domingo, 28 de julho de 2019

Irão: a guerra imperial por um fio


Um mundo à beira do precipício. Acordo diplomático, longamente negociado, foi rompido. A megapotência sufoca um país mais frágil, porém altivo. Envia tropas. Provoca. Uma fagulha pode detonar um conflito global. Como deter a escalada?

Joe Cirincione e Mary Kaszynski, no Lobelog | Outras Palavras | Tradução: Gabriela Leite e Simone Paz

Não é simulação. Uma nova guerra no Oriente Médio vem aí, quiçá muito em breve. Somente uma ação política dramática dos cidadãos e líderes políticos estadunidenses poderia detê-la.

O Presidente Trump diz que não quer entrar em guerra com o Irã. Talvez todo esse medo da guerra seja só outro impulso neurótico. Ou pode ser que ele acredite que está, definitivamente, numa simulação de “fogo e fúria”, assim como fez antes com a Coreia do Norte, em que ele ameaça com uma guerra e com o “fim do Irão”, somente para recuar e depois dar palestras. Seu último descaso sobre a alegação dos ataques aos navios petroleiros no Golfo, referindo-se a eles como “de pouca importância”, mostram que esse é, sem dúvida, o seu jogo.

Mas quanto mais ele entra nessa, mais difícil fica de sair. Não aposte que isso vá desaparecer sem consequências. Os aliados mais próximos de Trump (e seus parceiros de negócios) na região — Arábia Saudita, Emirados Árabes e Israel — insistem para que haja ataques militares. “O próximo passo lógico”, segundo um editorial de um proeminente jornal saudita, “deveria ser de ataques cirúrgicos”. Seus conselheiros mais próximos na Casa Branca, o Departamento de Estado, e a Fox News também querem guerra, e afirmam isso repetidamente. Relacionam-na explicitamente aos “40 anos de agressões iranianas”. Habilmente alimentam os repórteres com pitadas de rumores e “inteligência” selecionada para que relatem as “atividades malignas” do Irão na região. Com a aprovação ou ignorância de Trump, deram uma série de passos, a começar pela revogação imprudente e desnecessária do acordo anti nuclear do Irão, para provocar um conflito.

Portugal | Pessoas seguras?


Domingos de Andrade | Jornal de Notícias | opinião

O caso das golas inflamáveis distribuídas pela Proteção Civil a milhares de pessoas das aldeias noticiado pelo JN não é um fait-divers de verão.

E revela a total indigência do Estado, mas sobretudo do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que não só acusou a Imprensa (este jornal e todos os outros que a seguir a replicaram) de ser "alarmista" e "irresponsável", como precisou de mais 24 horas para finalmente decidir abrir um inquérito à contratação dos supostos kits de proteção, que ainda por cima, também tal como o JN avançou, foram comprados ao dobro do preço do mercado.

Infelizmente, a letargia que assola o país, e uma Oposição descaracterizada e a tentar resolver problemas internos, parecem fazer com que, mais uma vez, a irresponsabilidade, essa sim, da decisão, passe por entre os pingos da chuva.

Caro leitor, em causa não está só o gasto de mais de 300 mil euros. Está a compra de material altamente inflamável, distribuído pelas populações como se fosse eficaz em situações de fogo. Não. Não é normal, como parecem ter entendido, num primeiro momento, o ministro e a Proteção Civil.

Esta semana mostra que, terminada a comoção e o apelo ao compromisso nacional em defesa da floresta e do interior, pouco de relevante mudou. No terreno continuam a sentir-se desarticulações operacionais e guerras entre instituições, com o exemplo mais caricato no incidente em que um elemento do GIPS deu voz de prisão a um comandante dos chamados "canarinhos".

Do lado do Governo, falhas como as verificadas nos kits com materiais inflamáveis fazem recear que as medidas aprovadas sejam mais aparência de ação do que melhoria consistente das condições de segurança e de prevenção. Do lado da Oposição, ouvem-se esporadicamente críticas aos meios e ao socorro, como se fosse possível ignorar as responsabilidades de todos os que ocuparam o poder nas últimas décadas, porque o estado frágil da nossa floresta e dos territórios interiores é o resultado de erros acumulados ao longo do tempo.

Mas não aprendemos, pois não?

* Diretor

Na foto: Ministro Eduardo Cabrita | Global imagens

Portugal | Compra dos kits inflamáveis passou pelo Governo


Secretaria de Estado da Proteção Civil adjudicou contrato. Ministro Eduardo Cabrita ordenou inquérito à ANEPC, que apenas pagou.

A contratação da Foxtrot Aventura para o fornecimento dos 15 mil kits de autoproteção do programa "Aldeia Segura, Pessoas Seguras" foi feita sob orientação do Governo. A Secretaria de Estado da Proteção Civil, liderada por José Artur Neves, acompanhou todo o processo. À ANEPC - Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil só coube pagar os 202 950 euros por esta mercadoria e distribuí-la pelas 1909 povoações.

A empresa, dedicada ao turismo de natureza, foi a mesma a quem foram compradas as 70 mil golas antifumo inflamáveis, por 125 706 euros. Estas aquisições, que o JN noticiou em primeira mão, levaram o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, a exigir, sábado, esclarecimentos à Proteção Civil e a ordenar à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) um inquérito urgente.

Nuno Miguel Ropio | Jornal de Notícias

Crimes no futebol | Ana Gomes envia recado a César e a "todos que fecham os olhos"


A ex-eurodeputada e ativista Ana Gomes divulgou um relatório da Comissão Europeia sobre os riscos de branqueamento de capitais no futebol. A socialista remeteu a mensagem ao presidente do PS e a "todos os que fecham os olhos".

Ana Gomes, que nos últimos anos trabalhou no Parlamento Europeu em questões relacionadas com o combate ao branqueamento de capitais, tem sublinhado a necessidade de lutar contra os contratos de financiamento de compra e venda de jogadores entre clubes de futebol que diz servirem de esquema para encobrir crimes económicos e financeiros.

Neste domingo, divulgou no Twitter um relatório elaborado pela Comissão Europeia (CE) sobre os "riscos de captura e «lavandaria» por máfias via clubes de futebol" - nas páginas 232 a 240 do documento - que detalha, inclusive, um esquema russo em Portugal, detetado pela Polícia Judiciária e a Europol (Operação Matrioskas, noticiada pelo JN). Na introdução da mensagem, diz que o relatório serve "para ilustração de [Carlos] César e de todos que fecham olhos".

Bolsonaro, presidente fascista do Brasil ameaça Greenwald e a liberdade de imprensa


Em texto assinado pela editora-chefe do Intercept, podemos conhecer sua reação após as ameaças do capitão fascista Jair Bolsonaro acerca do trabalho do jornalista Glenn Greenwald, principal visado, assim como à liberdade de imprensa exercida pelo Intercept.

Erradamente, por via de imensos golpes contra a democracia e manipulações que atualmente começam a ser melhor entendidas, por alegados crimes que mais não foram (são) que um imenso golpe contra o estado democrático, quiseram os eleitores brasileiros eleger um refinado sucateiro-fascista para a presidência daquele grande país da América Latina e da CPLP. Atualmente o resultado está à vista e o Brasil a braços com retrocessos civilizacionais e democráticos que jamais os brasileiros equacionaram ser possível regressar.

Naquele país, por via da onda bolsonarista e de seus capangas, por via de alguns elementos do aparelho da Justiça e trupe mercenária dirigida por Sérgio Moro - indigno da definição de juiz (agora ministro da dita) - é também a liberdade de imprensa que está a ser posta em causa em declaração de intenções desse mesmo Bolsonaro. Declarações que originam a resposta do órgão de comunicação social The Intercept, na pessoa da editora-chefe Betsy Reed. Afirma ela que “Nós não temos medo de enfrentar quem quer que seja porque é a democracia que está em jogo. Se você acha que essa luta é importante faça também sua parte.”

A mensagem é clara. Os ataques à democracia, à liberdade de imprensa, à Constituição brasileira, por energúmenos que se apossaram dos poderes por via de métodos fraudulentos e ilegais, num golpe de Estado e de regime cujas vítimas são os que representam a maioria do povo brasileiro, têm de ser defendidas pelos próprios brasileiros.

Leia a seguir a resposta no Intercept_Brasil às ameaças proferidas pelo presidente fascista Bolsonaro.

Redação PG

Brasil | Moro toma medidas desesperadas na tentativa de conter vazamentos


Moro é alvo de processos disciplinares no Judiciário brasileiro e, segundo juristas, ele e os demais envolvidos no escândalo conhecido como ‘Vaza Jato’, no qual o ex-juiz e o procurador Deltan Dallagnol protagonizam um possível conluio; podem ser presos e ter os bens confiscados. Diante dos riscos, o ministro toma medidas desesperadas.

O nível de desespero do ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública no governo neofascista de Jair Bolsonaro (PSL) atingiu novas máximas, nesta sexta-feira, com a edição de uma portaria que, em tese, permite à pasta entrar com um pedido de extradição contra o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, editor-chefe da agência de notícias Intercept Brasil, com sedes nos EUA e no Brasil. A medida gerou imediata controvérsia nos meios jurídicos e intelectuais do país.

Moro é alvo de processos disciplinares nas esferas mais altas do Judiciário brasileiro e, segundo juristas, ele e os demais envolvidos no escândalo conhecido como ‘Vaza Jato’, no qual o ex-juiz e o procurador federal Deltan Dallagnol protagonizam um possível conluio para influir no resultado das últimas eleições presidenciais brasileiras, podem ser presos e ter os bens confiscados. Diante dos riscos, o ministro toma medidas desesperadas.

A edição da Portaria 666 é o caso mais recente; após coordenar, pessoalmente, uma operação da Polícia Federal, subalterna ao seu ministério, que se resumiu à prisão de supostos hackers em Araraquara, município no interior do Estado de São Paulo. Moro, contudo, não escapa dos processos, em curso, e menos ainda da análise de intelectuais e juristas brasileiros. Uma das mais contundente críticas foi publicada, nesta manhã, na página do sociólogo Gilson Caroni Filho.

Diplomata brasileiro rompe silêncio do Itamaraty e dispara: ‘República das Bananas’


O presidente Jair Bolsonaro (PSL), indicou o seu caçula, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. A decisão, segundo Paulo Roberto de Almeida, prejudica a imagem internacional do país.

As declarações do embaixador Paulo Roberto de Almeida, ex-presidente do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (Ipri), Paulo Roberto de Almeida à agência portuguesa de notícias Lusa repercutiram, neste domingo, no meio diplomático. Segundo Almeida o Brasil assemelha-se a uma “República das Bananas” devido ao “nepotismo” na indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixador do Brasil, em Washington.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL), indicou o seu caçula, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para a direção da Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. A decisão, segundo Paulo Roberto de Almeida, prejudica a imagem internacional do país.

— Apenas as repúblicas de bananas têm esse ‘familismo’, esse nepotismo, filhotismo, essa personalização de relações políticas importantes, como são as diplomáticas, num sistema que antigamente pertencia à aristocracia, às oligarquias, e que hoje é inaceitável para os padrões de uma diplomacia consolidada no sistema burocrático — protestou o embaixador, em entrevista à Lusa.

‘Shithole’

O diplomata foi incisivo ao afirmar que Eduardo Bolsonaro não “tem capacidades” para atender as necessidades do cargo, apesar de o chefe de Estado brasileiro confiar nas competências do filho. Bolsonaro alega que o filho sabe falar várias línguas e de conhecer a família do Presidente norte-americano, Donald Trump.

— Ele não é capacitado, vamos ser muito claros. Acaba de fazer 35 anos, não tem formação adequada, conhece muito pouco, ou nada, de relações internacionais. Essa adesão às teses de Trump é algo estranho e até bizarro, porque certamente o Presidente norte-americano já colocou o Brasil naquela lista dos shithole countries (‘países de merda’, na tradução popular), ou seja, um desprezo total por Estados que fornecem imigrantes ilegais aos EUA — concluiu.

A TRANSVERSAL DE PAZ DA GRANDE REBELIÃO… -- Martinho Júnior


 Martinho Júnior, Luanda  

… En cuanto a mí, sé que la cárcel será dura como no la ha sido nunca para nadie, preñada de amenazas, de ruin y cobarde ensañamiento, pero no la temo, como no temo la furia del tirano miserable que arrancó la vida a setenta hermanos míos. Condenadme, no importa, La historia me absolverá.” –- Fidel de Castro Ruz em sua histórica advocacia.

01- Desde que o homem historicamente se conhece que a eclosão de desigualdades se tornou determinante duma dialética social libertária que se “levantava do chão” e se tornava antagónica, num manancial de energias que rompiam com os grilhões quaisquer que eles fossem, por mais fortes que eles pudessem ser, sobretudo quando as desigualdades foram alcançadas por via de bárbara opressão e dum acumular de injustiças humanas de toda a ordem…

O mercantilismo que levou as potências europeias a desencadear a escravatura e o colonialismo sobre os outros, instigou o sentido humano da libertação nos homens que foram o alvo dilecto dessa terrível opressão.

Nenhuma barreira psicológica, por mais opressiva que ela fosse, o podia impedir e daí impossível para o homem deixar de procurar alcançar a todo o transe libertário, a síntese decorrente da tese e da antítese de tal antagonismo abissal, extremo de barbárie ainda que sob rótulo de civilização!

A “transversalidade” rebelião respondeu, quantas vezes sob a forma mais sangrenta, ali onde as classes instrumentalizadas por sistemas promotores de opressão se radicalizaram nos seus propósitos, tornando-se fundamentalistas, repressivas e retrógradas.

Foi assim no Haiti, quando os escravos afrodescendentes derrotaram o sistema de exploração do colonialismo francês e os exércitos de Napoleão sob o comando de Toussaint Louverture…

Foi assim há 66 anos em Cuba, quando a 26 de Julho de 1953 o assalto ao quartel Moncada sob o comando de Fidel serviu de ignição à Revolução que dava os seus primeiros passos, tantas décadas depois da saga libertária de Marti…

Foi assim em 1961 em Angola quando se sucederam os episódios do 4 de Janeiro na Baixa do Cassange, do 4 de Fevereiro em Luanda e do 15 de Março por todo o norte de Angola, que levaram à luta de libertação nacional e à independência com Agostinho Neto…

Foi assim com a África do Sul, quando finalmente o “apartheid” desapareceu do mapa institucional com Nelson Mandela, ainda que permaneçam muitas das suas sequelas sociais…

Está a ser assim na Venezuela Bolivariana com Hugo Chavez e Nicolas Maduro, duzentos anos depois da independência da Pátria Grande, arrancada a ferros sob a égide lúcida e heroica de Simon Bolivar…

Há 66 anos, grupo liderado por Fidel Castro plantava a semente da Revolução Cubana


Conquista do Quartel Moncada, em 1953, é considerada o embrião do processo revolucionário que triunfaria em 1959

Em 26 de julho de 1953, um grupo de até então desconhecidos guerrilheiros foi responsável por organizar a insurgência que é considerada o embrião da Revolução Cubana. O assalto ao Quartel Moncada, como o marco ficou conhecido, completa 66 anos nesta sexta-feira (26/07).

A ação foi protagonizada por um pequeno contingente formado por 131 jovens militantes. Fidel Castro, Abel Santamaria e Raúl Castro lideraram a empreitada. O levante, que acabou falhando, tinha como objetivo desencadear a luta armada contra a ditadura de Fulgêncio Batista (1952-1959).

O cônsul de imprensa de Cuba em São Paulo, Antonio Mata Salas, explicou em entrevista ao Brasil de Fato que Fidel Castro, aos 25 anos, considerava "necessário iniciar um pequeno motor que ajudasse a dar partida no motor maior: as massas. Esse pequeno motor foi a ação armada contra o quartel Moncada em Santiago de Cuba”. 

Fórum denuncia "agressões sistemáticas do imperialismo" na América Latina


O Fórum de São Paulo denunciou, na proposta de declaração final a assinar hoje, as "agressões sistemáticas do imperialismo" e alertou para o "desenvolvimento de uma guerra judicial" para isolar líderes políticos e sociais de esquerda na região.

"Reconhecemos a necessidade urgente de travar as agressões sistemáticas do imperialismo contra a soberania, a autodeterminação e a integração dos nossos povos", na América Latina, disse o grupo na proposta de declaração final, que será assinada por quase 500 delegados, no último dia do encontro, em Caracas.

De acordo com o documento, o imperialismo, numa referência aos Estados Unidos e a alguns países da Europa, "pretende pôr fim a todos os princípios do Direito internacional público e impor cenários de guerra" na América Latina.

Estas agressões manifestam-se em ataques contra a Venezuela, através de sanções, no "agravamento do injusto bloqueio a Cuba" e no "homicídio sistemático de líderes sociais" na Colômbia, enumerou o texto do Foro.

O grupo denunciou também "o desenvolvimento de uma guerra judicial que pretende a criminalização de líderes sociais e políticos da região", o que impede o livre exercício da democracia e integra uma "estratégia de recolonização da América Latina e das Caraíbas", liderada pelos Estados Unidos.

Perseguição da solidariedade com a «causa palestiniana» está a aumentar


O MPPM protesta contra a perseguição e a criminalização crescentes daqueles que se solidarizam com o povo palestiniano, nomeadamente Ángeles Maestro, em Espanha, e Khaled Barakat, na Alemanha.

Num comunicado emitido na quarta-feira, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) protesta contra a perseguição à solidariedade com a «causa palestiniana».

Refere-se, concretamente, ao caso de Ángeles Maestro e de outras duas mulheres solidárias com a Palestina, que são acusadas pela Audiência Nacional espanhola de colaboração com «organização terrorista» por terem recolhido fundos para a reconstrução da Faixa de Gaza, após a agressão israelita de 2014, que entregaram a Leila Khaled, conhecida dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).

Também perseguido pela sua actividade em prol da Palestina é Khaled Barakat, escritor palestiniano que, na Alemanha, foi alvo de uma «interdição política» que o impede de participar em quaisquer actividades ou eventos políticos. Barakat está ainda ameaçado, tal como Charlotte Kates, coordenadora internacional da Samidoun – Rede de Solidariedade com os Presos Palestinianos, com a não renovação da sua autorização de residência no país, explica o MPPM.

Cargueiros retidos no Brasil já rumam ao Irão. Protesto por execuções no Bahrein


Regresso ao Irão de dois cargueiros retidos no Brasil desde Junho

Os dois cargueiros iranianos, retidos desde o início de junho em águas do Brasil, zarparam no sábado rumo ao Irão, depois de abastecidos pela Petrobras, anunciaram as autoridades portuárias.

OSupremo Tribunal brasileiro tinha ordenado, há alguns dias, ao gigante petrolífero brasileiro Petrobras que abastecesse os dois navios, Bavand e Termeh, retidos no país devido às sanções norte-americanas.

A Petrobras confirmou ter abastecido os dois navios, depois de ter explicado que a decisão de não fornecer combustível foi tomada por a companhia proprietária dos cargueiros iranianos estar numa "lista negra" da agência federal norte-americana OFAC, responsável pelas sanções financeiras.

O Irão tinha ameaçado suspender as importações de milho e de outros produtos brasileiros, se a Petrobras não abastecesse os dois cargueiros da empresa iraniana Sapid Shipping, retidos em Paranaguá, desde 08 e 09 de junho, respetivamente.

Este incidente ocorre num momento de agravamento das tensões no golfo Pérsico, na sequência da retirada dos Estados Unidos, em maio do ano passado, do acordo nuclear com o Irão e do reestabelecimento de sanções norte-americanas contra Teerão.

Notícias ao Minuto | Lusa

Face ao Irão, Londres defende as suas sobras do Império


Thierry Meyssan*

Para Thierry Meyssan, a subida de tensões no Golfo não tem nada a ver com um pretenso perigo iraniano. É, na realidade, a segunda parte da política anti-imperialista iraniana de Mossadegh, antes dos mulás. Londres, tal como em 1952, está pronta a ir para a guerra para defender as suas indevidas vantagens económicas. Mas atenção, se os Britânicos então ganharam, alguns anos mais tarde eles perderam no Suez em proveito dos Norte-Americanos.

No fim da Segunda Guerra mundial, o Reino Unido relutava em abandonar o seu Império. Criou por todo o lado bancos centrais independentes para continuar a pilhar as suas antigas colónias, assim que estas se tornavam independentes, e sociedades para se apoderar da metade das riquezas nacionais.

O Primeiro-ministro do Xá, Mohammad Mossadegh, não suportou que Londres confiscasse o petróleo do seu país e que roubasse 50% dos lucros via Anglo-Iranian Oil Company (AIOC). Foi por isso que ele nacionalizou esta companhia. Ora, ela era propriedade do Ministério britânico da Marinha e Londres temeu que este exemplo se propagasse a todo o terceiro mundo.

Visto do Ocidente, o Irão é um perigoso contestatário.


Na Ucrânia, viveiro NATO de neonazis


Manlio Dinucci*

Para os que duvidem da persistência da rede italiana stay behind da NATO, a Gladio, a apreensão de um arsenal de armas de guerra em Turim fornece uma resposta categórica. A rede neonazi que trabalha com a Aliança Atlântica contra a Rússia, está operacional na Ucrânia.

Prosseguem as investigações sobre os arsenais modernos, descobertos no Piemonte, na Lombardia e na Toscana, de clara origem neonazi, como demonstram as suásticas e as citações de Hitler encontradas juntamente com as armas. Mas permanece sem resposta, a pergunta: trata-se de algum nostalgico do nazismo, de um coleccionador de armas, ou estamos perante algo muito mais perigoso?

Os investigadores – refere o ‘Corriere della Sera’ – indagaram sobre “extremistas da direita, familiarizados com o batalhão Azov”, mas não descobriram “nada de útil”. No entanto, tem havido, há anos provas, amplas e documentadas sobre o papel desta e de outras formações armadas ucranianas, compostas de neonazis treinados e utilizados no putsch da Praça Maidan, em 2014, sob a direcção USA/NATO e no ataque aos russos da Ucrânia, em Donbass. Deve esclarecer-se, antes de tudo, que o Azov não é mais um batalhão de tipoparamilitar (como o define o ‘Corriere della Sera’), mas foi transformado num regimento, ou seja, numa unidade militar regular de nível superior.

Africano é atacado a tiros na Alemanha


Jovem de 26 anos é baleado em plena rua em Wächtersbach. Polícia acredita que ataque tenha sido motivado por xenofobia. Vítima teria sido escolhida pela cor da pele.

Um jovem de Eritreia foi atacado a tiros nesta segunda-feira (22/07) na cidade de Wächtersbach, no centro da Alemanha. O atirador, que estava num carro, abriu fogo no meio da rua contra a vítima de 26 anos e fugiu do local. A polícia suspeita que o ataque tenha motivação xenófoba.

O ataque ocorreu por volta das 13h (horário local). Poucas horas depois, a polícia encontrou o corpo do suspeito do crime dentro de um carro na cidade vizinha de Biebergemünd. Ele atirou contra a própria cabeça e morreu no hospital.

"Estamos trabalhando com a hipótese de xenofobia", afirmou o promotor de Frankfurt, Alexander Badle, nesta terça-feira. Ele disse ainda que a vítima foi aparentemente escolhida pela cor da pele e de maneira aleatória. Badle informou que o jovem foi operado e seu estado de saúde é estável.

Trump e Johnson comprometem-se a um "ambicioso" pacto comercial


Em conversa telefónica, presidente americano e PM britânico abordam relação comercial pós-Brexit e disputa com Irão no Golfo Pérsico. "Já estamos trabalhando num acordo comercial", disse Trump.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comprometeram-se a negociar um "ambicioso" pacto comercial bilateral quando os britânicos deixarem a União Europeia (UE), informou neste sábado (27/07) um porta-voz do governo londrino.

"Os dois líderes expressaram seu compromisso de alcançar um ambicioso acordo de livre-comércio e iniciar as negociações o mais rápido possível depois do Reino Unido deixar a UE", afirmou o porta-voz.

"Eles concordaram que o Brexit [saída britânica da União Europeia] oferece uma oportunidade incomparável para fortalecer a parceria entre o Reino Unido e os Estados Unidos", disse.

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