@Verdade | Editorial
A cada dia que passa fica claro a
agenda do Governo da Frelimo: esvaziar os cofres do Estado ou forçar os
moçambicanos a apertarem o cinto mais do que já está. O aumento do preço de
energia eléctrica é mais uma prova inequívoca desse plano terrorista que o
Governo da Frelimo tem estado a implementar desde a Independência Nacional.
Há quatro décadas que o povo
moçambicano é forçado a viver na miséria imerecida e a sobreviver à intempérie,
enquanto os seus dirigentes levam uma vida principesca. O mês em curso, o auto-
-intitulado “empregado do povo” decidiu mais uma vez surpreender pela negativa
o seu “patrão” com o aumento do preço de consumo da energia eléctrica. Ou seja,
ao invés de amenizar o sofrimento de milhões de moçambicanos, Nyusi e o seu
bando de incompetentes têm vindo a esforçar-se a sacrificar o cidadão honesto,
que com muito suor paga os impostos.
Quase todos os dias há registo de
subidas galopantes de preços de bens essenciais, numa altura em que os
moçambicanos ainda não recuperaram o poder de compra perdido desde a descoberta
das dívidas ilegais. A corrente eléctrica, diga-se, era o único preço básico
que não foi revisto em alta no ano passado. Mas pela quarta vez Filipe Nyusi
aumentou o preço da energia eléctrica em Moçambique e, aliás, desde que se
tornou Presidente da República, o auto- -intitulado nosso “empregado” já
aumentou este serviço básico mais de 125 porcento.
O que mais inquieta é o facto de
o aumento que vigora desde o passado dia 1 de Março só afecta ao cidadão que,
com sangue e suor, tem estado a custear as mordomias do Governo com as suas
contribuições. São pouco mais 21 porcento na factura do povo e o pior de tudo
nenhum aumento foi imposto às grandes empresas e mega-projectos, na sua maioria
onde a elite da Frelimo tem interesses económicos pessoais.
O mais preocupante ainda nesse
assalto aos bolsos dos moçambicanos é a inoperância e o silêncio cúmplice da
Autoridade Reguladora de Energia (ARENE). Embora tenha sido criado recentemene,
é evidente a sua apatia, tendo em conta que a Electrecidade de Moçambique, de
forma continuada e deliberada, tem alterado o preço da energia, sufocando os consumidores,
usando como desculpa esfarrapada custos relacionados com a expansão da rede
eléctrica nacional.
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