Boa semana é o que vai interessar
para os que hoje iniciam as férias. Quem diria. Já agora boa semana para os que
tiverem a paciência de estar a ler esta entrada para o Expresso Curto. Miguel
Cadete é quem serve a cafeína desde as 9 da manhã e vem numa esotérica pró-números.
Credo. Leiam-no a seguir.
Afinal está tudo muito contente
com as palavras usadas por Marcelo e comemorativas do 25 de Abril da
meia-idade, 44 anos. Gastos a lixarem o parceiro, a retirarem e a batotarem
direitos, liberdades e garantias, adendando suezes deveres e obrigações. Rapinando,
falando sobre a dignidade dos dos cargos políticos-institucionais e
esborratando a dignidade do povoléu que trabalha e produz para os das sofismas e das ganâncias. Pois.
Também o presidente da AR, Ferro Rodrigues,
muito novinho no 25 de Abril de 1974, disse da necessidade de reformar aquela
bolorenta, bafiosa e viciosa AR, de reduzir os mamões… Perdão, quero dizer os
deputados… E mais isto e aquilo. Porreiro, pá. A maioria dos Zés Pagantes e
também Otários, de certeza que estão de acordo. É que talvez essa dita maioria
já esteja muito cansada de se sentir a Lili do Cais do Sodré, uma prostituta
que não ladra nem morde. Boa. Ferro amigo, a plebe está contigo. Vamos lá a
acabar com os mamões, os vigaristas e os grandes aldrabões que vão recebendo
por todo o lado sem representarem e defenderem os interesses daqueles que os
elegeram. Dizem eles que são nossos representantes… Tretas. Representam quem
lhes der mais vantagens e tutu. Pois. E dizem esses, ou desses, alguns lordes,
que os ditos merecem respeito pelo cargo que desempenham. Está bem. Pelo natal vão
receber uma daquelas caixinhas que dava muitas gargalhadas e foi moda por cá, na China… Principalmente em
países de ditaduras, onde nem apetecia rir. Por cá era o Salazar, pela China
era o Mao Tsé Tung, em Espanha era o Franco. Etc. Não riamos, mas a caixa, estúpida,
ria que se fartava. E lá a metíamos no bolso (era pequena) para ouvirmos
gargalhadas.
Ora é isso mesmo que os portugueses precisam, rir e meter no bolso
(correr com eles) esses tais deputados que estão a mais na AR e são desprovidos
da decência e honestidade em defesa dos interesses da democracia saudável e dos
portugueses. Cumprido isso, será também assim que Portugal está defendido desse tal
populismo. Precisamos de acreditar em gente honesta que nos represente nos mais
altos cargos das instituições e não em vigaristas, em corruptos, em ladrões, em
aldrabões… Ena, tantos!
Precisamos de uma Assembleia da República desparasitada. Em que não existam lobies para ninguém. Foi eleito, representa quem o elegeu, o povo.
E que ganham pouco? O quê?! Está bem, depois falamos. Olhem, porque é que não criam um diploma - ou lá o que for - que regule os vossos ordenados por via do valor do salário mínimo nacional, em que deputados e etc., recebem mais 5 ou 6 vezes, ou 7, que o correspondente ao salário mínimo nacional? Sem mais tangas. Pois.
Que há lá deputados honestos, impecáveis, responsáveis no desempenho do cargo, que trazem mais valia à democracia e ao país, pois há, haverá. Que são a maioria. Quer parecer que sim. E em todos os partidos políticos. Sim. Mas também os que não são, pelo visto e sabido, e ainda mais pelo dito. E esses, são esses, é que estragam tudo. Representam o cifrão e não os interesses de Portugal, da democracia e dos portugueses. Aliás, os políticos profissionais criam vícios ao longo dos anos, compadrios, interesses avessos ao coletivo que deviam representar e os elegeu... Não podemos continuar a desconfiar dos políticos e das instituições como acontece. Isto passa a ser uma doença nacional. E quem se lixa é a democracia. São os homens e mulheres de bem que podem e devem desparasitar o que virem acertadamente que deve ser desparasitado. Reduzam e desparasite. Quanto maior a nau, maior é a tormenta.
Que há lá deputados honestos, impecáveis, responsáveis no desempenho do cargo, que trazem mais valia à democracia e ao país, pois há, haverá. Que são a maioria. Quer parecer que sim. E em todos os partidos políticos. Sim. Mas também os que não são, pelo visto e sabido, e ainda mais pelo dito. E esses, são esses, é que estragam tudo. Representam o cifrão e não os interesses de Portugal, da democracia e dos portugueses. Aliás, os políticos profissionais criam vícios ao longo dos anos, compadrios, interesses avessos ao coletivo que deviam representar e os elegeu... Não podemos continuar a desconfiar dos políticos e das instituições como acontece. Isto passa a ser uma doença nacional. E quem se lixa é a democracia. São os homens e mulheres de bem que podem e devem desparasitar o que virem acertadamente que deve ser desparasitado. Reduzam e desparasite. Quanto maior a nau, maior é a tormenta.
Adeus. Bom almoço se… almoçarem.
Haveria aqui prosa e badana para toda a semana. Fiquem com o Curto, vale sempre
a pena quando… Pois. (MM | PG)
44, o número esotérico deste 25
de Abril
Miguel Cadete | Expresso
Marcelo Rebelo de Sousa advertiu
os portugueses, durante o dia de ontem, para os perigos do
messianismo. 44 anos depois do 25 de Abril de 1974, o Presidente de Portugal
avisou que em democracia os espaços vazios são ciosamente ocupados pelos
adversários da democracia.
Não se sabe se inspirado pelo caso brasileiro (ou seria mesmo pelo português?), em que o poder político e o poder judicial interferem um no outro, Marcelo lançou alertas sobre o possível surgimento de uma figura de cariz totalitário.
Na senda do descrédito a que a classe política tem sido votada (visível nos números da abstenção), para o que contribuem casos como o das viagens do deputados subsidiadas em dobro, além de outros mais relevantes, o Presidente da República rematou o seu discurso com a frase “não confundimos o prestígio ou a popularidade mais ou menos conjuntural de um ou mais titulares do poder com endeusamento ou vocação salvífica”.
O discurso de Marcelo na Assembleia da República foi escalpelizado por Filipe Santos Costa neste texto. Ângela Silvaleu, como de costume, o que estava nas entrelinhas e escreveu-o aqui: “quem disse que Marcelo não ia falar de conjuntura?”. Mas o que quereria dizer com “44 vezes obrigado aos capitães”?
Na rua, os acontecimentos foram decididamente mais divertidos, até porque para acompanhar a habitual descida da Avenida da Liberdade, a meteorologia brindou os passeantes, liderados pelo chaimite de Salgueiro Maia, com “um dia bonito”. As críticas ao Governo estiveram lá, mas foram fofinhas. Nem o PCP nem o BE nem os artistas e agentes da cultura exigiram cabeças. Vítor Matos fez o relato, a par e passo, aqui.
A estrela da companhia foi outra. Yanis Varoufakis, ex-ministro das Finanças de Tsipras, desfilou, deixou-se fotografar e deu entrevistas. Com Benoît Hamon, o candidato do PS à presidência de França, constituiu-se como convidado especial. As entrevistas estão no “Público” e no “DN” mas foi Rosa Pedroso Lima quem lhe tirou o retrato.
Já o primeiro-ministro disse que não percebeu o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa mas abriu as portas de São Bento ao povo. António Costa ofereceu música, na voz de Aldina Duarte, que homenageou José Afonso. “É difícil interpretar discursos modernos” disse quando lhe pediram para comentar as palavras de Marcelo, tal como reporta Luísa Meireles.
Já Mariana Lima Cunha e Filipe Santos Costa passaram a pente fino os discursos de todos os partidos na cerimónia oficial que decorreu no Parlamento. Cerimónia a que faltaram 20 deputados do PSD. Mais acima, na inauguração do “novo” jardim do Campo Grande, que agora tomou o nome de Mário Soares, o PR acompanhado do PM e do Presidente da Câmara lembrou que “sem memória é tentador esquecer a liberdade”.
Não se sabe se inspirado pelo caso brasileiro (ou seria mesmo pelo português?), em que o poder político e o poder judicial interferem um no outro, Marcelo lançou alertas sobre o possível surgimento de uma figura de cariz totalitário.
Na senda do descrédito a que a classe política tem sido votada (visível nos números da abstenção), para o que contribuem casos como o das viagens do deputados subsidiadas em dobro, além de outros mais relevantes, o Presidente da República rematou o seu discurso com a frase “não confundimos o prestígio ou a popularidade mais ou menos conjuntural de um ou mais titulares do poder com endeusamento ou vocação salvífica”.
O discurso de Marcelo na Assembleia da República foi escalpelizado por Filipe Santos Costa neste texto. Ângela Silvaleu, como de costume, o que estava nas entrelinhas e escreveu-o aqui: “quem disse que Marcelo não ia falar de conjuntura?”. Mas o que quereria dizer com “44 vezes obrigado aos capitães”?
Na rua, os acontecimentos foram decididamente mais divertidos, até porque para acompanhar a habitual descida da Avenida da Liberdade, a meteorologia brindou os passeantes, liderados pelo chaimite de Salgueiro Maia, com “um dia bonito”. As críticas ao Governo estiveram lá, mas foram fofinhas. Nem o PCP nem o BE nem os artistas e agentes da cultura exigiram cabeças. Vítor Matos fez o relato, a par e passo, aqui.
A estrela da companhia foi outra. Yanis Varoufakis, ex-ministro das Finanças de Tsipras, desfilou, deixou-se fotografar e deu entrevistas. Com Benoît Hamon, o candidato do PS à presidência de França, constituiu-se como convidado especial. As entrevistas estão no “Público” e no “DN” mas foi Rosa Pedroso Lima quem lhe tirou o retrato.
Já o primeiro-ministro disse que não percebeu o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa mas abriu as portas de São Bento ao povo. António Costa ofereceu música, na voz de Aldina Duarte, que homenageou José Afonso. “É difícil interpretar discursos modernos” disse quando lhe pediram para comentar as palavras de Marcelo, tal como reporta Luísa Meireles.
Já Mariana Lima Cunha e Filipe Santos Costa passaram a pente fino os discursos de todos os partidos na cerimónia oficial que decorreu no Parlamento. Cerimónia a que faltaram 20 deputados do PSD. Mais acima, na inauguração do “novo” jardim do Campo Grande, que agora tomou o nome de Mário Soares, o PR acompanhado do PM e do Presidente da Câmara lembrou que “sem memória é tentador esquecer a liberdade”.
OUTRAS NOTÍCIAS
Nobel da Literatura em risco. Anunciou ontem a Academia Sueca, após um escândalo que mete fugas de informação e abusos sexuais e que fez sair cinco membros, que poderá não atribuir este ano o prémio Nobel da Literatura.
WhatsApp aumenta idade mínima para 16 anos. A aplicação usada em telemóveis vai exigir que os seus utilizadores tenham pelo menos 16 anos e não 13, como sucede agora. A WhatsApp, que pertence ao Facebook, terá uma nova versão em maio, nas vésperas da entrada em vigor da nova legislação europeia para controlo da privacidade de dados pessoais. Como irá a essa nova versão controlar a idade dos utilizadores é que ainda não se sabe.
Facebook apresenta resultados record em tempos de escândalo. A rede social bateu as expectativas quanto à faturação do primeiro trimestre, ao crescer 49% face ao mesmo período do ano passado. Os lucros subiram 63%, para cinco mil milhões de dólares. Os analistas acreditam que o caso Cambridge Analytica só venha a afetar os resultados do próximo trimestre.
Macron andou aos abraços com Trump. Mas isso foi terça-feira. Ontem, o Presidente da França atacou Donald Trump, crucificando o “nacionalismo extremo” e o protecionismo, além de ter defendido os acordos sobre o clima e a ordem económica internacional. “Podemos escolher o isolacionismo. Mas fechar a porta ao mundo não vai deter a evolução do mundo”, disse Emmanuel Macron. O Presidente francês conseguiu agradar a democratas e republicanas. Ainda ontem, os comentadores discutiam igualmente a mensagem implícita no chapéu branco utilizado por Melania Trump no segundo dia da visita oficial de Macron aos Estados Unidos da América..
O Real Madrid está praticamente na final da Liga dos Campeões ao vencer em Munique o Bayern por 2 – 1. Cristiano Ronaldo não marcou, o que sucede pela primeira vez esta temporada num jogo da competição. Quem marcou, e por duas vezes, na outra meia final foi Salah, o menino bonito do Liverpool que abriu o marcador na estrondosa vitória da sua equipa frente à Roma. Com esses dois golos, Mohamed Salah tornou-se o melhor marcador em todos os torneios desta temporada (se contarmos apenas os jogadores das cinco ligas principais) ultrapassando, precisamente, Cristiano Ronaldo. É fácil encontrar no Google quem já o considere o melhor jogador da atualidade.
O inventor que matou uma jornalista no seu submarino foi condenado a prisão perpétua. Peter Masden tinha fantasias sexuais violentas e um tribunal dinamarquês aplicou-lhe, o que é raro, a sua mais pesada sentença. Kim Wall era uma conceituada jornalista sueca. O seu corpo apareceu, desmembrado, no mar.
Cristina Cifuentes demitiu-se. A Presidente da região autónoma de Madrid foi obrigada a demitir-se depois do sistema de videovigilância de a ter apanhado a roubar produtos de cosmética num supermercado. Cifuentes também foi acusada de obtenção fraudulenta de um mestrado. Aos 54 anos, a representante do PP disse que toda a sua vida “foi posta em causa”.
Jiadista portuguesa detida no Curdistão. Uma mulher portuguesa, há tempo indentificada pelo SIS, foi presa pelas forças armadas curdas quando tentava fugir dos combates, num campo de refugiados entre a Turquia e o Iraque. As autoridades portuguesas adiantaram que há mais de 20 mulheres e crianças portuguesas em territórios do autoproclamado Estado Islâmico.
Começa hoje, no canal de televisão da National Geographic, a nova temporada da série Genius, desta feita dedicada a Pablo Picasso. E o primeiro de dez episódios é duplo. A anterior havia sido sobre a vida de Einstein. António Banderasdesempenha o papel principal. Veja aqui o trailer.
FRASES
“Mário Centeno traiu o eleitorado que votou nele”. Yanis Varoufakis, ex-ministro das Finanças da Grécia, ao jornal “i”
“Macron está convencido de que é o único astro luminoso no céu”. Benoît Hamon, ex-candidato a Presidente de França pelo PS, ao “Diário de Notícias”
“O BPI é um banco de direito português”. Pablo Forero, Presidente executivo do BPI, ao “Jornal de Negócios”
O QUE ANDO A VER E A LER
Abriu, ontem, a exposição de António Vasconcelos Lapa,“Viagem ao Barroco”, no Jardim Botânico da Ajuda”, inaugurado em 1768 - faz agora 250 anos - por D. José. As peças do ceramista português, dispostas nos jardins em torno da fonte ornada de golfinhos, dragões, patos, leões e serpente que carregam escamas são quase tão reptilianas quanto estes animais em mármore.
Em cores vivas, Vasconcelos Lapa produziu também bicharada: há caracóis que trepam pela escadaria mas também peças cheias de volúpia, cheias de curvas e contracurvas ou arestas bicudas inspiradas certamente no barroco mais tortuoso, a que não faltam doirados e pretos. Mostra-se o que está por debaixo.
Mas é nas Figuras de Convite, à moda do desenho de azulejo português do século XVIII, que criou para o espaço próximo da fonte que entram em cenas vários triângulos amorosos – duas mulheres e um homem – que são capazes de tornar mais explícita a tragédia.
Obrigatório presenciar, até 25 de agosto, mas com cuidado porque a cerâmica é frágil e tudo se pode partir num instante.
No domingo passam cem anos desde que morreu Santa Rita Pintor. O artista plástico mais famoso do primeiro movimento modernista português – que acompanhou Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro e Almada Negreiros na revista “Orpheu” – tem passado despercebido até porque se diz que a sua obra não existe. Já no leito da morte, Santa Rita terá pedido a um dos irmãos que queimasse todos os seus quadros.
Não é essa, porém, a conclusão de João MacDonald, jornalista que publicará ainda este ano uma biografia do pintor. Afinal sobram mais de 50 obras do artista: desenhos do tempo em que frequentava as Belas Artes de Lisboa mas também quadros a óleo produzidos em Paris e outros ainda não conhecidos, faturados numa vida que até agora se considerava quase impossível biografar.
As primeiras luzes sobre o que ainda não sabemos dessa vida e da obra de Santa Rita Pintor avistam-se já este sábado, na Revista do Expresso, num artigo em que se apresentam os obstáculos e as vantagens de uma investigação destas nos tempos que correm. A 3 e 4 de maio, no Auditório Lagoa Henriques da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, estudiosos e familiares dedicados ao assunto prestam a devida homenagem à enigmática figura. Estará também patente uma exposição bibliográfica com material inédito oriundo de espólios privados.
Uma terceira e última recomendação: “Na Prática a Teoria É Outra” é um calhamaço com quase 900 páginas onde se encontram compilados os escritos de Victor Cunha Regoproduzidos entre 1957 e 1999.
É um prazer reler os textos de um dos mais equilibrados e clarividentes comentadores da política portuguesa e internacional. Só dei com ele desde que escrevia na última página do “Diário de Notícias”, num texto sobre a canção de beneficência “We Are The World”, onde, com jeito, antevia a especulação em torno da pedofilia de Michael Jackson. Hoje, é um prazer redescobrir esses textos da coluna “Os Dias de Amanhã” e todos os outros que nunca li, nesta magnífica edição da Dom Quixote preparada por Vasco Rosa e André Cunha Rego. Nessa coisa da análise política, fazer apostas é para quem ousa. Mas mais difícil é acertar. Aqui vê-se que Cunha Rego acertava.
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Macron andou aos abraços com Trump. Mas isso foi terça-feira. Ontem, o Presidente da França atacou Donald Trump, crucificando o “nacionalismo extremo” e o protecionismo, além de ter defendido os acordos sobre o clima e a ordem económica internacional. “Podemos escolher o isolacionismo. Mas fechar a porta ao mundo não vai deter a evolução do mundo”, disse Emmanuel Macron. O Presidente francês conseguiu agradar a democratas e republicanas. Ainda ontem, os comentadores discutiam igualmente a mensagem implícita no chapéu branco utilizado por Melania Trump no segundo dia da visita oficial de Macron aos Estados Unidos da América..
O Real Madrid está praticamente na final da Liga dos Campeões ao vencer em Munique o Bayern por 2 – 1. Cristiano Ronaldo não marcou, o que sucede pela primeira vez esta temporada num jogo da competição. Quem marcou, e por duas vezes, na outra meia final foi Salah, o menino bonito do Liverpool que abriu o marcador na estrondosa vitória da sua equipa frente à Roma. Com esses dois golos, Mohamed Salah tornou-se o melhor marcador em todos os torneios desta temporada (se contarmos apenas os jogadores das cinco ligas principais) ultrapassando, precisamente, Cristiano Ronaldo. É fácil encontrar no Google quem já o considere o melhor jogador da atualidade.
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Jiadista portuguesa detida no Curdistão. Uma mulher portuguesa, há tempo indentificada pelo SIS, foi presa pelas forças armadas curdas quando tentava fugir dos combates, num campo de refugiados entre a Turquia e o Iraque. As autoridades portuguesas adiantaram que há mais de 20 mulheres e crianças portuguesas em territórios do autoproclamado Estado Islâmico.
Começa hoje, no canal de televisão da National Geographic, a nova temporada da série Genius, desta feita dedicada a Pablo Picasso. E o primeiro de dez episódios é duplo. A anterior havia sido sobre a vida de Einstein. António Banderasdesempenha o papel principal. Veja aqui o trailer.
FRASES
“Mário Centeno traiu o eleitorado que votou nele”. Yanis Varoufakis, ex-ministro das Finanças da Grécia, ao jornal “i”
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O QUE ANDO A VER E A LER
Abriu, ontem, a exposição de António Vasconcelos Lapa,“Viagem ao Barroco”, no Jardim Botânico da Ajuda”, inaugurado em 1768 - faz agora 250 anos - por D. José. As peças do ceramista português, dispostas nos jardins em torno da fonte ornada de golfinhos, dragões, patos, leões e serpente que carregam escamas são quase tão reptilianas quanto estes animais em mármore.
Em cores vivas, Vasconcelos Lapa produziu também bicharada: há caracóis que trepam pela escadaria mas também peças cheias de volúpia, cheias de curvas e contracurvas ou arestas bicudas inspiradas certamente no barroco mais tortuoso, a que não faltam doirados e pretos. Mostra-se o que está por debaixo.
Mas é nas Figuras de Convite, à moda do desenho de azulejo português do século XVIII, que criou para o espaço próximo da fonte que entram em cenas vários triângulos amorosos – duas mulheres e um homem – que são capazes de tornar mais explícita a tragédia.
Obrigatório presenciar, até 25 de agosto, mas com cuidado porque a cerâmica é frágil e tudo se pode partir num instante.
No domingo passam cem anos desde que morreu Santa Rita Pintor. O artista plástico mais famoso do primeiro movimento modernista português – que acompanhou Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro e Almada Negreiros na revista “Orpheu” – tem passado despercebido até porque se diz que a sua obra não existe. Já no leito da morte, Santa Rita terá pedido a um dos irmãos que queimasse todos os seus quadros.
Não é essa, porém, a conclusão de João MacDonald, jornalista que publicará ainda este ano uma biografia do pintor. Afinal sobram mais de 50 obras do artista: desenhos do tempo em que frequentava as Belas Artes de Lisboa mas também quadros a óleo produzidos em Paris e outros ainda não conhecidos, faturados numa vida que até agora se considerava quase impossível biografar.
As primeiras luzes sobre o que ainda não sabemos dessa vida e da obra de Santa Rita Pintor avistam-se já este sábado, na Revista do Expresso, num artigo em que se apresentam os obstáculos e as vantagens de uma investigação destas nos tempos que correm. A 3 e 4 de maio, no Auditório Lagoa Henriques da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, estudiosos e familiares dedicados ao assunto prestam a devida homenagem à enigmática figura. Estará também patente uma exposição bibliográfica com material inédito oriundo de espólios privados.
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É um prazer reler os textos de um dos mais equilibrados e clarividentes comentadores da política portuguesa e internacional. Só dei com ele desde que escrevia na última página do “Diário de Notícias”, num texto sobre a canção de beneficência “We Are The World”, onde, com jeito, antevia a especulação em torno da pedofilia de Michael Jackson. Hoje, é um prazer redescobrir esses textos da coluna “Os Dias de Amanhã” e todos os outros que nunca li, nesta magnífica edição da Dom Quixote preparada por Vasco Rosa e André Cunha Rego. Nessa coisa da análise política, fazer apostas é para quem ousa. Mas mais difícil é acertar. Aqui vê-se que Cunha Rego acertava.
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