sábado, 6 de julho de 2019

Portugal | O polvo… Sim, os ladrões. Esses tais que nos roubam os sonhos


Mário Motta | opinião

Bom dia. Seja bem-vindo(a) ao retomar de publicações a partilhar no Página Global. Aqui mesmo. Hoje é sábado… E aqui, nesta frase, lembramos o mestre Vinicius de Morais, após recorrermos ao jornal Expresso e fazer um apanhado daquilo que no conteúdo nos bateu logo na sua abertura e nos faz pensar e começar a pensar e a desconfiar com toda a pertinência nos males desta sociedade selvagem do capitalismo neoliberal. Coisas que revoltam até os fenecidos, quanto mais os que ainda respiram esta atmosfera de gangues de partidos políticos, da justiça, banqueiros, empresariado… E todos os outros que a plebe mete num saco vasto e a que chama “eles”. Sim, os ladrões. Esses tais que nos roubam os sonhos, as nossas vidas, a nossa dignidade, a mais valia que num trabalho escravo exploram-nos até à medula. O grande polvo.

Bom dia? Será? Existirão bons dias para os que são tão mal servidos por governos e associados capangas que rumam constantemente a lucros pessoais, de amigos e de corporações que acabam por serem os que interferem nas decisões governativas com a habitual receita de explorar e reprimir os oprimidos, o povo, os povos?


Embrenhando-nos nas letras do Expresso vimos à cabeça: “O que têm a dizer os outros pais com filhos como Matilde

E num resumo da peça: “Madalena e André também têm atrofia muscular espinhal. Ela já tem oito anos mas disseram-lhe que não passaria do primeiro ano de vida. Ele tem três e tornou-se uma exceção. Há a Madalena, o André e mais crianças como Matilde, a menina que comoveu o país por precisar de um tratamento avaliado em dois milhões de euros. E com os outros menores com problemas semelhantes, como será? “Claro que não acho mal o que se está a fazer mas deveria ser feito para todos. (...) Mentiria se dissesse que não me revolta um pouco”, diz uma das mães que lida com uma situação parecida” – artigo de Marta Gonçalves.

Um tratamento avaliado em dois milhões de euros? Aqui está tudo dito sobre essa “coisa” das farmacêuticas. Dois milhões de euros? Também está tudo dito sobre o lodo fedorento da sociedade selvaticamente capitalista, descarada e inadmissível, que não procura um lucro que seja justo mas sim o máximo possível. Sofra quem sofre. Morra quem morrer. E existem pessoas (pessoas?) que consideram tal coisa normal… Normal?

Também no Expresso de hoje, este sábado em que retomamos publicar, outro título bateu de chofre nos nossos olhos, com um odor de mais do mesmo:

Justiça arquiva 94% dos casos de corrupção”. Justiça? Que justiça? Em imensos casos, ditos exemplos, acontece sempre algo do género, prescrições e engulhos que premeiam potenciais criminosos com a impunidade. Porquê?

Diz o resumo no Expresso: “Só em seis por cento dos processos abertos pela Justiça é que os investigadores conseguiram reunir provas para levar o caso a julgamento”. É o costume. E “eles”, os corruptos, passeiam-se por aí alegremente, pomposamente, decorando revistas cor-de-rosa com prosas e fotografias merecedoras de limpar “sim-senhores” se a qualidade do papel em que estão inseridas não fosse tão lustroso e “pesado”… Ali, com aquelas carantonhas de gente fútil, parasita, dita da alta… Esses e essas kikis e kokós do ‘pecebe’, dos ‘tios’ e ‘tias’ da linha de Cascais e outros arraiais de esclavagistas, improdutivos e podres até às medulas… Asco, nojo, vómitos, é o que causam. Sofrimento também, aos que são parasitados por esses e essas…

É evidente que podíamos “passear” pelo Expresso e/ou por muitas outras publicações e trazer para aqui várias referências que mostram como vai este país, este país/mundo de ricos (esclavagistas e vigaristas) em contraste com a maioria, os pobres… Mas damos por findo este espaço que é razão de náuseas. Afinal foi ao que viemos após o sentimento de provocação e revolta contidas na verdade inserida nos títulos que atrás referimos.

Como canta Sérgio Godinho: “Cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas…”

Bom (bom?) fim-de-semana, com Vinicius.

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