Jerónimo de Sousa garante que não
há nenhuma maioria parlamentar nem nenhum acordo que garanta a aprovação do
documento.
O secretário-geral do PCP,
Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que o partido não assinará "de cruz"
o Orçamento do Estado para 2019 e sublinhou que não há nenhuma maioria
parlamentar nem nenhum acordo que garanta a aprovação do documento.
"A proposta [de Orçamento do
Estado] é da responsabilidade do Governo minoritário do PS. Não há nenhuma
maioria parlamentar nem nenhum acordo que garanta em abstrato a sua
aprovação", referiu.
Falando em Viana do Castelo,
durante uma assembleia da organização distrital do PCP, Jerónimo de Sousa
adiantou que o partido não assinará "de cruz" o Orçamento.
"O PCP não desperdiçará
nenhuma oportunidade para fazer avançar direitos e salários, é isso que temos
feito. Mas não peçam ao PCP para assinar de cruz seja o que for", avisou.
Disse que o PCP "honrará a
palavra dada", mas não está disponível para dar "uma palavra no
escuro".
"Não podem pedir 'assinem lá
de cruz' que depois a gente logo vê", sublinhou.
Jerónimo de Sousa reagia à
entrevista do líder do PS, hoje publicada no DN, em que António Costa admite
que sem Orçamento para 2019 a queda do Governo "é inevitável".
O secretário-geral do PCP
criticou estas referências ao orçamento para 2019 numa altura em que ainda se
está "a meses" de se conhecer a proposta, críticas que estendeu ao
Presidente da República.
"Há poucos dias, ouvimos o
Presidente da República pronunciar-se pela viabilização do Orçamento com um
determinismo que surpreende. Segundo o seu raciocínio, o que importa é que ele
seja aprovado, não interessa como, nem com que conteúdo nem que ele não
exista", referiu o líder do PCP.
Lusa | em TSF | Foto: Mário
Cruz/Lusa
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