sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Um quarto da população alemã tem origem estrangeira


Em 2018, 20,8 milhões de habitantes do país tinham origem migratória - um aumento de 44% em relação a 2005. Destes, 52% possuem cidadania alemã.

Um levantamento do Departamento Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis) divulgado nesta quarta-feira (21/08), quase um quarto da população alemã possui origem estrangeira.

Em 2018, as pessoas com origem migratória somavam 20,8 milhões, no país de população de mais de 80 milhões. Os dados registram um aumento de 2,5% em relação a 2017 (20,3 milhões). São considerados de origem migratória aqueles que migraram de outros países ou que têm pai ou mãe que não nasceram com a cidadania alemã.

No ano passado, 52% dessas pessoas (10,9 milhões de pessoas) eram cidadãos alemães. Cerca da metade destes (5,5 milhões) possui a cidadania desde o nascimento, sendo que um dos pais é estrangeiro ou naturalizado. Quase 48% (9,9 milhões) seriam estrangeiros com passaportes de outros países.

Dos 20,8 milhões de pessoas com origem migratória, 13,5 milhões não nasceram na Alemanha, mas sim, migraram para o país. Os principais motivos para os que buscaram a vida em solo alemão foram família (48%), emprego (19%) e educação (5%).

Em relação a 2005, a diferença é ainda mais significativa. Naquele ano, em uma população de 80,5 milhões, 66 milhões de alemães não possuíam nenhuma origem estrangeira. Em 2018, o número de alemães sem passado migratório caiu para 60,8 milhões em uma população total de 81,6 milhões. Já o número de habitantes com origem estrangeira subiu de 14,1 milhões para 20,3 milhões.

A grande maioria (72%) dos que vieram por motivos de família ou trabalho é de países europeus. Entre os que buscavam oportunidades no sistema de educação alemão, 40% são da Europa e 38% da Ásia.

Apenas 15% dos migrantes – quase a metade dos quais (47%) são oriundos do Oriente Médio – chegaram ao país na condição de refugiado ou requerente de asilo.

Os dados levantados pelo Destatis foram colhidos através do chamado microcenso, um tipo de pesquisa onde 1% da população é entrevistada anualmente em residências particulares, excluindo alojamentos coletivos.

Deutsche Welle | RC/dpa/epd

Sem comentários:

Mais lidas da semana