Jornal de Angola | editorial
Angola vive um novo
ciclo político que tem sido marcado por mudanças significativas, na
forma de gestão da coisa pública e na defesa dos interesses da maioria.
Tem sido evidente a
assumpção de uma nova postura dos actuais governantes,
caracterizada por uma maior atenção à promoção da justiça social e a
acabar com as discriminações e com perseguições, em virtude das
suas opiniões diferentes.
Temos hoje um país onde a descrença deu lugar à esperança, pesem as dificuldades por que passam os cidadãos na sua luta diária pela sobrevivência. Dificuldades derivadas de uma conjuntura económica e financeira adversa, agravada por actos anti-patrióticos de uma minoria gananciosa que não se resigna em perder o estatuto privilegiado com que desfilou num passado recente.
Vive-se hoje um ambiente em que os cidadãos podem, sem medo, exprimir os seus pontos de vista, e onde as mudanças provocam naturais reacções por parte de quem tinha acesso à mesa do banquete que depauperou os cofres públicos.
Estamos a caminhar para a construção de um país em que os cidadãos devem ser respeitados e valorizados e que devem ter o direito de viverem com dignidade. “Estamos a construir uma nova Angola”, como disse, em Lisboa, o Presidente da República, numa reafirmação que as transformações são irreversíveis por muito dolorosas que se venham a revelar.
Há quem veja pretensas “crises políticas” em naturais contradições, próprias de um processo de mudanças como o que estamos a passar.
Angola é um país com estabilidade política e que tem as suas instituições a funcionar com normalidade. A democracia vai-se consolidando, assistindo-se a uma maior participação dos partidos políticos e da sociedade civil nas decisões, enriquecendo-se o debate à volta dos grandes problemas nacionais. Os angolanos estão a aprender a viver na diversidade. Em democracia, a diversidade de ideias contribui para o progresso dos povos.
A crise política de que se fala - e alguns desejam - só existe nas suas cabeças (mal) formatadas em cifrões e valores que são estranhos aos angolanos.
A nova Angola segue firme, sem qualquer crise política imaginária, mas com a profunda crise real da falta de recursos para acudir as enormes necesidades dos cidadãos, porque a ganância e ambição falaram mais alto na hora de resolver os problemas do povo.
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