PAICV convida MpD a ir para
terreno constatar a “desesperança das pessoas”
O presidente da Comissão Política
Regional do PAICV de Santiago Sul, Carlos Tavares, convidou hoje o MpD (no
poder) a sair para o terreno para constatar a “desesperança das pessoas”,
sobretudo dos jovens.
Carlos Tavares, que falava à
Inforpress este domingo, após visitar os bairros de Paiol e Coqueiro, na cidade
da Praia, com o objectivo de auscultar a população, ouvir as suas dificuldades
e os seus anseios. Na final da visita, disse ter detectado uma situação de
“declínio social e económico” com os problemas da pobreza e o desemprego a
“agudizarem-se”.
“Constatamos vários problemas
sociais e o que mais nos preocupa mesmo é o desemprego, porque sabemos o
impacto que a falta de rendimento tem na vida das pessoas. Quando não se tem um
emprego há dificuldades em comprar a alimentação, pagar pela saúde, transportes
e educação dos filhos e por isso é uma situação que preocupa o PAICV”,
salientou.
Neste sentido, questionou sobre
os 45 mil postos de trabalho prometidos pelo MpD durante campanha eleitoral em
2016 e que faz parte do programa do actual Governo, salientando que essa
promessa eleitoral não tem tido efeitos práticos.
“O MpD tem de vir ao terreno
ouvir desses jovens que o compromisso que apresentou em relação emprego foi uma
autêntica falácia sem resultados práticos”, afirmou, segundo a Inforpress,
Carlos Tavares, adiantando que os jovens estão “bastante desesperançados” com o
Governo.
Jovens desempregados e bairros
abandonados
O líder do PAICV na região de
Santiago Sul notou que os jovens estão igualmente desesperançados com a atitude
do poder local, ou seja, da Câmara Municipal da Praia que também é liderada
pelo MpD.
Neste quesito, Carlos Tavares
falou da falta de habitação, das dificuldades no acesso ao terreno por parte
das populações, quando os mesmos, segundo ele, têm sido vendidos às pessoas
próximas de partido para especulação imobiliária.
“De facto, a autarquia da Praia
presidida por Óscar Santos não tem dado resposta nesse sentido. Os poucos
terrenos que existem estão a ser entregues, de forma directa, às pessoas
próximas do partido e os poucos lotes que são lançados em hasta pública são como
cartas marcadas porque só as pessoas com alto rendimento e que têm posse é que
conseguem”, denunciou.
Sugeriu uma outra política de
solo no município da Praia, sobretudo voltada para a população de baixa renda,
por forma a possibilitar que essa camada possa também ter acesso ao mercado de
solo e ter a possibilidade de construir as suas habitações com alguma
dignidade.
A falta de espaço de lazer foi
outra situação que o PAICV diz ter constado nas diferentes localidades.
“As pessoas queixam-se da falta
de praça, espaços com acesso à Internet, centros de juventude, locais que,
conforme indicou, existiam antes em algumas localidades, mas que foram vendidas
ao sector privado para a promoção imobiliária, deixando as populações sem
alternativas.
Oposição quer ser alternativa e
apresenta sugestões de novas políticas
Segundo ainda a Inforpress,
Carlos Tavares diz que o PAICV quer ser alternativa às pessoas e, por isso
mesmo, está no terreno, apresentado as suas propostas.
A nível do emprego afirma que há
oportunidades empregos dentro das comunidades que não estão a ser exploradas,
nomeadamente a nível do tratamento urbanístico comunitário, animação social e
cultural dentro das próprias comunidades onde os jovens locais podem ser
empregados.
Fala também no investimento forte
na formação profissional, conforme indicou não tem sido feito pelo poder local,
refere a Inforpress, citando o presidente da CPR do PAICV em Santiago Sul.
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