A crise de combustíveis em Angola
e a subsequente demissão da direcção da Sonangol continuam a causar perplexão,
com analistas a afirmarem que nem tudo foi explicado ao povo angolano.
O Presidente angolano, João
Lourenço, e responsáveis dos sectores dos petróleos e das Finanças concluíram “ter havido falta de diálogo e comunicação entre a
Sonangol e as diferentes instituições do Estado, o que terá contribuído
negativamente no processo de importação de combustíveis”.
No dia seguinte o Presidente demitiu o Conselho de Administração da Sonangol e
nomeou novos dirigentes.
O analista político Olívio
Kilumbo descreveu a crise como “aberrante” e concordou com a demissão da
direcção da Sonangol mas disse que o presidente tem que fornecer mais
pormenores sobre o que se passou.
“Há forças de bloqueio? Houve
boicote” Houve gralha operacional? Tudo deve ser explicado”, afirmou Kilumbo
que recordou que muito antes da crise de combustível se fazer sentir na capital
já as províncias do interior reclamavam e nada foi feito.
Outro analista angolano Báfua
Báfua disse sentir que “algo de muito grave” se passou, estranhando que o
governo só tenha reagido após as redes sociais terem posto a atenção das
autoridades no problema.
“Não consigo perceber”, disse
advogando a “responsabilização civil e criminal” daqueles que contribuíram para
a crise.
A juntar-se a crise dos
combustíveis alguns analistas criticam também o governo por ter reagido tarde
ao problema da seca no sul de Angola.
Sérgio Calundungo, coordenador do
observatório político e social de Angola, as autoridades do país conhecem a
realidade, sobretudo do fenómeno da seca no sul do país, mas sempre faltou
vontade política para que as soluções sejam encontradas.
Arão Ndipa | VOA
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