Pouco depois da denúncia de
tentativa de golpe de Estado, Governo garante ter a situação sob controlo.
Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas espera que as presidenciais
tenham lugar na data marcada.
Mauro Vieira, o presidente da
Configuração para a Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz das Nações
Unidas, não comenta as notícias
sobre a alegada tentativa de golpe de Estado. Espera apenas que nada ponha
em causa a realização das eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro.
"Confio na sabedoria
política do povo da Guiné-Bissau, das autoridades, dos poderes constituídos e
tenho certeza que é uma sociedade pacífica, tranquila, em que todos circulam
livremente, e tenho confiança de que nada interferirá neste processo. É muito
importante que aconteça", afirmou Mauro Vieira.
O diplomata brasileiro
encontrou-se esta quarta-feira (23.10) com o Presidente guineense, José Mário
Vaz. Antes, o chefe de Estado reuniu-se com as chefias militares e
representantes do chamado P5 (Nações Unidas, União Europeia, União Africana,
CEDEAO e CPLP). À saída do encontro com José Mário Vaz, os militares não
falaram, e o habitual porta-voz do P5, Ovídeo Pequeno, também recusou
prestar declarações à imprensa.
Situação controlada, diz Governo
Na segunda-feira à noite, o
primeiro-ministro guineense denunciou no Facebook uma alegada tentativa de
golpe de Estado. Aristides Gomes acusou Umaro Sissoco Embaló, antigo
primeiro-ministro e candidato presidencial do Movimento para Alternância
Democrática (MADEM-G15), de estar envolvido, supostamente para travar as
eleições presidenciais.
Tanto Sissoco Embaló, como o
MADEM-G15 rejeitam
as acusações do primeiro-ministro, tendo o candidato presidencial
acusado Aristides Gomes de querer desviar a atenção dos guineenses.
Na terça-feira, o Governo mandou
reforçar a segurança na capital, Bissau. Armando Mango, porta-voz do Executivo,
garante que a situação está sob controlo: "Queremos assegurar a população
que aqui pode-se viver e que não há nada", disse.
Segundo a Comunidade Económica
dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o contingente da sua força de
interposição no país, a ECOMIB, será reforçado face à realização das eleições
presidenciais, em novembro.
Iancuba Dansó (Bissau) | Deutsche
Welle
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