Martinho Júnior, Luanda
1- No momento em que a Comunidade
da Segurança do Estado procura substantivamente capacidades de harmonia que
durante mais de três décadas andaram arredias…
No momento em que na ASPAR se vai
realizar a 2ª sessão da IVª Assembleia Geral Ordinária, prevista para 30 de
Março de 2019, em local ainda por designar no Zango III…
No momento em que faço parte do
mandato que cessa e se abre a oportunidade a outro mandato que terá imensas
responsabilidades sobre o muito que há a fazer depois de tantos anos em que se
teve de responder com métodos de resistência e advocacia à guerra psicológica
que contra pelo menos uma arte da comunidade foi movida…
Coincidindo com o acto da 2ª
sessão vai ser feito a do 2º lançamento do livro editado pelo INIS (Instituto
de Informações e Segurança), “Apontamentos sobre África”, de que sou autor.
Martinho Júnior |
2- Julgo que essa é uma muito
modesta contribuição para se levar a cabo a tão necessária conversão mental de
que tanto necessita a Comunidade da Segurança do Estado.
A nível da ASPAR, mais que sua
representação é premente a participação e o protagonismo associativo, de forma
a melhor mobilizar e incentivar os seus membros face a um acumular de
fragilidades, vulnerabilidades e traumas.
Nesse sentido, no sentido da
participação e do protagonismo associativo numa Instituição de Utilidade
Pública com mais de trinta mil membros espalhados por todo o espaço nacional e
alguns no exterior, passarei a dar meu humilde contributo patriótico por que,
se um dia houve porta de entrada, por patriotismo, por dignidade e pelas mais
profundas convicções, não deverá alguma vez haver porta de saída, apesar de
mais de 30 anos de relativa hostilização e marginalidade que tantos prejuízos
ao fim e ao cabo nos foram acarretando e às nossas frágeis famílias e antes de
mais atingiram a essência e o carácter do próprio estado angolano!
A harmonia não poderá colocar de
lado o rigor, pois é premente que o estado angolano volte a ser o fiel
depositário de todos os interesses do povo angolano, algo que é um imenso
desafio face à conjuntura global actual, um desafio que se vai estender
necessariamente nas próximas décadas, pois há todo um povo para galvanizar,
mobilizar e erguer do subdesenvolvimento crónico que se arrasta desde um
passado remoto!
Acima de tudo é necessário
colocar nossas pernas no futuro, garantir o seguimento da luta do movimento de
libertação numa lógica com sentido de vida, lutar por uma geostratégia para um
desenvolvimento sustentável e equacionar a cultura de inteligência numa
atmosfera de paz, de aprofundamento da democracia e de respeito para com a Mãe
Terra.
A solidariedade não poderá nunca
ser abandonada, antes deverá se reforçada e uma constante atenção para se
construir unidade e coesão de acção nas decisões torna-se num factor
determinante para se poder avançar!
“Apontamentos sobre África” é
apenas um minúsculo grão na construção dum abrangente património comum aberto à
civilização e às janelas de felicidade que urge continuar a construir em
benefício do povo angolano!
Haverá alguma outra forma para
contribuir na garantia de independência, de soberania, de honestidade, de
dignidade, de internacionalismo, de solidariedade e de coerência para com um
dos mais sofridos povos da Terra?
Martinho Júnior - Luanda, 24 de
Março de 2019
Do anterior:
Apontamentos sobre África – https://paginaglobal.blogspot.com/2018/12/apontamentos-sobre-africa.html
*Imagem: Enquanto esperava um café
curto “às primeiras horas do dia-a-dia”…
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