domingo, 11 de agosto de 2019

Hong Kong, Caxemira: um conto de duas ocupações


Pepe Escobar [*]

Leitores de múltiplas latitudes têm-me perguntado acerca de Hong Kong. Eles sabem que já ali residi anteriormente. Desenvolvi um relacionamento complexo e multifacetado com Hong Kong desde a sua transferência de 1997 [para a China], que cobri extensamente. Agora, se me permitirem, prefiro ir directamente ao assunto.

Para angústia dos neoconservadores e dos imperialistas humanitários, não haverá uma sangrenta repressão da China continental contra os manifestantes em Hong Kong – uma Tiananmen 2.0. Por quê? Porque não vale a pena.

Pequim identificou claramente a provocação da revolução colorida embutida nos protestos – com a NED a destacar-se em relação à CIA, facilitando a expansão de quinta colunistas até mesmo no serviço público.

Há outros componentes em jogo, claro. O facto de os habitantes de Hong Kong estarem certos na sua cólera à oligarquia de facto do Tycoon Club que controla todos os cantos da economia. A reacção local contra "a invasão dos do continente". E a implacável guerra cultural de cantoneses contra Pequim, do norte contra o sul, da província contra o centro político.

O que estes protestos aceleraram foi a convicção de Pequim de que Hong Kong não merece a sua confiança como um nó fundamental no projecto de maciça integração e desenvolvimento da China. Pequim investiu nada menos que US$18,8 mil milhões para construir a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, na Área da Grande Baía, a fim de integrar Hong Kong ao continente e não para afrontá-lo.

Agora, um bando de idiotas úteis, pelo menos, comprovou de modo claro que não merece mais qualquer espécie de tratamento preferencial.

Os Britânicos e a «revolução colorida» em Hong Kong


Desde a transferência da soberania do Império Britânico para a República Popular da China, Hong Kong é — com Macau — uma das duas Regiões Administrativas Especiais da China. Conforme os acordos de 1997, Pequim instalou a democracia ocidental em Hong Kong, que jamais a conhecera antes. Pela primeira vez, o Parlamento foi eleito pela população.

No entanto, se a retrocessão de Hong Kong à China marcou uma melhoria nas condições de vida da população, esta permaneceu culturalmente mais britânica do que chinesa. O que não deixa de espantar os visitantes.

As atuais manifestações massivas devem primeiro ser entendidas como o reconhecimento da impossibilidade cultural de unificação chinesa. Elas são estimuladas pelo Reino Unido. 

Assim, vimos o elemento mais saliente das manifestações, o Movimento para a Independência de Hong Kong, brandindo a antiga bandeira colonial. O mesmo fenómeno havia já sido observado na Líbia e na Síria, onde o Conselho Nacional de Transição adotou a bandeira do rei Idriss e o Exército Sírio Livre a do Mandato Francês.

Voltaire.net.org | Tradução Alva

China | Protestos intensos atingem economia de Hong Kong


Dez semanas consecutivas de protestos mergulham região semiautónoma chinesa em sua mais grave crise política em décadas, representando um desafio para o governo em Pequim e para as finanças da cidade.

No décimo fim-de-semana ininterrupto de protestos em Hong Kong, a polícia da região semiautónoma chinesa voltou a usar gás lacrimogéneo, neste domingo (11/08), para dispersar manifestantes que bloquearam estradas e fecharam um dos principais túneis da cidade. Até o meio-dia (hora local), 16 pessoas foram detidas por reunião ilegal, porte de armas e agressões a policiais.

Na sexta-feira, a polícia de Hong Kong informou que 592 pessoas já haviam sido detidas desde o início dos protestos, em 9 de junho, com idades entre 13 e 76 anos, enfrentando acusações que podem levar a penas de até dez anos de prisão.

Dez semanas consecutivas de protestos cada vez mais violentos mergulharam Hong Kong em sua mais grave crise política em décadas, representando um desafio para o governo central de Pequim e para a economia da região semiautónoma.

Quartos de hotel vazios, lojas sem clientes e até mesmo fechamento temporário na Disneylândia: os mais de dois meses de protestos tiveram um grande impacto na economia da cidade – sem fim à vista.

Sociedade civil desafia o Kremlin


Com economia estagnada, preços subindo e reforma da Previdência irritando milhões de russos, reação violenta a protestos em Moscovo mostra que governo está cada vez mais longe da população, opina Miodrag Soric.

Eles não se deixam intimidar, não por ameaças, não por bastões da polícia, não por prisões. Dezenas de milhares compareceram à manifestação no centro de Moscovo neste sábado (10/08) e exigiram eleições locais justas, liberdade para os presos políticos e a renúncia do presidente Vladimir Putin. Foi a maior manifestação em anos – no meio do período de férias, quando muitos russos passam seu tempo livre em sua dacha. A sociedade civil russa desafia o Kremlin.

Superficialmente, trata-se de eleições locais comparativamente insignificantes. Na realidade, há uma grande insatisfação com toda a liderança estatal. Isso também é comprovado por pesquisas, que apontam que a confiança no chefe de Estado atingiu uma baixa histórica.

Por muitas razões: a economia está estagnada, os preços sobem, a corrupção atingiu proporções alarmantes, a reforma da Previdência irrita milhões de pessoas. Mais e mais russos estão insatisfeitos – mas o governo se recusa a aceitar uma alternativa política. Nem mesmo em nível local.

Portugal, um alvo estratégico da extrema-direita


Da perspectiva da extrema-direita internacional, Portugal representa o elo fraco por onde ela pode atacar a União Europeia.

Boaventura Sousa Santos | Público | opinião

Vários acontecimentos recentes têm vindo a revelar sinais cada vez mais perturbadores de que o internacionalismo de extrema-direita está a transformar Portugal num alvo estratégico. Entre eles, saliento a tentativa recente de alguns intelectuais de jogar a cartada do ódio racial para testar as divisões da direita e da esquerda  e assim influenciar a agenda política, a reunião internacional de partidos de extrema-direita em Lisboa e a simultânea greve do recém-criado Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas.

Várias razões militam a esse respeito. Portugal é o único país da Europa com um governo de esquerda numa legislatura completa e em que se aproxima um processo eleitoral, e é o único onde não tem presença parlamentar nenhum partido de extrema-direita. Será Portugal assim tão importante para merecer esta atenção estratégica? É importante, sim, porque, da perspectiva da extrema-direita internacional, Portugal representa o elo fraco por onde ela pode atacar a União Europeia. O objectivo central é, pois, destruir a União Europeia e fazer com que a Europa regresse a um continente de Estados rivais onde os nacionalismos podem florescer e as exclusões sócio-raciais podem ser mais facilmente manipuláveis no plano político.

Portugal | Tink tanks, os das pandilhas que influenciam, põem e dispõem


No Expresso, poucos minutos antes de terminar o dia de ontem, sábado, foi publicado um trabalho da autoria de Ângela Silva sobre os que nos poderes põem e dispõem sobre os destinos que hão-de dar aos portugueses. São os tink tanks, como lhes chamam. Pandilhas que dizem ser “grupos de reflexão e promotores de manifestos” e de “outras formas de influência à margem da vida partidária”, como se acreditássemos que é algo por bem para os portugueses, para os que trabalham no duro num sistema comprovadamente esclavagista em inúmeros exemplos.

O ‘quadro’ ilustrativo que os representa (acima) inclui por ali uns quantos desses “cérebros” que são unha com carne na pataca-a-ti-pataca-a-mim e nas melhores formas de enganar o povinho que labora ou tem por morada casebres ou as ruas, os albergues e cantinas ditas sociais em que o miserabilismo de toda a espécie fede com seus odores das pobrezas “arquitetadas” com os desprezos e desumanidades conhecidas pelos mais atentos e, talvez, dotados de sensibilidades sociais isentas de hipocrisias fornecidas nas igrejas aos mais abastados, aos esclavagistas e corruptos de colarinhos brancos, tantos deles a julgarem-se tink tanks ‘para o bem do próximo’, do seu semelhante, dos trabalhadores, do povinho quase sempre desatento, ingénuo e quase sempre muito enganado por esses tais “boas pessoas e boas almas”. De referir que afinal esses, nas suas ações, têm por amor ao próximo o lema. Constata-se contudo que o que têm de mais próximo de si são os cofres em casa, algum banco ou offshores onde vale tudo, além de “lavandarias” sofisticadas.

Deste trabalho da jornalista do Expresso retirámos o possível, assim como o “quadro”, ilustrativo das pandilhas (cujo autor não vislumbrámos). Sinalizam-se ali aldrabões caricaturados (a maioria) e à mistura um ou outro da classe dos decentes, incorruptos, realmente discordantes dos caminhos ínvios para onde conduzem os povos, os que afinal, por “artes mágicas” de grupos de reflexão, vêem as suas vidas, o seu futuro, cada vez mais ornado de cores bastantes negras, rumo ao miserabilismo e à indegurança. Á desumanidade para a maioria e o fausto somente para uns quantos. Esses, os tais, muitos desse artístico “quadro” lá no topo.

Do Expresso respigámos o que nos foi facultado na extração à borla. Se quiser e puder também deixamos o modo de conseguir ler e saber o restante. Tem dinheirinho ou as condições requeridas para obter o trabalho completo? Não? Sim? Azarado(a) ou felizardo(a), consoante o caso. Se não fique-se pelo aperitivo que aqui servimos. Já a seguir.

Redação PG

Portugal | Todas as greves


Valter Hugo Mãe* | Jornal de Notícias | opinião

Quase invariavelmente ressentidas, todas as sociedades anseiam perigosamente por certa sangria.

Ainda que nos organizemos como gente pacífica, a verdade é que existe em cada um a vontade inconfessável de ver o vizinho pagar por todos os erros que lhe reconhecemos, numa sede de vingança que sirva para prémio do quanto nos sentimos penar, do quanto nos achamos merecedores de especial reconhecimento. Não creio que seja um traço que especifique os portugueses. Julgo ser algo que acontece em todo o mundo, resultado da condição falha da humanidade, uma condição frustrada de todas as cidadanias. Vivemos como quem espera por uma justiça que se abata sobre a cabeça dos terríveis outros. Vivemos como quem se convence de que terríveis são os outros.

Por estes dias, os terríveis outros barafustam nas gasolineiras antecipando a greve. Enchem bidões imensos, à revelia da lei e da compaixão. Os gasolineiros admitem tudo. Observamos com a imaginação a funcionar. Bom seria que estourasse tudo, como se comentará em todos os cafés o assombro maravilhado de dificultar o abastecimento das ambulâncias e dos táxis. Há um prazer estranho naqueles que encheram o depósito em comparar as desgraças e o desespero de outrem. Quanto maior se preveja a greve mais se sente o bizarro entusiasmo, como se houvesse a necessidade de ver o pior para comprovar nossas incansáveis teses de que a humanidade, ou a sociedade, é uma porcaria.

Israel busca inflamar conflito ou até guerra entre países do golfo Pérsico -- especialista


Irão advertiu Israel e os EUA quanto à formação de uma coligação naval no golfo Pérsico liderada por Washington.

Na passada quinta-feira, o ministro da Defesa iraniano, Amir Hatami, disse que esta decisão teria "consequências desastrosas" para a região.

Hatami realizou conversas telefónicas com os seus homólogos do Kuwait, Omã e Qatar, instando-os a resistir às tentativas dos EUA de aumentar a presença norte-americana no golfo Pérsico.

Washington está tentando formar uma coligação conhecida como Operação Sentinel, em meio às crescentes tensões, a fim de escoltar os petroleiros e proteger a navegação no estreito de Ormuz.

A Arábia Saudita contra a Turquia


Segundo o Middle East Eye, a Arábia Saudita teria concebido um plano para destruir a imagem positiva do Presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan. É o que ressalta de um documento confidencial do Emirates Policy Center que a revista pôde consultar.

Vários jornais árabes relacionam este plano com a interdição de entrada, que acaba de ser feita pela Arábia Saudita, durante 12 dias a altas temperaturas, a 80 contentores transportando principalmente géneros alimentícios perecíveis.

Eles citam também a ausência do Presidente Erdoğan da última Cimeira da Organização de Cooperação Islâmica, na Arábia Saudita.

Outros lembram as tensões entre a Arábia Saudita e a Turquia desde que esta tornou público o assassinato do bilionário Jamal Kashoggi, no consulado saudita de Istambul. Este assassínio ocorreu após quatro outros desaparecimentos de personalidades sauditas no mundo que não recolheram a mesma atenção.

No entanto, raros são os que tratam em detalhe o conflito que opõe os dois Estados a propósito dos Irmãos Muçulmanos. Ou que analisam o cerco da Arábia Saudita pelo Exército turco, presente no Catar, no Kuwait, no Sudão e no Mar Vermelho.
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EXCLUSIVE : Saudi Arabia’s ‘strategic plan’ to take Turkey down” («EXCLUSIVO : "O plano estratégico" da Arábia Saudita para derrubar a Turquia»- ndT), David Hearst & Ragip Soylu, Middle East Eye, August 5, 2019.

Voltaire.net.org | Tradução Alva

A Turquia não se alinhará nem com a OTAN, nem com a OTSC


Thierry Meyssan*

Após três anos de ausência relativa da cena internacional, a Turquia definiu a sua via. Ao mesmo tempo que permanece como membro da Aliança Atlântica, e do seu comando integrado, pensa agarrar a sua independência. Ela não irá receber ordens nem da Aliança Atlântica, nem do Tratado de Segurança Colectiva. No plano interno, ao mesmo tempo que se define como muçulmana, deseja integrar as minorias numa base nacional e combater os elementos subordinados aos Estados Unidos.

Turquia muda e as projecções de George Friedman, fundador da Stratfor, revelam-se falsas. Se o antigo Império Otomano visa desenvolver-se, ele não será vassalo dos Estados Unidos.

Mais do que julgar a Turquia através do olhar das normas ocidentais e troçar do seu «novo sultão», devemos tentar compreender como «o sujeito doente da Europa» tenta recuperar do seu atraso cultural em relação à modernidade e da sua derrota da Primeira Guerra mundial, sem portanto negar a sua especificidade histórica e geográfica. Com efeito, um século depois, a via insuflada por Atatürk não chegou ao seu termo e os problemas permanecem.

Paquistão quer levar caso da Caxemira à ONU com apoio chinês

Tensões aumentam na região da Caxemira, disputada por paquistaneses e indianos, depois que Nova Délhi decidiu retirar autonomia. Com interesses territoriais próprios, Pequim promete interceder no Conselho de Segurança.

O Paquistão anunciou neste sábado (10/08) que recorrerá ao Conselho de Segurança da ONU, com apoio da China, para denunciar a inesperada decisão da Índia de revogar o status especial da província de Caxemira, disputada por ambos os países, em meio ao aumento da tensão no território militarizado há uma semana.

Após serem informados que o Paquistão decidira levar o assunto à Organização das Nações Unidas, os chineses "não apenas decidiram nos apoiar no Conselho de Segurança, como também nomearam os seus funcionários que estarão com os nossos, lá", declarou em entrevista coletiva o ministro paquistanês do Exterior, Shah Mehmood Qureshi. "A China demonstrou mais uma vez que são nossos amigos para sempre", acrescentou, após visita oficial a Pequim.

Um embaixador a serviço da Casa Branca


A formalização do aval dos Estados Unidos à indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada em Washington é um escárnio. A começar pelos elogios piegas do suserano da geopolítica da Casa Branca, Donald Trump, aos vassalos brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro e seu rebento Eduardo.

Vermelho | editorial

A embaixada nos Estados Unidos requer um diplomata experiente, com longa trajetória, alguém na lista dos profissionais do Itamaraty no ápice de uma carreira de Estado, reconhecida como muito exigente.

O que faz Bolsonaro? Se põe a mover céus e terra para presentear o filho com um insólito mimo. Nepotismo desbragado que expõe o Brasil a um vexame internacional. Que méritos, que currículo credenciam o filho do presidente para tal responsabilidade? Arranha o inglês e diz que sabe fritar hambúrguer. De tão ridículo, essa justificativa virou piada nacional e até internacional.

Para além da piada e para além deste nepotismo vergonhoso, a indicação de Eduardo para o posto de embaixador faz parte da essência da política externa do governo Bolsonaro: capitulação, subordinação do Brasil aos interesses e ditames dos Estados Unidos.

A questão é saber como Eduardo Bolsonaro, a exemplo do pai fã fanático de Trump, se movimentará, na condição de embaixador — caso essa aberração se confirme —, num cenário de agravamento das tensões internacionais, entre elas as ameaças ao Irã e a guerra comercial e tecnológica contra a China. Defenderá os interesses da Casa Branca ou do Brasil?

Bolsonaro, o "pior inimigo dos povos indígenas" que chama “herói nacional” a Ustra


BOLSONARO. Jair Bolsonaro, o "pior inimigo dos povos indígenas". Diante do aumento do desmatamento na Amazônia, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro desafia os números oficiais e ataca cientistas e ONGs. (La-Croix, França) | bit.ly/33o2r5g

AMAZÔNIA. Bolsonaro deu seu aval ao “brutal” assalto à floresta tropical, adverte o cientista demitido. “O que está acontecendo é que este governo enviou uma mensagem clara de que não haverá mais castigo [por crimes ambientais] como antes. E quando os madeireiros ouvirem essa mensagem de que não serão mais supervisionados como eram no passado, eles penetram na floresta tropical ”, disse Galvão. Galvão foi diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) do Brasil até a semana passada, quando um confronto público com Bolsonaro lhe custou o emprego. (The Guardian, Inglaterra) | bit.ly/2MRcJ8e

AMAZÔNIA. Bolsonaro nega ser um "capitão da motosserra". Embora os especialistas em clima da ONU tenham divulgado um relatório preocupante sobre o estado do planeta, no Brasil os números oficiais apontam para um aumento acentuado do desmatamento, mas é ferozmente contestado pelo presidente brasileiro. Jair Bolsonaro. (Les Echos, França) | bit.ly/2KA65jV

DITADURA. Bolsonaro chamou um torturador de "herói nacional". Brilhante Ustra foi acusada de torturar presos políticos até a morte durante a ditadura. O presidente brasileiro encontrou-se com Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra, viúva do coronel que liderou um centro de detenção em San Pablo. (Página 12, Argentina) | bit.ly/2YNxate

DITADURA. Bolsonaro qualifica como "herói" do Brasil, um conhecido torturador militar. Mais uma vez, o presidente Jair Bolsonaro mexeu na ferida aberta pela ditadura militar brasileira que deteve o poder por 21 anos marcada pela censura, perseguição política, tortura e morte. Bolsonaro disse na quinta-feira que o falecido coronel Carlos Brilhante Ustra, responsável por um centro de tortura ilegal onde a ex-presidente Dilma Rousseff foi detida durante a ditadura (1964-1985), era um "herói nacional". (La Jornada, México) | bit.ly/2yQzUHH

DITADURA. Bolsonaro homenageia um dos maiores repressores da ditadura do Brasil. O presidente descreveu Ustra como um "herói nacional" ao receber a viúva do coronel no Palácio do Planalto para o almoço. O Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, já falecido, dirigiu um dos maiores centros de tortura, localizado em São Paulo. (El País, Espanha) | bit.ly/31zghQR

DITADURA. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, chamou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra na quinta-feira de "herói nacional", chefe em São Paulo do corpo repressivo do Exército que torturou vários presos políticos até a morte durante a ditadura militar (1964-1985). (La Vanguardia, Espanha) | bit.ly/2YS5mE5 

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