quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Governo da Guiné-Bissau assegura ter tudo sob controlo


Pouco depois da denúncia de tentativa de golpe de Estado, Governo garante ter a situação sob controlo. Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas espera que as presidenciais tenham lugar na data marcada.

Mauro Vieira, o presidente da Configuração para a Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas, não comenta as notícias sobre a alegada tentativa de golpe de Estado. Espera apenas que nada ponha em causa a realização das eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro.

"Confio na sabedoria política do povo da Guiné-Bissau, das autoridades, dos poderes constituídos e tenho certeza que é uma sociedade pacífica, tranquila, em que todos circulam livremente, e tenho confiança de que nada interferirá neste processo. É muito importante que aconteça", afirmou Mauro Vieira.

O diplomata brasileiro encontrou-se esta quarta-feira (23.10) com o Presidente guineense, José Mário Vaz. Antes, o chefe de Estado reuniu-se com as chefias militares e representantes do chamado P5 (Nações Unidas, União Europeia, União Africana, CEDEAO e CPLP). À saída do encontro com José Mário Vaz, os militares não falaram, e o habitual porta-voz do P5, Ovídeo Pequeno, também recusou prestar declarações à imprensa.


Situação controlada, diz Governo

Na segunda-feira à noite, o primeiro-ministro guineense denunciou no Facebook uma alegada tentativa de golpe de Estado. Aristides Gomes acusou Umaro Sissoco Embaló, antigo primeiro-ministro e candidato presidencial do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), de estar envolvido, supostamente para travar as eleições presidenciais.

Tanto Sissoco Embaló, como o MADEM-G15 rejeitam as acusações do primeiro-ministro, tendo o candidato presidencial acusado Aristides Gomes de querer desviar a atenção dos guineenses.

Na terça-feira, o Governo mandou reforçar a segurança na capital, Bissau. Armando Mango, porta-voz do Executivo, garante que a situação está sob controlo: "Queremos assegurar a população que aqui pode-se viver e que não há nada", disse.

Segundo a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o contingente da sua força de interposição no país, a ECOMIB, será reforçado face à realização das eleições presidenciais, em novembro.

Iancuba Dansó (Bissau) | Deutsche Welle

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