Ana Alexandra Gonçalves* | opinião
António Costa tem jogado bem as
suas cartas, mais à esquerda, bem entendido. Nova carta se apresentou depois do
congresso do PSD e depois da saída de Passos Coelho. Essa nova carta é, claro
está, Rui Rio - uma carta sorridente e aparentemente aprazível, mais do que o
seu antecessor Passos Coelho.
Costa que até agora tem sido um
brilhante estratega parece estar a perder qualidades, designadamente quando
considera ser possível estar bem com Deus e com o Diabo, pegando nas palavras
de Jerónimo de Sousa.
Deste modo, o primeiro-ministro
deixa Mário Centeno mostrar toda a sua inflexibilidade em relação ao défice -
talvez para fazer boa figura no Eurogrupo - e senta-se com a tal carta
sorridente - Rui Rio - para a aprovação de medidas.
Os partidos à esquerda do PS vão
suportando estoicamente os devaneios do PS. Mas até quando?
Costa engana-se quando pensa que
pode estar bem com Deus e com o Diabo; Costa engana-se redondamente se está a
fazer fé num resultado brilhante nas próximas legislativas, um resultado que
lhe permita governar sozinho; e Costa ilude-se com a carta sorridente, mas
passageira, do PSD. Costa engana-se se julga que a geringonça é à prova de
tudo.
*Ana Alexandra Gonçalves |
Triunfo da Razão
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