Marquês, em Lisboa, República, no
Porto. Duas praças a encherem de jovens em luta pelo clima, ironicamente, entre
os carros que continuam a circular naquela praça lisboeta.
Milhares de jovens saíram à rua,
esta sexta-feira de manhã, em luta pelo clima, alinhados pela manifestação
mundial de alerta. Em Lisboa, cerca de cinco mil dirigem-se para a Assembleia
da República, onde se concentraram para exigir medidas aos governantes.
À chegada das escadarias da
Assembleia da República, os estudantes elevaram o tom de voz. "Não há
planeta B", gritavam. "Governo escuta, os estudantes estão em
luta", ouvi-se, ainda, numa rua de São Bento repleta de jovens. À frente algumas
mães com carrinhos de bebé.
Os jovens começaram a
manifestação no Marquês de Pombal, cerca das 10.30 horas, ainda com o trânsito
a circular na rotunda. Mais que uma ironia, de se verem jovens em luta pelo
clima cercados de emissores ambulantes de CO2, o perigo que representava para
os estudantes a manifestar-se no Marquês de Pombal.
"Uma manifestação do clima
com estes carros todos a passar", diz um dos jovens ao JN. Um agente da
PSP, no local, disse que não lhes foi pedido para fechar o trânsito e que não
sentiram que fosse necessário.
Os jovens mostram se criativos.
Fazem ondas e põem-se a correr. "É uma forma orgânica de nos
manifestarmos", diz Vicente Silvestre, 19 anos, que veio de flauta.
"Esta manifestação está mais enérgica e criativa", declara o jovem,
que estudou música no Conservatório e agora cursa engenharia aeroespacial.
Rua cheia pelo Porto até aos
Aliados
"O mundo está tão quente
como Leonardo de Caprio", podia ler se num dos cartazes exibidos pelos
jovens, em Lisboa e no Porto, entre aqueles que já se tornaram comuns nas
manifestações, como críticas ao capitalismo e ao egocentrismo.
"Eco not ego", Ecologia
em vez de egoísmo, também se ergueu no Porto, na praça da República, onde
muitas centenas de jovens se concentraram, para o início de uma marcha que os
leva, por Santa Catarina, até à Avenida dos Aliados. Seriam largas centenas,
talvez dois ou três mil, a encher as ruas até à Baixa da Invicta.
Em Coimbra, cerca de 200
manifestantes foram até à Câmara
Cerca de duas centenas de jovens
marcham, esta sexta-feira, numa manifestação pelo clima, aderindo à segunda
greve às aulas para alertar para as alterações climáticas.
"Sr. ministro, diga por
favor porque é que no inverno ainda faz calor" é uma das questões dos
manifestantes, que marcham da Praça da República até à Câmara Municipal, num
percurso de cerca de 500
metros .
"Passaram dois meses e não
se fez nada", entende Carolina Silva, porta-voz do movimento em Coimbra,
acusando o ministro do Ambiente de não ouvir as reivindicações dos jovens.
A adesão foi consideravelmente
mais baixa do que a da manifestação de 15 de março, uma redução que a jovem
disse esperar. "É uma altura de testes e aproximam-se os exames",
justifica.
Centenas de estudantes
manifestaram-se pelo clima em Braga
Cerca de 250 estudantes,
sobretudo de escolas secundárias de Braga, manifestaram-se, esta sexta-feira de manhã, no centro da cidade,
pedindo "mais ação governamental para a crise climática que está a
acontecer em todo o Mundo", afirmou Bernardo Almeida, da organização.
"Queremos assegurar um
melhor futuro para todos os jovens e pessoas em geral", salientou o
estudante da Escola Secundária Alberto Sampaio, na Praça da República, que
serviu de ponto de encontro da comunidade escolar. Depois, seguiram pela Rua do
Souto até à Praça do Município, com palavras de ordem e cartazes no ar.
Dina Margato, João Pedro Campos,
Sandra Freitas, com Augusto Correia | Jornal de Notícias | Foto Paulo
Spranger/Global Imagens
Sem comentários:
Enviar um comentário