou com o trabalho diplomático que fizemos de
abertura da França, para que haja interligações que liguem, de uma vez por
todas, o mercado ibérico ao mercado europeu, terão um contributo importante
para baixar os custos do sistema, permitindo escoar excessos de produção nas alturas
em que produzimos mais do que necessitamos, mas também ir buscar energia mais
barata a Espanha ou França", completou.
A visita do ministro foi
acompanhada por João de Mello, presidente executivo da CUF, Jon Bilbao,
diretor-geral da Dow para Portugal e Espanha, Cristina Ballester,
diretora-geral da Air Liquide para Portugal e Espanha, e de Luis Montelobo,
delegado representante do Conselho de Gerência da CIRES, além de outros
executivos das empresas do Complexo Químico de Estarreja.
Composto pelas empresas CUF, Air
Liquide, CIRES e Dow Portugal, o Complexo Químico de Estarreja garante quase
500 postos de trabalho diretos, 418 milhões de euros de exportações e 209
milhões de euros para a balança comercial.
Lusa | em Notícias ao Minuto
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