Encarnados saíram de Portimão com
derrota (2-0), exibição muito pobre e contestação crescente
Se 2018 tinha sido um ano para
esquecer para os adeptos do Benfica, 2019 não poderia ter começado pior. As
águias voltaram a desiludir e saíram de Portimão com uma derrota (2-0), a
terceira no campeonato, que deixa o Sp. Braga no 2.º lugar e o FC Porto
com a possibilidade de ampliar a vantagem para sete pontos.
Para a história fica o primeiro
triunfo de sempre do Portimonense diante do Benfica, graças a
dois autogolos, de Rúben Dias (12') e Jardel (38'), e
a expulsão, com vermelho direto, de Jonas, que irá desfalcar a equipa nos
próximos jogos.
A contestação que subiu de tom no
final da partida demonstra que o novo ano trouxe os... velhos (maus) hábitos
aos encarnados. Os sinais de instabilidade 'desfocados' pelas sete vitórias
consecutivas após o voto de confiança dado por Luís Filipe Vieira a Rui Vitória
voltaram a aparecer e os assobios e lenços brancos deixam antever dias difíceis
na Luz.
Desinspiração total
Na antevisão da partida, Rui
Vitória tinha alertado para a necessidade de concentração, pragmatismo,
humildade e importância de entrar no novo ano a ganhar. No entanto, desde
início se percebeu que estes eram valores pouco instituídos na essência do
jogo encarnado. À falta de presença na área - Jonas voltou a surgir
sozinho na frente -, o Benfica somou ainda uma incomodativa falta de ideias ofensivas
e um estranho nervosismo no setor recuado.
A infelicidade de
Rúben Dias, ao tentar o cortar o cruzamento de Manafá, foi o primeiro
capítulo de azar. O central traiu Vlachodimos e 'gelou' pela primeira vez a
nação encarnada. No entanto, em desvantagem, as águias nunca conseguiram
criar verdadeiras situações para marcar. Só Jonas, com um remate franco, e
Jardel, com um desvio à figura de Ricardo Ferreira, constituíram
exceções.
Perante um adversário quase
inofensivo do ponto de vista atacante, o conjunto orientado por António
Folha foi ganhando confiança, impondo o seu jogo - sempre com Nakajima como
principal 'maestro' - e acabaria mesmo por aumentar o resultado, novamente
graças a um erro clamoroso da defesa benfiquista, neste caso de Jardel, que
também colocou a bola na própria baliza.
Vlachodimos evitou humilhação
Ao intervalo, Rui Vitória lançou
Seferovic e Salvio nos lugares de Cervi e Gedson e o Benfica melhorou. Contudo,
as reais oportunidades de golo pertenceram sempre aos algarvios, que, no
entanto, deram de caras com uma 'muralha' chamada Vlachodimos.
O guarda-redes grego acabou por
arrecadar o estatuto de melhor elemento do emblema da Luz, evitando que o
resultado pudesse ganhar contornos de humilhação. Aos 55', evitou o golo de
Manafá, aos 67', parou um belo remate de Paulinho e, por fim, já nos descontos,
com a equipa a jogar em inferioridade numérica, voltou a brilhar com nova
intervenção de grande nível.
O jogo terminou com
protestos benfiquistas e cenas lamentáveis. Os adeptos encarnados
incendiaram a bancada e geraram momentos de pânico. Segue-se a receção ao Rio
Ave, no próximo domingo...
Notícias ao Minuto | Foto Global
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