domingo, 12 de maio de 2019

Angola | Governo tem que dar mais explicações sobre crise de combustíveis - analistas


A crise de combustíveis em Angola e a subsequente demissão da direcção da Sonangol continuam a causar perplexão, com analistas a afirmarem que nem tudo foi explicado ao povo angolano.

O Presidente angolano, João Lourenço, e responsáveis dos sectores dos petróleos e das Finanças concluíram “ter havido falta de diálogo e comunicação entre a Sonangol e as diferentes instituições do Estado, o que terá contribuído negativamente no processo de importação de combustíveis”.


O analista político Olívio Kilumbo descreveu a crise como “aberrante” e concordou com a demissão da direcção da Sonangol mas disse que o presidente tem que fornecer mais pormenores sobre o que se passou.

“Há forças de bloqueio? Houve boicote” Houve gralha operacional? Tudo deve ser explicado”, afirmou Kilumbo que recordou que muito antes da crise de combustível se fazer sentir na capital já as províncias do interior reclamavam e nada foi feito.



Outro analista angolano Báfua Báfua disse sentir que “algo de muito grave” se passou, estranhando que o governo só tenha reagido após as redes sociais terem posto a atenção das autoridades no problema.

“Não consigo perceber”, disse advogando a “responsabilização civil e criminal” daqueles que contribuíram para a crise.

A juntar-se a crise dos combustíveis alguns analistas criticam também o governo por ter reagido tarde ao problema da seca no sul de Angola.

Sérgio Calundungo, coordenador do observatório político e social de Angola, as autoridades do país conhecem a realidade, sobretudo do fenómeno da seca no sul do país, mas sempre faltou vontade política para que as soluções sejam encontradas.

Arão Ndipa | VOA

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