quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Benfica voltou a ser irreconhecível - Ano novo e velhos (maus) hábitos


Encarnados saíram de Portimão com derrota (2-0), exibição muito pobre e contestação crescente

Se 2018 tinha sido um ano para esquecer para os adeptos do Benfica, 2019 não poderia ter começado pior. As águias voltaram a desiludir e saíram de Portimão com uma derrota (2-0), a terceira no campeonato, que deixa o Sp. Braga no 2.º lugar e o FC Porto com a possibilidade de ampliar a vantagem para sete pontos.

Para a história fica o primeiro triunfo de sempre do Portimonense diante do Benfica, graças a dois autogolos, de Rúben Dias (12') e Jardel (38'), e a expulsão, com vermelho direto, de Jonas, que irá desfalcar a equipa nos próximos jogos.

A contestação que subiu de tom no final da partida demonstra que o novo ano trouxe os... velhos (maus) hábitos aos encarnados. Os sinais de instabilidade 'desfocados' pelas sete vitórias consecutivas após o voto de confiança dado por Luís Filipe Vieira a Rui Vitória voltaram a aparecer e os assobios e lenços brancos deixam antever dias difíceis na Luz. 

Desinspiração total

Na antevisão da partida, Rui Vitória tinha alertado para a necessidade de concentração, pragmatismo, humildade e importância de entrar no novo ano a ganhar. No entanto, desde início se percebeu que estes eram valores pouco instituídos na essência do jogo encarnado. À falta de presença na área - Jonas voltou a surgir sozinho na frente -, o Benfica somou ainda uma incomodativa falta de ideias ofensivas e um estranho nervosismo no setor recuado.

A infelicidade de Rúben Dias, ao tentar o cortar o cruzamento de Manafá, foi o primeiro capítulo de azar. O central traiu Vlachodimos e 'gelou' pela primeira vez a nação encarnada. No entanto, em desvantagem, as águias nunca conseguiram criar verdadeiras situações para marcar. Só Jonas, com um remate franco, e Jardel, com um desvio à figura de Ricardo Ferreira, constituíram exceções. 

Perante um adversário quase inofensivo do ponto de vista atacante, o conjunto orientado por António Folha foi ganhando confiança, impondo o seu jogo - sempre com Nakajima como principal 'maestro' - e acabaria mesmo por aumentar o resultado, novamente graças a um erro clamoroso da defesa benfiquista, neste caso de Jardel, que também colocou a bola na própria baliza.

Vlachodimos evitou humilhação

Ao intervalo, Rui Vitória lançou Seferovic e Salvio nos lugares de Cervi e Gedson e o Benfica melhorou. Contudo, as reais oportunidades de golo pertenceram sempre aos algarvios, que, no entanto, deram de caras com uma 'muralha' chamada Vlachodimos.

O guarda-redes grego acabou por arrecadar o estatuto de melhor elemento do emblema da Luz, evitando que o resultado pudesse ganhar contornos de humilhação. Aos 55', evitou o golo de Manafá, aos 67', parou um belo remate de Paulinho e, por fim, já nos descontos, com a equipa a jogar em inferioridade numérica, voltou a brilhar com nova intervenção de grande nível. 

O jogo terminou com protestos benfiquistas e cenas lamentáveis. Os adeptos encarnados incendiaram a bancada e geraram momentos de pânico. Segue-se a receção ao Rio Ave, no próximo domingo...

Notícias ao Minuto | Foto Global Imagens

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