terça-feira, 19 de março de 2019

A verdade sobre as mortíferas acções de Israel em Gaza. Irá o mundo escutar?


Os crimes cometidos por Israel contra o povo palestiniano não são apenas objecto de condenação por parte de organizações de defesa dos direitos humanos em todo o mundo. São-no também por parte da ONU, e o direito do povo palestiniano a uma Palestina livre e independente é reconhecido pela própria UE. Mas persiste uma inaceitável distância entre esse reconhecimento e a tomada de medidas políticas efectivas que ponham fim a décadas de ocupação, opressão e genocídio.


O veredicto condenatório da ONU sobre os protestos de 2018 em Gaza deveria levar a comunidade internacional a acabar com a ocupação israelita

Uma investigação da ONU sobre os protestos de 2018 em Gaza concluiu que tropas israelitas e seus comandantes podem ter cometido crimes de guerra ou crimes contra a humanidade. A comissão de inquérito do conselho de direitos humanos descobriu que os militares usaram intencionalmente munição real contra civis, que incluíam crianças, mulheres, jornalistas, trabalhadores da saúde e pessoas com deficiências.

Reino Unido | Ministério da Saúde adverte: austeridade mata mais cedo


Expectativa de vida no Reino Unido diminui 13 meses desde 2015; governo deve recuar de mudança na idade mínima da aposentadoria.

A longevidade no Reino Unido diminuiu. E não se trata de um ponto fora da curva. A expectativa de vida de homens que chegam aos 65 anos era de 87,4 anos, mas caiu para 86,9. Entre as mulheres, de 89,7 para 89,2 anos. Em comparação com 2015, as projeções para a expectativa de vida diminuíram em 13 meses para homens e 14 meses para mulheres.Os dados são do Institute and Faculty of Actuaries, que calcula a expectativa de vida para o setor de previdência no Reino Unido. Quais os motivos para a piora? Sir Michael Marmot, diretor do Institute of Health Equity na University College London, arrisca: "É totalmente possível que a austeridade teve impacto."

Reportagem do jornal britânico The Guardian aponta fatores como crescimento de obesidade, diabetes e doenças variadas. Mas os cortes no orçamento do Serviço Nacional de Saúde (NHS) contribuíram para a dificuldade em se controlar os problemas.

Pobres pagam mais pela água do que ricos, afirma ONU


Em todo o mundo, pessoas pobres ou que sofrem discriminação social têm maior probabilidade de ter acesso limitado a água potável e saneamento adequado, afirma relatório da Unesco.

A ONU divulgou nesta terça-feira (19/03) seu relatório mundial sobre o desenvolvimento dos recursos hídricos, que destacou que mais de 2 bilhões de pessoas não têm acesso a uma fonte adequada de água potável e que um número ainda maior, 4,3 bilhões, não têm saneamento básico.

"Melhorar a gestão dos recursos hídricos e fornecer a todos o acesso a água potável e saneamento seguros e acessíveis financeiramente são ações essenciais para erradicar a pobreza, construir sociedades pacíficas e prósperas e garantir que 'ninguém seja deixado para trás' no caminho rumo ao desenvolvimento sustentável", afirma o texto divulgado pela Unesco e intitulado Não deixar ninguém para trás.

De acordo com o documento, estudos internacionais mostram bons retornos sociais e econômicos de investimentos em serviços de água, saneamento e higiene.

Um monastério italiano e os "guerreiros culturais" de Bannon


Ex-assessor de Donald Trump quer realizar cursos educacionais para criar uma vanguarda política populista de direita capaz de lançar uma "cruzada" na Europa. A DW visitou o convento isolado ao sul de Roma.

Para muitos, a decisão de viver num mosteiro do século 13 totalmente abandonado no topo de uma montanha num país estrangeiro, sem recepção de celular e com apenas um zelador – um monge octogenário acompanhado de 19 gatos ferozes – não seria uma escolha óbvia de estilo de vida.

Acrescente a isso protestos regulares de moradores locais e outros ativistas que querem sua saída – e podem surgir alguns arrependimentos.

Mas não é o caso de Benjamin Harnwell, de 43 anos, um ex-assistente parlamentar britânico e católico convertido que no ano passado se mudou para a isolada Certosa di Trisulti: um antigo monastério da ordem dos cartuxos agora em posse dos monges cistercienses. O monastério está localizado acima da cidade de Collepardo, duas horas de carro a sudeste de Roma.

As mentiras do Poder argelino


Thierry Meyssan*

Os critérios que se utilizam habitualmente na política para explica os jogos de poder não se aplicam à Argélia. Os seus dirigentes actuais são antes de mais impostores que fabricaram de si próprios, um a seguir a outro, falsas biografias para obter a consideração dos seus concidadãos. Passando de umas para outras, conseguiram chegar ao topo do Estado. E, aí se mantêm por vontade das grandes potências que fazem de conta que acreditam nas suas fábulas para melhor os manipular.

Os média (mídia-br) internacionais descobrem com estupefacção a realidade sobre o Poder argelino que se esforçaram por dissimular até aqui. Este não é detido por um clã, mas por vários entre os quais a figura do Presidente Bouteflika é o ponto de equilíbrio.

No Poder argelino, quem defende o quê?

Estes clãs travam uma batalha feroz entre si, o que os impediu não apenas de designar um sucessor para o Presidente cessante mas também um Primeiro-ministro. Finalmente, designaram três : Noureddine Bedoui, assistido por Ramtane Lamamra, ambos flanqueados por um terceiro, Lakhdar Brahimi.

Se fosse um banco, estaria salvo

Mariana Mortágua | Jornal de Notícias | opinião

No sábado passado deu à costa das Filipinas uma jovem baleia morta. Causa da morte: choque gástrico, induzido pelos 40kg de plástico ingeridos.

Segundo a organização Ocean Conservancy, se o Mundo continuar a produzir e despejar plástico nos oceanos a esta velocidade, em 2025 teremos um quilo de plástico por cada três quilos de peixe.

Um mar de lixo. Este é só um dos desastres que o futuro nos reserva, a que se juntam as consequências das alterações climáticas, como o aumento das catástrofes naturais, a diminuição do espaço habitável, migrações em massa ou escassez de água potável.

Não se pode dizer que tenhamos chegado a este ponto por falta de aviso. Assistimos, ao longo dos últimos anos, ao sistemático desrespeito e desconsideração pelos alertas de cientistas e ativistas pelo clima, tratados como excêntricos mensageiros do apocalipse, e hoje a situação é de emergência. Não temos tempo para perder com novos negócios disfarçados de economia verde ou com discursos verdes para esconder uma economia suja. O comércio de emissões de dióxido de carbono não é mais que um negócio especulativo, as bicicletas e os carros elétricos não são o bastante, e nem vale a pena falar de aquecimento global enquanto se continua a querer tirar petróleo de baixo da terra (como queria fazer o Governo português).

A crise climática é a crise do sistema económico, do modo como se organiza e funciona. É a crise do consumo em massa e da desigualdade na distribuição de riqueza, é a crise da produção em escala e do comércio globalizado. Não é possível reduzir a produção de plástico e a emissão de gases com efeitos de estufa sem mudar o status quo do sistema económico e, por consequência, sem pôr em causa o poder e os lucros de quem o domina.

Greta Thunberg, de 15 anos, percebeu tudo o que está em causa, e por isso não falou para as elites. Não pediu favores nem licença a quem tem lucrado com este jogo do gato e do rato com um futuro da humanidade. Greta falou aos estudantes e convocou-os a tomar o destino nas mãos e parar o Mundo, forçar o Mundo a parar e ouvir. E foi ouvida. Na passada sexta-feira milhões de jovens, também em Portugal, pararam as escolas em greve e saíram à rua para dizer ao Mundo, e às elites, que esta é uma emergência e uma responsabilidade coletiva. A greve dos estudantes pelo clima não foi apenas um momento emocionante ou simbólico. Foi uma lição de sabedoria e determinação: quer queiramos quer não, esta será a causa das nossas vidas. Só nos resta agradecer-lhes e juntarmo-nos ao movimento.

*Deputada do BE

Guiné-Bissau | Domingos Simões Pereira deve tomar posse esta semana


Depois da aceitação dos resultados das eleições legislativas de 10 de março por todos os partidos, a Guiné-Bissau discute agora a estabilidade governativa e parlamentar. Sociedade civil diz que país entra numa nova era.

Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das eleições, deverá ser empossado pela segunda vez como primeiro-ministro da Guiné-Bissau ainda esta semana, informaram fontes oficiais.

Após a divulgação dos resultados definitivos das legislativas de 10 de março, todos os partidos políticos que disputaram os 102 lugares no Parlamento aceitaram o veredicto das urnas e manifestam-se disponíveis para trabalhar com o PAIGC para a estabilização da Guiné-Bissau, nos próximos 4 anos.

O PAIGC já anunciou um acordo de incidência parlamentar para governar com a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU/PDGB), a União para Mudança (UM) e o Partido da Nova Democracia (PND).

Guiné-Bissau | Presidente do PRS recebe ultimato


Grupo de altos dirigentes do Partido de Renovação Social (PRS) dá 48 horas ao líder do partido para se demitir e à sua equipa. É o que consta num ultimato, divulgado esta segunda-feira.

É um ultimato dado à atual direção do Partido de Renovação Social (PRS), liderada por Alberto Nambeia. O chamado "Movimento de Salvação do PRS e da Memória de Kumba Ialá" dá 48 horas para a direção se demitir, caso contrário serão encetados "mecanismos com vista ao seu afastamento".

Numa carta dirigida nesta segunda-feira (18.03) ao presidente do PRS, o "Movimento de Salvação", liderado pelo ex-presidente do Parlamento guineense e um dos fundadores do partido, Ibraima Sori Djaló, exige a responsabilização da direção do partido pelo "desastroso resultado" nas eleições legislativas de 10 de março.

O PRS tem agora menos 20 deputados do que na legislatura anterior, em que tinha 41 mandatos.

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