O ex-presidente da República
Miguel Trovoada, fez denúncias ao Presidente da República, sobre o que diz ser
violação da constituição política, e dos direitos e liberdades dos cidadãos.
Trovoada que em Setembro último
estive no Palácio Presidencial para junto a François Fall, o representante do
secretário geral das Nações Unidas, e demais autoridades do país, definirem
juntos a estratégia para reforma da justiça em São Tomé e Príncipe, regressou
em finais de outubro ao Palácio “Cor de Rosa”, desta vez, para apresentar
queixas ao Presidente da República Evaristo Carvalho.
«Recebi na minha residência uma
delegação por acaso era do Presidente da Assembleia Nacional, acompanhado por
alguns colaboradores, para me convidar para uma palestra no dia 26 de Novembro em
comemoração do Acordo de Argel…. Depois deste encontro um dos agentes da minha
segurança, foi chamado à hierarquia para saber quem eram as pessoas. Se era
delegação vinda do estrangeiro ou não, e o quê que tinham ido fazer. Eu achei
estranho e desagradável que em São Tomé e Príncipe, pudéssemos estar a ter
sinais de um regresso a uma época que pensávamos já removida», afirmou Miguel
Trovoada.
O ex-presidente da República que
esteve reunido com Evaristo carvalho durante cerca de 2 horas, descreveu mais
um caso que diz er também insólito. Casos que segundo Miguel Trovoada, faz
parte das «manifestações de sinais bem claros e evidentes da violação da
constituição, da violação dos direitos e liberdade dos cidadãos».
O segundo caso tem a ver com a
bastonária da Ordem dos Advogados. «Recebi um cidadão na minha casa, que foi
conversar comigo. O segurança veio me informar que a bastonária da Ordem dos
Advogados, passou viu o carro, e parou. Pegou o seu smartfone fez fotografia à
viatura da pessoa que estava na minha residência ….e quando o segurança encarou
com ela, ela foi para mais longe perto do Náutico e dali faz a focagem para a
viatura de forma a apanhar a chapa matrícula…
…Eu considero isto triste e inquietante, porque não sei o que é que a Bastonária da Ordem dos Advogados tem a ver com esta espionite que está a se desenvolver», denunciou Miguel Trovoada.
O ex-Presidente da República
advertiu que é «um cidadão livre, recebo quem eu quero sem ter que dar
satisfação a quem quer que seja», pontuou.
A situação de tensão social
vivida nos últimos dias no país, por causa de um pastor da Igreja Universal do
Reino de Deus, que foi julgado e condenado pela Justiça da Costa do Marfim,
também dominou a conversa entre o Ex-Presidente da República e o actual
Presidente.
«Falo mais particularmente com o que se deu com a queima das igrejas e das viaturas, quase uma insurreição, algo que não estamos habituados. Infelizmente tivemos um precedente, quando foi da contagem dos votos nas últimas eleições, verificamos este espectáculo triste com pessoas e rostos bem identificados e aparentemente não houve sequência no sentido de se responsabilizar as pessoas e punir para que isto não constituísse uma espécie de escola. Acho que a impunidade é a mãe de toda a criminalidade», concluiu Miguel Trovoada.
Miguel Trovoada faz intervenção
política para alegadamente desanuviar a tempestade político-social.
Abel Veiga | Téla
Nón
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