quarta-feira, 15 de maio de 2019

Venezuela: Caracas acusa bancos portugueses de receberem ordens dos EUA


O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, acusou hoje os bancos de Portugal de estarem a receber ordens dos Estados Unidos da América, apesar de o seu homólogo português, Augusto Santos Silva, ter assegurado que são independentes.

“O chanceler (ministro dos Negócios Estrangeiros) de Portugal afirma que no seu país os bancos não recebem ordens do Governo português, mas é evidente que sim, obedecem a ordens do Governo dos Estados Unidos”, escreveu no Twitter Jorge Arreaza.

Segundo o ministro venezuelano, os bancos portugueses “bloqueiam de maneira criminosa os recursos” da população do país.

“Para os mal-informados, os mais de 1.500 milhões de euros bloqueados no Novo Banco, [em] Portugal, afetam todo o povo. Estão destinados à importação de medicamentos, vacinas, alimentos, matérias-primas industriais, sementes, fertilizantes”, adiantou.

O valor destina-se também a “tratamentos” contra a “malária, a sida e outras doenças crónicas, materiais hospitalares, compromissos com agências da ONU, peças para automóveis, salários de pessoal em serviço no estrangeiro, entre outros”.

A sociedade síria e o laicismo


Thierry Meyssan*

Antes da guerra, a sociedade síria estava organizada de forma laica para permitir a mistura das numerosíssimas comunidades religiosas que a compõem. Todos os Sírios sofreram atrocidades cometidas pelos jiadistas (das quais os Europeus atiram hoje a responsabilidade para a República Árabe Síria). Muitos de entre eles viraram-se então para Deus. A prática religiosa passou de cerca de 20 % para 80 %. A comunidade cristã fiel a Roma emigrou em larga escala, enquanto que os ortodoxos permaneceram. Agora, os muçulmanos sunitas são ainda mais maioritários. Paradoxalmente, alguns dos seus imãs, esquecendo a retórica do Daesh (E.I.) e a resistência do país, designam hoje em dia os laicos como inimigos.

General sunita Hassan Turkmani concebera a defesa da Síria partindo dos seus habitantes [1]. Segundo ele, era possível que uns tomassem a defesa de outros e de conseguir empenhar cada uma das comunidades, com as suas características relações culturais, para que defendesse o país.

O que não era mais do que uma teoria, mas que acabamos de verificar que estava correcta. A Síria sobreviveu ao assalto da maior coligação (coalizão-br) da História humana, tal como na época romana ela tinha sobrevivido às guerras púnicas.

«Carthago delenda» (Destruam Cartago [2]), dizia Catão, «Bashar deve partir !» repetia Hillary Clinton.

Aqueles que continuam a pensar em destruir a Síria, sabem agora que precisam primeiro de aniquilar o seu mosaico religioso. Assim, difamam as minorias e encorajam alguns elementos da comunidade maioritária a impor o seu culto aos outros.

Porque Japão aumenta presença militar na zona marítima fronteiriça com China?


Fuzileiros navais em navios militares japoneses na sua zona marítima ao sudoeste são um novo fator irritante para a China, comentaram especialistas à Sputnik sobre uma notícia do jornal japonês Yomiuri.

O jornal japonês, citando fontes anónimas no governo, informou que nos navios de assalto anfíbios da classe Osumi havia até 300 fuzileiros da Brigada de Implantação Rápida Anfíbia. Eles estavam incorporados nas forças terrestres das Forças de Autodefesa do Japão, tendo a brigada sido apresentada em abril do ano passado.

O Yomiuri também informou que estas subunidades móveis poderão ser colocadas já no próximo ano nos navios militares com mais 8,9 toneladas de deslocamento. Estes navios são capazes de transportar até 8 helicópteros, assim como possuem na popa um convés especialmente equipado para colocar na água pequenas lanchas de desembarque.

Trump se arriscaria em uma guerra que não pudesse vencer? Especialista explica


O secretário dos EUA, Mike Pompeo, inesperadamente decidiu comparecer a uma reunião entre os ministros das Relações Exteriores da União Europeia em Bruxelas para discutir a situação do Irão.

Durante as negociações, os integrantes pareceram discordar sobre o assunto em questão, com a chefe da política externa da UE, Federica Mogherini, instando Washington a moderar em meio ao aumento das tensões.

Pompeo, por sua vez, compartilhou a informação sobre a "elevação" das ameaças feitas pelo Irão, segundo seu representante.

Perante a situação, a Sputnik Internacional discutiu as tensões entre o Irão e os EUA com Sami Hamdi, editor-chefe do International Interest e consultor de risco geopolítico.

Ao ser questionado sobre qual seria a resposta da União Europeia em relação ao prazo dado pelo Irã para pôr em prática compromissos do acordo nuclear de 2015, Sami Hamdi afirmou que acredita que a UE peça mais tempo e com isso, rejeitará o prazo iraniano, entretanto, devido às eleições norte-americanas, a UE pode vir a optar por aguardar o resultado das eleições para se posicionar.

Surge a “Internacional Neofascista”?

Santiago Abascal, líder do espanhol Vox, ao chegar em um comício no dia 24 de abril
Extrema-direita cresce na Espanha, seguindo a cartilha de Trump e Bolsonaro: discursos virulentos, redes de fake news e demagógica negação da política. Levanta-se a suspeita: haveria uma articulação internacional que financia e promove a reação conservadora mundo afora?

Anne Applebaum, no El País Brasil

Amanhece na zona rural espanhola. Um homem caminha em câmera lenta, corre e pula uma cerca. Como em um filme de Hollywood, o homem atravessa um campo de trigo enquanto roça as espigas com as mãos. Ao fundo soa uma música enquanto uma voz narra: “Se você não ri da honra porque não quer viver entre traidores… Se você anseia por novos horizontes sem desprezar suas origens… Se você mantém intacta sua honradez em tempos de corrupção…”. Nasce o sol. O homem sobe um caminho íngreme, atravessa um rio e é pego por uma tempestade. “Se você sente gratidão e orgulho por aqueles que, de uniforme, guardam o muro… Se você ama sua pátria como ama seus pais…”. A música atinge o clímax, o homem está no topo da montanha e a voz culmina: “… você saberá que está conseguindo fazer a Espanha grande outra vez”. As últimas palavras que aparecem na tela são “Fazer a Espanha grande outra vez”.

O slogan é a versão espanhola do “Make America Great Again”. O homem é Santiago Abascal, e isto, é claro, é uma propaganda do Vox, o partido político que mais cresce na Espanha. Nas eleições gerais de 2016 — o ano do vídeo —, o Vox, com seu nacionalismo espanhol de macho alfa e cinematográfico, não conquistou uma única cadeira. Pouco depois, um site espanhol publicou um artigo que perguntava: “Por que ninguém vota em Santiago Abascal?”. Mas em 28 de abril deste ano, o apoio ao Vox entre o eleitorado passou de 0% a 10%: ganhou 24 deputados no Congresso. Sua ruidosa presença na campanha eleitoral ajudou a impulsionar a participação a um de seus níveis mais altos em anos, já que os espanhóis estavam ansiosos para apoiar o Vox ou votar contra.

Como isso aconteceu e o que isso tem a ver com o caso de Donald Trump? A velocidade da explosão do Vox é, em muitos aspectos, uma história exclusivamente espanhola, marcada por uma reação nacionalista a uma crise separatista regional, pelo crescimento da polarização e da fragmentação do que costumava ser um sistema bipartidário. O colapso econômico de 2009 reduziu a confiança nos partidos políticos tradicionais e levou a uma forte reação da extrema esquerda. O Vox é o contragolpe.

Assange revolucionou o jornalismo e a elite nunca o perdoará


Robert Bridge [*]

Privado de asilo pelo Equador e procurado pela Suécia e pelos EUA por crimes duvidosos, o fundador da WikiLeaks, Julian Assange, é um dos homens mais perseguidos do planeta, o preço que tem de pagar pela sua devoção à verdade numa era de enganos.

Quando se considera a verdadeira finalidade do jornalismo, resumida pela falecida repórter americana Helen Thomas como "procurar a verdade e aplicar pressão constante sobre os nossos líderes até obter respostas", torna-se mais compreensível quão inestimável é Julian Assange para antiga profissão. Isto também explica porque algumas pessoas consideram-no uma ameaça profunda.

Nestes tempos cínicos, quando muitos jornalistas estão contentes por servirem como porta-vozes para os poderes instalados, este modesto australiano ocupava-se a expor a superpotência americana quanto a questões relativas a crimes de guerra, tortura e corrupção em alto nível.

Fogos em Portugal: Desastre terreno e aéreo que custa muitos milhões


Se vem aqui rebuscando apontamentos e acontecimentos relacionados com as ditas Eleições Europeias desiluda-se, não daremos para esse “peditório”. Haverá os que argumentarão que decidimos mal porque a direita avança por toda a UE e também em Portugal. Não analisamos assim. 

Ao longo de décadas vimos a direita fascizante representada na Europa e também em Portugal, só que de ano para ano estão mais descarados(as) e dão asas à sua ideologia porque nem sequer os consideram fascistas mas sim neoliberais. Mas fascistas é o que eles(as) são e é aquilo que perseguem e tudo fazem para impor. Na Europa e no mundo. Pronto, lamentamos que não o possamos servir mas sobre “europeia” de campanha rasca, subterrânea e de esgoto não faremos nem uma referência a partir de agora, nem sabemos se votaremos nessas (mal)ditas cujas alcateias de políticos do tipo chulos do Cais do Sodré de antanho demonstram com garbo as suas baixezas e trampas que comportam nos cérebros e nas línguas…

Fogos. Temos de referenciar algo muito mais importante para Portugal e para os portugueses. A hecatombe de Pedrógão e lugares próximos e semelhantes, assim como a serra algarvia de Monchique, por exemplo, estão vivas nas nossas memórias. Foram e são os fogos. Também a maioria de semblantes espantados cabem neste cardápio de catástrofes quando assistimos à “guerra” de políticos sabujos que fizeram cortes cegos na segurança contra fogos e que agora se armam em prostitutas sérias e descascam no atual governo, deixando para trás as responsabilidades que têm em imensas falhas que deram e darão lugar a catástrofes maiores e menores. 

Portugal | Comissão avalia em 5.000 milhões as rendas excessivas no setor elétrico


A comissão parlamentar de inquérito avalia em cerca de 5.000 milhões de euros as rendas excessivas no sistema elétrico, resultado da política de sucessivos governos do PS, PSD e CDS, muitas vezes ao arrepio dos alertas das entidades reguladoras.

"A primeira conclusão da Comissão de Inquérito é a da existência de rendas excessivas no Sistema Elétrico Nacional, identificadas como uma sobre-remuneração dos ativos de vários agentes económicos presentes na cadeia de valor da produção, transporte e comercialização da energia elétrica em Portugal", lê-se no relatório final que hoje será votado na comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade.

De acordo com o documento a que a Lusa teve acesso, "esta tese ficou inteiramente consolidada na generalidade das audições realizadas, com poucas exceções, pese as opiniões diversas sobre o seu valor, a sua origem e a própria noção de renda excessiva".

"A dimensão das rendas excessivas é avaliada pela comissão de inquérito em cerca de 5.000 milhões de euros", refere o relatório, que incorpora várias alterações à versão preliminar, considerando ser "necessário que o poder executivo e os reguladores tomem as medidas necessárias à sua completa eliminação".

Portugal | PS e Bloco pedem atenção do Ministério Público a declarações de Berardo


Os deputados João Paulo Correia (PS) e Mariana Mortágua (BE) pediram hoje a atenção do Ministério Público (MP) sobre a audição parlamentar ao empresário Joe Berardo, tendo os restantes partidos remetido o assunto para o relatório final.

Em declarações à Lusa no parlamento, o vice-presidente da bancada parlamentar do PS disse esperar "que o Ministério Público atue" relativamente aos empréstimos concedidos ao empresário, especialmente "naquilo que diz respeito à Caixa, que é um banco público", bem como na questão da Associação Coleção Berardo, que "merece o escrutínio da Assembleia [da República] e a investigação do MP".

"Contamos que o MP tenha estado muito atento à audição da passada sexta-feira, e que essa audição tenha fornecido bons elementos para o MP continuar a desenvolver a sua investigação", disse João Paulo Correia.

O responsável parlamentar do PS ressalvou, no entanto, que "o inquérito parlamentar não se pode substituir à Justiça e ao Ministério Público".

Portugal | Quem fez Joe Berardo?

Mariana Mortágua | Jornal de Notícias | opinião

José Berardo integrou um exclusivo grupo de banqueiros e gestores que cresceram à sombra do privilégio da finança nos anos da farra bolsista, que construíram fortunas com créditos bancários e rendas do Estado, que beneficiaram do beneplácito geral e da estreita cumplicidade dos meios políticos do bloco central (em que se inclui o CDS).

Zeinal Bava, Hélder Bataglia e José Berardo, todos condecorados pelos seus méritos empresariais. Berardo, no pico da crise acionista do BCP, chegou mesmo a ser considerado pelo comentador Marcelo Rebelo de Sousa a figura empresarial do ano. Uma lista de personalidades que poucos contestaram, e os que se atreveram foram acusados de "preconceito ideológico" contra banqueiros e seus derivados. Uma lista que não pára de aumentar, e à qual podemos acrescentar outros nomes, como o de Ricardo Salgado ou de Nuno Vasconcellos, da Ongoing. Uma lista que saiu muito cara ao país.

O processo de ascensão social e económica de Berardo está ligado ao Estado. Por um lado, a Caixa emprestou mais de 300 milhões para a compra de ações do BCP. Por outro, o Estado aceitou financiar a coleção de quadros de Berardo, pagar as despesas da sua manutenção, e expô-la numa das mais prestigiadas montras culturais do país, valorizando-a. Durante anos o Bloco criticou esse protocolo e questionou o seu preço para as contas públicas, sem sucesso.

No país dos assassinos | Conan com pipocas e o 'festi' que não vale


Na noite passada realizaram mais um dos ditos festivais da eurovisão, estranhamente Israel passou a fazer parte da Europa por uma questão de propaganda e sabemos lá o que mais. 

Aquele 'festi' vale o que vale. Nada. Portugal lá foi para o país que assassina aos molhos palestinianos, sem se fartar, recorrendo aos canhenhos dos nazis que vitimaram milhares ou muito mais que isso, dos seus antepassados por serem judeus. Porém os que sobreviveram não aprenderam nada acerca da importância da vida e da sua inviolabilidade, pelo visto até concordam com genocídios desde que não sejam eles a serem vítimas mas sim os povos que moram a seu lado ou outros que mesmo à distância os incomodem ou porque lhes dê na criminosa gana.

Voltando ao representante português no dito 'festi' que não vale. Dizem que até cantou bem mas que não alegrou os que tiveram a tarefa de votar. O artista é português mas deu ares (e dá?) de vir de outro planeta. Também o nome artístico nada tem de português: Conan... Talvez se trate de alguém que na infância ficou apanhado pelo astro filmico com esse nome, parece que um herói da tela e da BD. Preparem-se, porque talvez apareçam por aí mais artistas com nomes do tipo Katsushiro, Limpópo e etc.

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