quarta-feira, 1 de maio de 2019

A histeria do Russiagate: Um caso de russofobia aguda


Serge Lavrov [*]

Em 18 de abril de 2019 a Embaixada da Federação Russa nos EUA divulgou o documento "A histeria do Russiagate: Um caso de russofobia aguda", com 121 páginas – o qual foi ignorado pela maior parte dos media corporativos.   Os interessados em ler a íntegra do documento poderão descarregá-lo aqui .   O presente texto, agora publicado, é o prefácio de autoria do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serge Lavrov.

HISTERIA 

"Se a democracia americana for destruída na próxima geração, não será destruída pelos russos ou pelos chineses, mas por nós próprios, pelos mesmos meios que usamos para a defender"
Senador J. William Fulbright 
"American Militarism", 1970, Epilogue


"É uma tentativa de atirar as culpas para cima de outrem. O problema não é nosso. O problema está na política dos EUA… Quem perdeu foi a outra equipa. Não querem reconhecer o erro. É mais fácil dizer "A culpa não é nossa, a culpa é dos russos, eles interferiram nas nossas eleições". Faz-me lembrar o antissemitismo: a culpa é dos judeus, toda a culpa. Sabemos onde podemos chegar com estes sentimentos. Não chegamos a nada de bom. O que há a fazer é simplesmente trabalhar e pensar como endireitar as coisas"
Vladimir Putin 
Presidente da Federação Russa,
(em resposta a uma pergunta da jornalista americana Megyn Kelly na reunião plenária do Fórum Económico Internacional em S. Petersburgo, a 2 de junho de 2017).

 "Acredito que este problema tem raízes nos desenvolvimentos internos nos Estados Unidos 

"Não estamos a gostar dos atuais desenvolvimentos, mas não fomos nós que os iniciámos. É distorcer a verdade dizer que isto é o castigo pela Ucrânia e pela Crimeia. Tudo começou com o Presidente Barack Obama, muito antes de Washington lançar o seu projeto da "revolução colorida" na Ucrânia. Começou com Edward Snowden, que ficou preso na Rússia porque não podia fugir para outro sítio qualquer – o passaporte dele foi cancelado. O Presidente dos EUA, o secretário de Estado e os diretores do FBI e da CIA pressionaram-nos para o entregar sem demora. Dissemos que não o podíamos fazer porque todas as informações disponíveis indicavam que ele enfrentava a pena de morte. Foi por isso que Obama proibiu contactos bilaterais e cancelou a sua visita antes da cimeira dos G20 em S. Petersburgo. A propósito, estávamos a preparar para essa reunião um acordo sobre mais uma redução de armas estratégicas ofensivas, que devia ser feita a seguir ao Tratado de Praga de 2010, assim como uma declaração que estabelecia uma agenda sobre estabilidade estratégica para muitos anos seguintes. A incapacidade de Obama de renunciar ao seu ressentimento pessoal enterrou um documento muito importante, que podia ser hoje de muita utilidade. 

CLIPAGEM | Notícias internacionais sobre o Brasil; Notícias do Mundo e Artigos


1- NOTÍCIAS INTERNACIONAIS SOBRE O BRASIL

PÁGINA 12, Argentina  | Vale tudo para a reforma previdenciária ser aprovada. Governo é acusado de oferecer vantagens aos deputados para aprová-la. O bolsonarista José Medeiros insultou o socialista Aliel Machado (PSB) porque este disse que "o governo ofereceu 40 milhões de reais para comprar votos". | https://bit.ly/2V62UIP

PÁGINA 12, Argentina | "Vou ficar no Brasil para ajudar".  Lula avisa que não será chantageado. Em uma reportagem da prisão contra a submissão do governo a Washington, ele criticou o presidente e o ministro da Justiça. | https://bit.ly/2IKJLWk

DIÁRIO DE NOTÍCIAS, Portugal | O método Bolsonaro: contra os radares e os "cachaceiros". "Em guerra com os radares,  os Bolsonaros somam mais de 40 multas de trânsito". Poderia ser apenas uma história sobre os hábitos de condução do Presidente brasileiro, dos seus três filhos e da sua mulher. Mas surge no meio de uma outra, que revela o caráter de Jair Bolsonaro - e a intensa campanha de propaganda permanente que define o estilo dos políticos que parecem ter mais êxito na atualidade. O presidente do Brasil deu a entender que o anterior governo do seu país era "um bando de cachaceiros". E o seu ministro da Justiça, Sérgio Moro, chamou "criminoso" a José Sócrates, quando estava em Lisboa. (DIÁRIO DE NOTÍCIAS, Portugal) | https://bit.ly/2DGN9xl

RFI, FRANÇA | ‘Toda a minha luta aqui vai ser em prol das pautas universais da Marielle’, diz a deputada brasileira Maria Dantas, eleita para o Parlamento espanhol pelo partido Esquerda Republicana da Catalunha. “Eu sou deputada pela Espanha, mas eu vou aproveitar esta minha visibilidade para fazer eco das atrocidades e das violações de direitos humanos, direitos básicos dos brasileiros e das brasileiras que estão sendo levadas a cabo pelo governo Bolsonaro”. | https://bit.ly/2J5IHf2



Autoritarismo do STF e da Lava Jato nasceu no ‘impeachment Tabajara’ de Dilma



Quando as elites toparam esgarçar as instituições para forçar a saída de Dilma, uma perigosa linha foi ultrapassada. Não que antes reinasse a mais perfeita a harmonia, mas pelo menos durante duas décadas o país se manteve perto de um eixo de estabilidade política, sem graves crises institucionais. Para o insuspeito ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa, o processo que derrubou Dilma foi “patético”, “bizarro”, “uma farsa”, “um impeachment Tabajara” que devolveu ao país o status de “República das Bananas”Eu chamo de golpe mesmo. De lá para cá, o desrespeito à ordem constitucional virou padrão e, em muitos momentos, contou com o apoio popular.

A Lava Jato teve papel decisivo nesse processo de degradação institucional. Sempre em nome do bem, desrespeitou sistematicamente as leis, desafiou poderes constituídos e se tornou um poderoso grupo político com braços em todas as esferas de poder. A grande imprensa teve papel fundamental na canonização do grupo, atuando como assessoria de imprensa e fechando os olhos para as arbitrariedades. Com apoio popular, a Lava Jato pavimentou o caminho de Bolsonaro ao Planalto, assumiu o ministério da Justiça e já não aceita nenhum freio da democracia. Tornou-se comum, por exemplo, ver procuradores da República insuflando a populaçãocontra o Supremo nas redes sociais. O que era para ser uma aberração, virou corriqueiro. Criou-se um monstro populista.

As novas batalhas desta semana entre Lava Jato e STF, portanto, não podem ser classificadas como uma nova crise. São só mais um episódio de uma crise institucional permanente.

UM OUTRO PRIMEIRO DE MAIO - Martinho Júnior


OITO ANOS DEPOIS DO ARRANQUE DA GRANDE MISSÃO VIVENDA VENEZUELA, O DESAFIO É INTERNACIONAL E SOBRETUDO PARA TODOS OS POVOS DO SUL

Martinho Júnior, Luanda 

1- Oito anos depois do lançamento da Grande Missão Vivenda Venezuela, os cenários na Venezuela vão-se transformando inexoravelmente, pois há um antes, um depois e um durante em razão duma das principais e mais decisivas missões bolivarianas, que responde a um direito básico de cidadania: o direito a uma habitação condigna para todos os habitantes do país.

Se antes era o vazio, com a renda petroleira a ser digerida pelos estômagos da clientela oligárquica intimamente associada aos interesses e conveniências do capitalismo da feição do império da hegemonia unipolar, agora todos estremecem com cada pequena vitória alcançada no espaço nacional, no fundo uma forma resistente e incontornável de responder à guerra económica e psicológica que os bolivarianos estão a ser obrigados a enfrentar.

Em Março de 2018, quando estive em Caracas e no micro estado de Vargas, constatei a enorme luta no sentido de responder aos desafios, fazendo desaparecer algumas das grandes favelas que se multiplicam na Venezuela, como aliás por todas as cidades da América Latina.

Venezuela | O fracasso do senhorito Guaidó


Após o fracasso da tentativa de golpe de 23 de Fevereiro, em 30 de Abril o senhorito Guaidó fez uma nova tentativa e teve um novo fracasso. Isto revela muito acerca da inépcia dos agentes designados pelo império. 

Ao referido indivíduo fora ministrado um curso do NED, na ex-Juguslávia, acerca de técnicas para fazer revoluções coloridas. Mas hoje, diante deste novo flop, pode-se verificar que o seu aproveitamento foi pequeno. 

A tradição do imperialismo de arrebanhar lumpens, marginais e mercenários para promover tumultos e golpes – tal como fez a CIA em 1953 contra o governo iraniano, de Mossadegh – é inútil quando se depara com a coesão das Forças Armadas e a consciência anti-imperialista do seu povo. É o que acontece na Venezuela Bolivariana, apesar de todas as sabotagens e tentativas de desestabilização contra ela.

Venezuela | O estranho "golpe" de que pouco se sabe


Era para ser esta quarta-feira a maior manifestação de sempre na Venezuela. O autoproclamado presidente interino antecipou-se, num vídeo filmado à porta da base aérea de La Carlota, rodeado de duas mãos cheias de militares.

"O 1.o de Maio, o fim definitivo de usurpação, começou hoje [terça-feira]", dizia Juan Guaidó, anunciando ter conquistado os militares, único garante da força do poder do presidente venezuelano que tenta há mais de três meses derrubar, Nicolás Maduro. Guaidó pediu ao povo que descesse à rua e chamou à sublevação "fase final da Operação Liberdade". Maduro desmentiu Guaidó e anunciou estar a debelar um golpe de Estado, as redes sociais e televisões foram limitadas e, ao final do dia, pouco se sabia. A não ser que a mobilização nas ruas não era tão massiva quanto o esperado e que, mais uma vez, sobraram imagens de confrontos que incluíram um blindado a avançar sobre manifestantes e 71 feridos ao final da tarde.

A questão permanecia a da tendência dos militares. O dia começara com a libertação de Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular de Guaidó, a cumprir em prisão domiciliária uma pena de 14 anos. Garantia ele que a libertação coube aos agentes do Serviço Bolivariano de Informações que o vigiavam, que não contrariaram o indulto decretado por Guaidó aos presos políticos. Ambos se encontrariam depois junto a La Carlota, com o dito punhado de militares que pareceu manter-se à sua roda ao longo do dia, até no comício promovido depois, com a já famosa imagem de um megafone brandido de cima do tejadilho de um carro.

Povo chavista juntou-se em Miraflores contra acções golpistas da oposição


O povo revolucionário respondeu «sim» ao apelo feito por Diosdado Cabello, em defesa da soberania e da legitimidade de Maduro, face aos ataques promovidos pela direita venezuelana e pelos EUA.

O oposicionista Juan Guaidó, autoproclamado «presidente interino» da Venezuela a mando dos Estados Unidos da América, provocou grande agitação – e fortes palpitações, visíveis nos títulos de alguma imprensa mundial – ao aparecer terça-feira de manhã, no Leste de Caracas, acompanhado por aquilo a que as autoridades do país sul-americano chamaram «um reduzido grupo de efectivos da Guarda Nacional Bolivariana e do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin)».

O «mandado» de Washington, que apareceu também ao pé de Leopoldo López – figura da extrema-direita venezuelana em regime de prisão domiciliária por quem o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, voltou hoje a expressar profundo apreço–, disse num vídeo divulgado pelas redes sociais que o grupo tinha tomado a Base Aérea de La Carlota. A imprensa falou em «golpe de Estado» (alguma da dita falou mesmo no derrube do regime de Maduro), mas, a julgar pelos factos, o golpe teve rédea curta. Como as mentiras.

O 1.º de Maio é, e será sempre, dia de luta de todos os trabalhadores!


O 1.º de Maio foi sempre um momento alto da unidade e da luta dos trabalhadores portugueses pela defesa do regime democrático e das conquistas de Abril, por melhores condições de vida e de trabalho e por um País mais justo e fraterno. 

Rogério Silva | AbrilAbril | opinião

Por muito que se tente abreviar, não é possível falar sobre o 1.º de Maio sem que nos venham à memória as suas origens, que nos remetem para a luta heróica do proletariado do século XIX, contra as brutais condições de trabalho, impostas pelo sistema de exploração capitalista, e para os acontecimentos de 1886 em Chicago, que constituem um marco inolvidável na luta pela conquista das oito horas de trabalho.

Tudo começou no primeiro Congresso da Associação Internacional do Trabalho (AIT), realizado em 1866 em Genebra, que fixou o objectivo das oito horas de trabalho, como limite máximo da jornada de trabalho diário. 

Impulsionado pela justeza desta decisão, nos anos 70 e 80 do seculo XIX, verifica-se, em especial nos EUA, um forte ascenso da luta do movimento operário, dirigido pela Federação dos trabalhadores dos Estados Unidos e Canadá, que, na sua quarta conferência anual, realizada em 1885, em Chicago, decidiu realizar uma greve geral, a iniciar no dia 1.º de Maio do ano seguinte, em que o principal objectivo era a conquista das oito horas de trabalho.

Portugal | Dia do Trabalhador comemorado em todo o país


Os portugueses podem comemorar hoje o Dia do Trabalhador participando em iniciativas das duas centrais sindicais por todo o país e nas manifestações que a CGTP promove em Lisboa e a UGT em Braga.

A CGTP assinala o 1.º de Maio em cerca de 40 localidades de todo o país com o objetivo de fazer ouvir os protestos e as reivindicações dos trabalhadores junto dos empregadores e do Governo, sob o lema "Avançar nos Direitos, Valorizar os Trabalhadores".

Este ano a central irá defender o aumento dos salários, o combate à precariedade laboral e à desregulação dos horários de trabalho e melhoria dos serviços públicos, entre outras medidas.

As comemorações do Dia do Trabalhador promovidas pela Inter decorrem em todos os distritos e nas regiões autónomas e incluem concentrações e manifestações, provas desportivas e eventos culturais e de convívio.

O ponto alto deverá ser a tradicional manifestação de Lisboa, com partida do Martim Moniz e comício sindical na Alameda Afonso Henriques.

O desfile deverá contar com a participação do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e da coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

Como é habitual uma delegação do PS, constituída por Maria Antónia Almeida Santos e Porfírio Silva, irá cumprimentar a direção da CGTP, antes da saída do desfile do Martim Moniz.

A Intersindical também realiza uma manifestação-comício no Porto, na Avenida dos Aliados, ao início da tarde.

Já a UGT escolheu a cidade de Braga para comemorar o 1.º de Maio, sob o lema "Dignificar o Trabalho - Valorizar os Trabalhadores".

O crescimento dos salários, a melhoria dos serviços públicos, o respeito pelos direitos laborais, e o combate à precariedade são também as reivindicações desta central sindical no Dia do Trabalhador.

A secretária-geral adjunta do PS Ana Catarina Mendes vai a Braga participar no desfile da UGT.

O movimento "Precários Inflexíveis" também vai assinalar o Dia do Trabalhador, para chamar mais uma vez a atenção para a exploração laboral que resulta da precariedade, com uma concentração em Lisboa, no Largo do Intendente, e no Porto, na Praça dos Poveiros.

Este movimento de contestação à proliferação do trabalho precário vai juntar-se depois às manifestações da CGTP, em Lisboa e no Porto.

Lusa | Notícias ao Minuto

Quem é o trabalhador português? Dados ajudam a perceber o perfil


A maioria dos trabalhadores em Portugal tem entre 25 e 44 anos, trabalha por conta de outrem, a tempo inteiro, no setor terciário e tem o ensino básico, refere um perfil hoje divulgado pela Pordata.

No âmbito do Dia do Trabalhador, a base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos reuniu informação sobre a população empregada em Portugal e traçou um perfil do trabalhador em Portugal.

De acordo com um comunicado da Pordata, das 4,87 milhões pessoas empregadas em Portugal, 46% tem entre 25 e 44 anos, 26% tem entre 45 e 54 anos, 17% tem entre 55 e 64 anos e 5% tem mais de 65 anos.

Do total de empregados, 89% trabalha a tempo inteiro e 11% trabalha a tempo parcial, 83% trabalha por conta de outrem, 69% trabalha no setor terciário e 6% no setor primário.

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