Jorge Rocha* | opinião
A notícia do financiamento
clandestino da campanha presidencial de Cavaco Silva pelo grupo Espírito Santo
confirmou as suspeitas sobre o afã com que ele defendera a «solidez» do banco
em causa quando, nos meios económicos, a bancarrota já se anunciava.
Olhando para tal exemplo, e tendo
em conta que Marcelo Rebelo de Sousa também era frequentador assíduo desses
convívios promíscuos entre os grandes grupos económicos e alguns atores
políticos, pode-se perguntar inocentemente, que misteriosas razões o levam a
defender os interesses privados na Saúde com tão persistente afã.
Será caso para perguntar o que
encontraria o Ministério Público se se dedicasse a vasculhar quem eram os
clientes do atual Presidente da República quando, além dos recebidos como
professor na Faculdade de Direito e entertainer televisivo, aumentava
os rendimentos por conta dos pareceres encomendados por quem dele pretendia ver
fundamentados os seus interesses com parciais juízos de emérito
constitucionalista. O que iriam encontrar os procuradores? Será que essa
reiterada intenção em fazer-se provedor dos lucros dos grandes grupos privados
encontraria elucidativa explicação?
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