Bloco e PSD parecem ter
sobrevivido ao caso Robles e às férias de Rio, respetivamente. Eurosondagem
SIC/Expresso coloca PS na luta pela maioria absoluta, mas com dificuldade em
descolar de um PSD estável, mas muito longe dos socialistas.
No último domingo, quando
comentava uma sondagem da Aximage, Luís Marques Mendes falava num “terramoto para o PSD e para o Bloco”. O primeiro em queda
devido à ausência de Rui Rio da cena política durante o mês de agosto, o
segundo por estar a sofrer ainda os efeitos do caso Robles.
O último estudo da Eurosondagem, para a SIC e para o Expresso,
contudo, apresenta um cenário diferente para sociais-democratas e bloquistas,
que, ao contrário do que acontecia na sondagem Aximage, até estão a subir nas
intenções de voto.
De acordo com a sondagem
divulgada esta sexta-feira, o PS continua à frente com 41,4% das
intenções de voto, mas desce 0,6 pontos percentuais, o que mantém os
socialistas na luta pela maioria absoluta, apesar de ainda não conseguirem
descolar dos rivais.
Com mais 0,2 pontos percentuais
do que na último estudo Eurosondagem SIC/Expresso, o PSD aparece com
27,5% dos votos, o que revela que o partido parece ter sobrevivido às
férias de Rui Rio, com o líder social-democrata com mais dificuldades em conter
as revoltas internas dentro do partido.
Contudo, apesar da ligeira
subida, os socais-democratas ainda estão muito longe do PS e, nem somados aos
votos do CDS-PP, com 7,7% das intenções de voto, consegue ultrapassar os
socialistas. Junta, a Direita fica-se pelos 35,2%. Sublinhe-se que o partido
Aliança, de Pedro Santana Lopes, por não estar registado ainda como partido,
não aparece nesta sondagem.
Os centristas, apesar da
subida de 0,2 pontos percentuais, para além de ultrapassados pelo PS e pelo
PSD, vêem ainda o Bloco de Esquerda a ‘roubar-lhe’ o lugar de
terceiro partido. Os bloquistas parecem ter resistido ao caso Robles e as suas
intenções de voto fixam-se nos 8% (mais 0,1 pontos percentuais do que
na última sondagem). Ou seja, de acordo com esta sondagem, conseguiriam
uma maioria absoluta em coligação com os socialistas, um cenário que tem sido
avançado por alguns analistas.
Mas, nesta equação, não se pode
esquecer a CDU, coligação que junta o PCP e o PEV, que surge atrás do
CDS, com 6,9% das intenções de voto. Os comunistas e ecologistas
descem 0,4 pontos percentuais e registam a segunda maior queda nesta sondagem,
apenas atrás do PS.
De sublinhar ainda o PAN com
1% de intenções de voto.
Pedro Bastos Reis | Notícias ao
Minuto | Foto: Reuters
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