Setenta e dois guineenses que
vivem na Líbia querem voltar para o país "o mais breve possível".
Temem o agudizar da tensão política naquele território com o aproximar das
eleições gerais marcadas para dezembro.
Contactadas pela Lusa, fontes da
associação de emigrantes da Guiné-Bissau na Líbia disseram que as 72 pessoas
manifestaram a sua determinação de regressar ao país, perante uma equipa da
Secretaria de Estado das Comunidades guineenses que visitou Tripoli na semana
passada, para se inteirar das condições em que se encontram.
O secretário de Estado das
Comunidades guineenses, Queba Banjai, acredita que possam existir na Líbia
"centenas de guineenses, candidatos à emigração clandestina" através
do Mediterrâneo, mas que "provavelmente estariam interessados em
voltar" ao país.
Com ajuda da Organização
Internacional das Migrações (OIM) e a Embaixada da Líbia em Bissau, uma missão
de três técnicos do Governo guineense visitou alguns campos
de refugiados em Tripoli, tendo encontrado as 72 pessoas dispostas a voltar
assim que forem criadas as condições para o efeito, precisou à Lusa fonte da
associação de emigrantes.
Entre os guineenses que querem
voltar figuram duas mulheres e duas crianças. Alguns guineenses preferem
ficar na Líbia por terem "trabalho estável", precisou outra fonte da
associação dos emigrantes da Guiné-Bissau.
A missão do Governo de Bissau não
conseguiu visitar os cinco campos de refugiados, como estava previsto, devido à
insegurança que se sente em Tripoli.
"Com o aproximar das
eleições gerais, marcadas para 10 de dezembro, muitos guineenses querem voltar
para casa, porque temem que a insegurança aumente", declarou fonte da
associação de emigrantes da Guiné-Bissau.
Agência Lusa | Deutsche Welle
Foto: Campo de refugiados em
Tripoli
Sem comentários:
Enviar um comentário