Mário
Motta | opinião
Bom dia. Seja bem-vindo(a) ao
retomar de publicações a partilhar no Página Global. Aqui mesmo. Hoje é sábado…
E aqui, nesta frase, lembramos o mestre Vinicius de Morais, após recorrermos ao
jornal Expresso e fazer um apanhado daquilo que no conteúdo nos bateu logo na
sua abertura e nos faz pensar e começar a pensar e a desconfiar com toda a
pertinência nos males desta sociedade selvagem do capitalismo neoliberal.
Coisas que revoltam até os fenecidos, quanto mais os que ainda respiram esta
atmosfera de gangues de partidos políticos, da justiça, banqueiros, empresariado…
E todos os outros que a plebe mete num saco vasto e a que chama “eles”. Sim, os
ladrões. Esses tais que nos roubam os sonhos, as nossas vidas, a nossa
dignidade, a mais valia que num trabalho escravo exploram-nos até à medula. O
grande polvo.
Bom dia? Será? Existirão bons
dias para os que são tão mal servidos por governos e associados capangas que
rumam constantemente a lucros pessoais, de amigos e de corporações que acabam
por serem os que interferem nas decisões governativas com a habitual receita de
explorar e reprimir os oprimidos, o povo, os povos?
Embrenhando-nos nas letras do
Expresso vimos à cabeça: “O
que têm a dizer os outros pais com filhos como Matilde”
E num resumo da peça: “Madalena e
André também têm atrofia muscular espinhal. Ela já tem oito anos mas
disseram-lhe que não passaria do primeiro ano de vida. Ele tem três e tornou-se
uma exceção. Há a Madalena, o André e mais crianças como Matilde, a menina que
comoveu o país por precisar de um tratamento avaliado em dois milhões de euros.
E com os outros menores com problemas semelhantes, como será? “Claro que não
acho mal o que se está a fazer mas deveria ser feito para todos. (...) Mentiria
se dissesse que não me revolta um pouco”, diz uma das mães que lida com uma
situação parecida” – artigo de Marta Gonçalves.
Um tratamento avaliado em dois
milhões de euros? Aqui está tudo dito sobre essa “coisa” das farmacêuticas.
Dois milhões de euros? Também está tudo dito sobre o lodo fedorento da
sociedade selvaticamente capitalista, descarada e inadmissível, que não procura
um lucro que seja justo mas sim o máximo possível. Sofra quem sofre. Morra quem
morrer. E existem pessoas (pessoas?) que consideram tal coisa normal… Normal?
Também no Expresso de hoje, este
sábado em que retomamos publicar, outro título bateu de chofre nos nossos
olhos, com um odor de mais do mesmo:
“Justiça
arquiva 94% dos casos de corrupção”. Justiça? Que justiça? Em imensos
casos, ditos exemplos, acontece sempre algo do género, prescrições e engulhos
que premeiam potenciais criminosos com a impunidade. Porquê?
Diz o resumo no Expresso: “Só em
seis por cento dos processos abertos pela Justiça é que os investigadores
conseguiram reunir provas para levar o caso a julgamento”. É o costume. E “eles”,
os corruptos, passeiam-se por aí alegremente, pomposamente, decorando revistas
cor-de-rosa com prosas e fotografias merecedoras de limpar “sim-senhores” se a
qualidade do papel em que estão inseridas não fosse tão lustroso e “pesado”…
Ali, com aquelas carantonhas de gente fútil, parasita, dita da alta… Esses e
essas kikis e kokós do ‘pecebe’, dos ‘tios’ e ‘tias’ da linha de Cascais e
outros arraiais de esclavagistas, improdutivos e podres até às medulas… Asco,
nojo, vómitos, é o que causam. Sofrimento também, aos que são parasitados por
esses e essas…
É evidente que podíamos “passear”
pelo Expresso e/ou por muitas outras publicações e trazer para aqui várias
referências que mostram como vai este país, este país/mundo de ricos (esclavagistas
e vigaristas) em contraste com a maioria, os pobres… Mas damos por findo este espaço que é razão de náuseas. Afinal foi ao que
viemos após o sentimento de provocação e revolta contidas na verdade inserida
nos títulos que atrás referimos.
Como canta Sérgio Godinho: “Cá se
vai andando com a cabeça entre as orelhas…”
Bom (bom?) fim-de-semana, com
Vinicius.
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