sábado, 9 de março de 2019

HÁ UM ANO, NA VENEZUELA BOLIVARIANA…


Martinho Júnior, Luanda 

1- Há um ano que, na memória do dia 5 de Março, a convite da República Bolivariana da Venezuela, me desloquei a fim de participar das cerimónias em que, por altura do 5º aniversário do desaparecimento físico do Comandante Hugo Chavez, progressistas solidários de todo o mundo rendiam homenagem àquele que, 200 anos depois do içar da bandeira duma Venezuela independente e livre do colonialismo espanhol, assumia por inteiro o legado visionário e integrador de Simon Bolivar.

Naquela altura, para além da memória que foi justamente exaltada por toda a Venezuela, foi importante constatar ainda que em muito poucos dias, quanto estava mobilizada na prática a aliança cívico-militar inspirada pelo Comandante Hugo Chavez, quanto ela poderia corresponder às aspirações de luta tão legítimas de independência e soberania popular que continuam a ser um incontornável legado às presentes e futuras gerações venezuelanas e de todos os povos do mundo.

Há um ano, as pressões de toda a ordem contra a Venezuela Bolivariana por parte do sargento de turno da aristocracia financeira mundial, Donald Trump, faziam-se já sentir impactantes em toda a linha, desde a guerra psicológica em curso transversalmente, por dentro da sociedade venezuelana, até às pressões económicas e financeiras asfixiantes e votadas a isolar a Venezuela dos relacionamentos internacionais.

Sobre Venezuela | Críticas contundentes de deputado espanhol a Pedro Sánchez e UE


Em discurso no Parlamento da Espanha, o deputado espanhol Pablo Bustinduy, membro e secretário internacional do partido de esquerda Podemos, critica o primeiro-ministro Pedro Sánchez pelo reconhecimento de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. 

"Soam tambores de guerra no Caribe. O que é incompreensível, senhor Sánchez, é que o senhor tenha colocado a Espanha nessa operação", disse o deputado.

*Cortesia de Alberto Monteiro de Castro

CORROSÃO DESENFREADA


  
1- Muitas coisas se vão comprovando com os sucessivos falhanços da política internacional dos Estados Unidos e nesse aspecto, está a nu a mentira refinada e omnipresente da administração de Barack Hussein Obama, que “angariava”tantos e tantos “incautos” e, por contraste, a mentira desastradamente exclusivista da administração de Donald Trump, incapaz de convencer nos termos de sua conveniência (lembre-se “the americans first”) até os seus próprios vassalos.

Em menos duma década se a perda de credibilidade internacional dos Estados Unidos está cada vez mais exposta, também é verdade que no Médio Oriente Alargado, uma das regiões mais afectadas nos termos desta tão assimétrica IIIª Guerra Mundial, as geoestratégias estado-unidenses e de seus vassalos da NATO e regionais estão em corrosiva perda, desde quando, em nome da democracia, incentivaram a expansão do caos, do terrorismo, da divisão, da desagregação e da guerra, a fim de com isso exercitar sua própria presença no labirinto que pariram subversivamente a sul.

Floresta alemã revela detalhes sobre massacre nazi


Pesquisadores encontram mais de 400 artefatos em escavações realizadas na região de Sauerland, onde 208 trabalhadores forçados foram executados em março de 1945.

Mais de 70 anos depois, historiadores e arqueólogos alemães descobriram novos detalhes sobre três massacres realizados por tropas nazistas em março de 1945 na região de Sauerland, no sudeste do estado Renânia do Norte-Vestefália.

Os pesquisadores apresentaram nesta sexta-feira (08/03) mais de 400 artefatos encontrados em três escavações realizadas na floresta da região. No local, soldados nazistas assassinaram 208 trabalhadores forçados poloneses e russos.

"As descobertas contam, por um lado, sobre as vítimas", afirmou o diretor da Associação Estadual Vestefália-Lippe (LWL), Mathias Löb, que acrescentou que os artefatos possibilitaram aos pesquisadores identificar detalhes sobre a forma de agir e pensar dos autores do crime.

Extrema direita deve dobrar presença no Parlamento Europeu


Pesquisa mostra que partidos eurocéticos lideram entre o eleitorado de três países do bloco, que elege novo parlamento em maio. Conservadores e social-democratas devem perder espaço.

Uma pesquisa divulgada pelo tabloide alemão Bild neste sábado (09/03) aponta que que o grupo Europa das Nações e da Liberdade (ENF), que reúne mais de 30 partidos de extrema direita europeus, deve conquistar pelo menos 67 assentos no Parlamento Europeu nas próximas eleições. Hoje, o grupo conta com 34 eurodeputados.

Os europeus vão às urnas de 23 a 26 de maio para eleger representantes para o Parlamento Europeu, que tem 705 assentos.

De acordo com a pesquisa, que entrevistou mais de 9.000 pessoas, os partidos eurocéticos de direita aparecem na liderança da preferência do eleitorado em três dos seis países onde a pesquisa foi conduzida.

Assange, o prisioneiro que diz não ao big brother

Na história da Wikileaks nunca alguém afirmou que o material divulgado não é autêntico – Julian Assange
John Pilger [*]

Sempre que visito Julian Assange, encontramo-nos numa sala que ele conhece demasiado bem. Há uma mesa nua e fotos do Equador nas paredes. Há uma estante onde os livros nunca mudam. As cortinas estão sempre cerradas e não há luz natural. O ar é abafado e fétido.

Isto é a Sala 101.

Antes de eu entrar na Sala 101 devo entregar meu passaporte e telefone. Meus bolsos e objectos são examinados. O alimento que trago é inspeccionado.

O homem que guarda a Sala 101 senta-se no que parece uma cabine telefónica fora de moda. Ele está diante de um écran, a observar Julian. Há outros agentes do estado, que não são vistos, a observar e ouvir.

As câmaras estão por toda a parte na Sala 101. Para evitá-las, Julian nos leva para um canto, lado a lado, encostados contra a parede. É assim que nós trocamos notícias: murmurando e escrevendo um ao outro sobre um bloco de notas, o qual ele esconde das câmaras. Por vezes rimos.

Portugal | Tancos: o oportunismo à solta


As propostas de PSD e CDS de acareação entre generais com responsabilidades recentes no topo da hierarquia do Exército reflectem a irresponsabilidade, o oportunismo e a falta de sentido de Estado.

AbrilAbril | editorial

As inusitadas e inesperadas propostas do PSD e do CDS, apresentadas na Comissão Parlamentar que visa o apuramento das responsabilidades políticas no caso de Tancos, de acareação entre os generais Rovisco Duarte, Faria Menezes e José Calçada, a propósito de declarações ali prestadas pelos três militares, são para os partidos da direita uma forma de atingir os seus fins sem olhar a meios.

O furto de material militar dos paióis de Tancos e a tentativa de agora lavar a «roupa suja» do Exército servem para PSD e CDS alimentarem a campanha mediática contra o Governo e, de forma indirecta, contra a actual solução política, mas que, objectivamente, contribui para o caldo da cultura populista cujas consequências não atingirão apenas o Governo, mas a própria democracia.

Portugal | As fake news e o jornalismo de omissão e desinformação


De Manifesto 74 extraímos o artigo que se segue, que aborda cenas eventualmente chocantes dos profissionais do jornalismo relativamente às notícias falsas que eles próprios propagam, além de "outros pecados". A acrescentar na bitola da suspeição ainda pode ler: “Nicolau Santos, jornalista e administrador da Lusa, referia no evento que "o que se pratica nas redes sociais não é jornalismo, feito segundo os códigos de ética a que os jornalistas estão obrigados". Em 2004, no entanto, "os códigos de ética a que os jornalistas estão obrigados" permitiram ir para a neve às custas do BES, cuja lista de jornalistas avençados continua em segredo. “ - PG

O cozinheiro Kiko e as fake news

Hoje debate-se, no Parlamento, a desinformação. Há uns dias, a Agência Lusa organizou uma conferência sobre fake news. Do que ouvi, tirando o Paulo Pena, foi muito pouco relevante e continua a haver um discurso redondo dentro dos próprios profissionais da área da comunicação social: Os media têm de combater as fake news, mas não refletem no papel que desempenham na disseminação de fake news. Uma oradora usou mesmo, na sua apresentação, um print de uma notícia falsa publicada pelo Expresso, sobre uma suposta diretiva de Bruxelas (imagem daqui). Nicolau Santos, jornalista e administrador da Lusa, referia no evento que "o que se pratica nas redes sociais não é jornalismo, feito segundo os códigos de ética a que os jornalistas estão obrigados". 

Portugal | Bestas invisíveis


Miguel Guedes | Jornal de Notícias | opinião

À média de mais de uma mulher morta num quadro de violência doméstica a cada semana, celebra-se o Dia Internacional da Mulher em Portugal.

Contam-se por 12 os homicídios em dois meses, quase metade dos 28 registados em 2018. Espancadas até à morte ou assassinadas com arma branca, derrubadas a tiro por ciúme, vingança, loucura, impunidade. Crimes para todos os gestos. É precisamente o sentimento de impunidade que conforta e começa a guiar o agressor, conduzido àquela ideia de que já outros o fizeram e que foi o que foi sem serem vistos. Como bestas invisíveis. Entregam-se vários corpos mas só um por vontade. Por vezes, a falta de coragem remenda-se com o suicídio, já levadas que foram as crianças e parte da família, avisadas que foram as entidades por respeito ao "rigor mortis".

A impunidade serve-se da desvalorização dos primeiros sinais e da tenra incapacidade das autoridades e tribunais para funcionarem como verdadeiros dissuasores e repressores. Segundo o "Observatório das Mulheres Assassinadas", 503 mulheres foram mortas em contexto de violência doméstica ou de género entre 2004 e o final de 2018.

Guiné-Bissau | Campanha eleitoral termina com todos os partidos na capital


O último dia da campanha para as legislativas de domingo (10.03) fica marcado por comícios em Bissau. CNE garante "todas as condições" para a votação e sociedade civil mobiliza-se para monitorizar eleições.

Depois de 20 dias de campanha eleitoral focada sobretudo no interior da Guiné-Bissau, os partidos candidatos às legislativas realizaram durante todo o dia desta sexta-feira (08.03) na capital, Bissau, comícios com apelos ao voto.

Mais de 761 mil eleitores são chamados às urnas no domingo para escolher os novos representantes do Parlamento guineense entre os candidatos apresentados por 21 partidos políticos.

Para muitos observadores, trata-se de um ato eleitoral que tenta pôr fim a uma crise política que dura desde 2015, depois de o Presidente, José Mário Vaz, e o líder do maior partido do país, Domingos Simões Pereira se terem incompatibilizado. 

Sufocar os moçambicanos


@Verdade | Editorial

A cada dia que passa fica claro a agenda do Governo da Frelimo: esvaziar os cofres do Estado ou forçar os moçambicanos a apertarem o cinto mais do que já está. O aumento do preço de energia eléctrica é mais uma prova inequívoca desse plano terrorista que o Governo da Frelimo tem estado a implementar desde a Independência Nacional.

Há quatro décadas que o povo moçambicano é forçado a viver na miséria imerecida e a sobreviver à intempérie, enquanto os seus dirigentes levam uma vida principesca. O mês em curso, o auto- -intitulado “empregado do povo” decidiu mais uma vez surpreender pela negativa o seu “patrão” com o aumento do preço de consumo da energia eléctrica. Ou seja, ao invés de amenizar o sofrimento de milhões de moçambicanos, Nyusi e o seu bando de incompetentes têm vindo a esforçar-se a sacrificar o cidadão honesto, que com muito suor paga os impostos.

Moçambique/Angola | HRW fala sobre situação em Cabo Delgado e Cabinda


HRW preocupada com ação contra jornalistas e mudança de tática nos ataques em Cabo Delgado, Moçambique. Quanto à Angola a preocupação é com o tratamento que as autoridades dão aos refugiados e ao ativismo em Cabinda

A onda de violência na Província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, ganhou projeção mediática após o ataque de Mocímboa da Praia em outubro de 2017 e, desde então foram noticiadas dezenas de ataques que provocaram a morte de mais de 100 pessoas, de acordo com números oficiais. 

Governo moçambicano, pesquisadores, jornalistas, bem como Organizações de Defesa dos Direitos Humanos são unânimes em reconhecer que os autores dos ataques na província nortenha de Cabo Delgado, em Moçambique, são desconhecidos. Os ataques iniciados há mais de um ano ainda não foram reivindicados, o que torna difícil apurar-se os autores e as motivações dos ataques.

Angola já pagou a Portugal grosso da dívida certificada


Desde o momento em que Angola e Portugal ultrapassaram o “irritante” que assombrava as relações, as autoridades dos dois Estados já assinaram 35 acordos, o que eleva a parceria estratégica entre os dois países.

Ontem (6/3), após as conversações oficiais com o homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio Presidencial da Cidade Alta, João Lourenço destacou o salto qualitativo que as relações entre Angola e Portugal deram no quadro da consolidação das relações de cooperação e a prová-lo está a assinatura dos 35 instrumentos jurídicos, em sete meses. 

Com a visita do Primeiro-Ministro português, António Costa, a Angola, e do Presidente da República, João Lourenço, a Portugal, foram assinados 24 acordos de cooperação. Com a visita do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa foram assinados ontem, no Palácio Presidencial da Cidade Alta, mais 11 acordos, o que totaliza 35 acordos, alargando as áreas de cooperação. 

Em Angola | Como Marcelo, só o Papa. Angola já pergunta quando é que "Ti Celito" se candidata


Diretor do jornal "O País" conta à TSF que Marcelo Rebelo de Sousa é um fenómeno só equiparado ao Papa Bento XVI.

A visita de Marcelo Rebelo de Sousa a Angola tem tornado o Presidente da República português num verdadeiro fenómeno de popularidade e já poucos lhes ficam indiferentes.

À TSF, o direto do jornal angolano "O País", José Kaliengue, conta que o sucesso de Marcelo Rebelo de Sousa entre os angolanos é tanto que, nas ruas, já se pergunta quando é que o presidente português se candidata ao cargo de Presidente de Angola.

"Praticamente não há um angolano que não saiba quem é o 'Ti Celito'. Às vezes, conhecem melhor o 'Ti Celito' do que os nomes de muitos políticos angolanos. Isto fez a diferença. Tanto que já há piadas a dizer: bom, Marcelo talvez se candidate a presidente angolano qualquer dia, e nós votamos. De facto, teve esta capacidade de congregar os angolanos na forma como, nestes dias, olham para Portugal. Não há diferenças de opinião", reforça José Kaliengue.

Mais lidas da semana