A SÁBADO no encontro de Mário
Machado
Alexandre
R. Malhado | Sábado
Mário Machado conseguiu alugar o
espaço no hotel SANA com o nome da mãe e disse que ia debater o espaço
Schengen. Contudo, acabaram por promover ideias antissemitas e racistas. O
encontro foi ilegal?
"Sieg Heil!", exclamou
Francesca Rizzi, enquanto levantava o braço em jeito de saudação romana. A
expressão alemã, que em português significa "viva a vitória", era
usada pelo regime de Adolf Hitler, responsável pelo genocídio de cerca de seis
milhões de judeus. Foi desta forma que a italiana – que se assume como
"nacional socialista" – terminou o seu discurso na sala nove do piso
-1 do Hotel Sana, em Lisboa, durante a conferência de sábado, 10 de agosto,
organizada por Mário
Machado, líder da Nova
Ordem Social (NOS).
O gesto foi recebido com berros
de aprovação e diversas saudações replicadas por membros da plateia, inclusive
a mãe de Machado. "Viva a vitória!", gritavam da primeira fila,
envergando T-shirts da NOS. O discurso de Rizzi é outro elemento que justifica
a euforia dos presentes: ao longo de 45 minutos, a italiana apelou para a
"salvaguarda da existência da raça ariana". "Vamos organizar-nos
contra a tirania judaica", atirou. De Mário Machado – de camisa branca, um Rolex Submariner no pulso e anel das tropas nazis SS no dedo – recebeu
aplausos.
Nota PG
Compete aos governos e
autoridades dos países constitucionalmente democráticos não permitirem manifestações
e/ou reuniões nazis, de apelo ao ódio, ao racismo e xenofobia. Declaradamente violadoras
dos Direitos Humanos. Configurando crime. Que se tenha conhecimento o avanço deste tipo de
extremismo continua a beneficiar de impunidade… O que pode indiciar que até o
sistema democrático já está minado - nos órgãos de Estado, judiciais, policiais, de instituições e
empresas - pela ideologia nazi.
*Com parcial alteração no título por PG
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