domingo, 11 de agosto de 2019

Portugal | Tink tanks, os das pandilhas que influenciam, põem e dispõem


No Expresso, poucos minutos antes de terminar o dia de ontem, sábado, foi publicado um trabalho da autoria de Ângela Silva sobre os que nos poderes põem e dispõem sobre os destinos que hão-de dar aos portugueses. São os tink tanks, como lhes chamam. Pandilhas que dizem ser “grupos de reflexão e promotores de manifestos” e de “outras formas de influência à margem da vida partidária”, como se acreditássemos que é algo por bem para os portugueses, para os que trabalham no duro num sistema comprovadamente esclavagista em inúmeros exemplos.

O ‘quadro’ ilustrativo que os representa (acima) inclui por ali uns quantos desses “cérebros” que são unha com carne na pataca-a-ti-pataca-a-mim e nas melhores formas de enganar o povinho que labora ou tem por morada casebres ou as ruas, os albergues e cantinas ditas sociais em que o miserabilismo de toda a espécie fede com seus odores das pobrezas “arquitetadas” com os desprezos e desumanidades conhecidas pelos mais atentos e, talvez, dotados de sensibilidades sociais isentas de hipocrisias fornecidas nas igrejas aos mais abastados, aos esclavagistas e corruptos de colarinhos brancos, tantos deles a julgarem-se tink tanks ‘para o bem do próximo’, do seu semelhante, dos trabalhadores, do povinho quase sempre desatento, ingénuo e quase sempre muito enganado por esses tais “boas pessoas e boas almas”. De referir que afinal esses, nas suas ações, têm por amor ao próximo o lema. Constata-se contudo que o que têm de mais próximo de si são os cofres em casa, algum banco ou offshores onde vale tudo, além de “lavandarias” sofisticadas.

Deste trabalho da jornalista do Expresso retirámos o possível, assim como o “quadro”, ilustrativo das pandilhas (cujo autor não vislumbrámos). Sinalizam-se ali aldrabões caricaturados (a maioria) e à mistura um ou outro da classe dos decentes, incorruptos, realmente discordantes dos caminhos ínvios para onde conduzem os povos, os que afinal, por “artes mágicas” de grupos de reflexão, vêem as suas vidas, o seu futuro, cada vez mais ornado de cores bastantes negras, rumo ao miserabilismo e à indegurança. Á desumanidade para a maioria e o fausto somente para uns quantos. Esses, os tais, muitos desse artístico “quadro” lá no topo.

Do Expresso respigámos o que nos foi facultado na extração à borla. Se quiser e puder também deixamos o modo de conseguir ler e saber o restante. Tem dinheirinho ou as condições requeridas para obter o trabalho completo? Não? Sim? Azarado(a) ou felizardo(a), consoante o caso. Se não fique-se pelo aperitivo que aqui servimos. Já a seguir.

Redação PG

A tertúlia liberal e secreta que senta o poder à mesa

“A Tertúlia”. São 11, nasceram com Sócrates e já levam 10 anos de reuniões com tudo quanto é poder. Nem a troika escapou. No arranque da ‘geringonça’, Costa passou a mensagem para os sossegar

Á medida que os partidos foram sofrendo desgaste e perdendo adesão junto dos eleitores (os números da abstenção que o digam) foram nascendo tertúlias, think tanks, grupos de reflexão, grupos promotores de manifestos, todos eles sinal de uma sociedade civil à procura de válvulas de escape e de ‘outras’ formas de influência à margem da vida partidária. Há tertúlias de ex-ministros (o socialista Jorge Coelho ou o social-democrata Luís Marques Mendes são exemplos), há think tanks de potenciais candidatos a líderes partidários (Jorge Moreira da Silva e Pedro Duarte, ambos do PSD), há grupos de reflexão que promovem debates públicos (o Movimento Europa e Liberdade, com liberais de direita e de esquerda, é um deles), há tertúlias de jovens mais ou menos desconhecidos (Política XXI ou O Senado) que se reúnem regularmente para debater o país e há “A Tertúlia”, um grupo que há 10 anos se reúne sob sigilo e que tem a particularidade de ter conseguido sentar à mesa quase tudo quanto é poder político, económico, sindical e religioso e que agora se alarga ao poder académico.

Desde 2009, mobilizaram para os seus jantares-debates (sempre no restaurante Vela Latina, em Lisboa, junto ao Tejo) Presidentes da República, primeiros-ministros, ministros das Finanças, Economia e Negócios Estrangeiros, autarcas, comentadores, sindicalistas, o governador do Banco de Portugal, o cardeal-patriarca, e até dois responsáveis da troika — Subir Lall e Abe Selassie (ambos do FMI), com quem, por mais do que uma vez, analisaram o estado do programa de ajustamento português.

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Ilustração:
Na mesa (no sentido dos ponteiros do relógio) João Talone (gestor); Vítor Bento (economista, SIBS); Luís Amado (ex-MNE, Conselho de Supervisão da EDP); João Vieira de Almeida (advogado); Francisco Lacerda (administrador); Rui Horta e Costa (gestor); António Lobo Xavier (advogado); José Honório (gestor e ex-administrador do Novo Banco); José Manuel Morais Cabral (gestor); João Moreira Rato (consultor na área financeira); João Bento (presidente dos CTT) Convidados ilustres Cavaco Silva; Subir Lall (troika); Marcelo Rebelo de Sousa; D. Manuel Clemente (cardeal patriarca); António Costa; Carlos Costa (governador do Banco de Portugal); Passos Coelho; Paulo Portas; Vítor Gaspar; Francisco Louçã; João Proença; Augusto Santos Silva; Mário Centeno; José Sócrates De fora Assunção Cristas; Jerónimo de Sousa; Catarina Martins; Rui Rio

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