segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Portugal | SALVE-SE QUEM PUDER!


Ainda no bom dia eis o Curto do Expresso. Hoje com a expressão “Dia D, de debate”… Se um jornalista experiente considera com sinceridade que hoje é esse dia “de debate” está tudo mal… na sociedade portuguesa. Principalmente no modo como se vê a política, as eleições, os eleitores, aquilo que de patranhas e ilusões são pronunciadas pelos políticos – principalmente pelos líderes. Mas, enfim, este será um dos tristes retratos possíveis deste país “à beira mar plantado”.

Há debate entre Costa e Rio. Tretas não hão-de faltar. É assim que a maioria dos portugueses vêem a questão (ou o debate). Depois, na hora de votar, é escolher o que cada um considera o mal menor. E o jornalista não sabe isto? Sabe, pela certa. Mas tem de se acautelar. A experiência que tem destas andanças e destes aldrabões não lhe falta. Acontece que isso não vende e os jornalistas agora não escrevem para não venderem. O que não vende é a verdade. Eles sabem isso. Sabem que as pessoas dão-se muito mal com a verdade. Porque põe-nos mal dispostos, sem esperança, a sentirem-se cobardes por que amocham perante patrões, perante políticos, perante governos de atitudes e práticas nada democráticas… Sentem-se posse do medo, por eles e principalmente pelo futuro dos filhos e filhas. Essas técnicas estão a funcionar. O incutir dos medos nos cidadãos está a funcionar, a acção psico-social avançada que está em prática não deixa dúvidas aos mais esclarecidos. Vivemos na hora, minuto ou segundo em que os amigos nem se contam pelos dedos mas só por partes de um deles, em que o vizinho ao nosso lado nem o conhecemos, provavelmente nunca o vimos, temos por companhia e comunicação o computador, o telefone móvel ou o outro, em que os “amigos” estão nas redes sociais… Responsáveis pelo caos falam nas televisões, propagandeiam, prometem, mentem... Obviamente que são falsos como Judas Iscariotes. Induzem-nos para um esclavagismo e exploração que comprova as evidências atrás referidas…

Sentimos, olhamos até onde a visão alcança e o que vimos? Desesperança, se soubermos ser realistas. É que as situações não se resolvem só nestas eleições, neste país, tudo está a ser controlado globalmente. Entre 99% e 1% não é difícil futurar quem vencerá. Conforme tem estado sempre a vencer.

Tramam-nos sem consideração nem humanidade. Displicentemente. À laia de salve-se quem puder ou de meros filhos de puta.

Só existe uma solução: A luta, o confronto puro, duro, inadiável.

Bom dia, se conseguirem.

Mário Motta | Redação PG

AOS SUPER RICOS, OS SUPER GENES?


Biólogos de todo o mundo participam de uma corrida rumo à edição genética — que permitirá curar doenças e “aprimorar” a natureza e o ser humano. Mas quais as consequências, num mundo hoje marcado por desigualdades e preconceitos?

Walter Isaacson | Outras Palavras | Tradução:  Gabriela Leite

QUEBEC

Biologia é a nova tecnologia. Fui a uma conferência na cidade de Quebec sobre CRISPR [sigla em inglês para “Conjunto de Repetições Palindrômicas Curtas Regularmente Espaçadas”], a ferramenta molecular projetada para editar genes, e senti a mesma energia das reuniões que o Homebrew Computer Club [grupo de entusiastas de computadores que se reunia nos EUA nos anos 1970 e 80] fazia na Feira de Computadores nos anos 1970.  Exceto que os jovens inovadores agora estão programando com código… genético. Agora que as escolas estão finalmente percebendo que toda criança deveria aprender a programar, elas terão que passar a ensinar, no lugar do 0101, o AGCT, as quatro bases do DNA.

Muitos dos cientistas pioneiros estavam lá, incluindo Jennifer Doudna, da universidade de Berkley, EUA, uma das pessoas que descobriu, em 2012, como combinar dois trechos de RNA com uma enzima para fazer uma tesoura que poderia cortar o DNA em uma localização precisa; e Feng Zhang, do Broad Institute, EUA, que concorreu com ela para mostrar como a ferramenta poderia editar genes em seres humanos, e está agora em uma batalha com ela pelas patentes da tecnologia.

A atmosfera é carregada com a combinação catalisadora de competição e cooperação remanescente de quando Bill Gates e Steve Jobs frequentaram os primeiro encontros de computadores pessoais. As grandes notícias envolvem transposões, conhecidos como “genes que saltam”, que na natureza podem pular de um lugar para outro em cromossomos. Sam Sternberg, um jovem bioquímico brilhante que estudou para Doudna, acabara de publicar seu primeiro paper inovador, que descreve como criar um sistema parecido com o CRISPR que insere um gene de salto personalizado no local desejado no DNA. Mas, para a surpresa de Sternberg, Feng Zhang conseguiu escrever um paper similar de sua autoria em uma publicação, alguns dias antes. “Existe algum campo tão degolador e competitivo quanto a pesquisa biológica?”, me pergunta Sternberg.

Trump rejeita nova acusação de abuso sexual contra Brett Kavanaugh


Presidente americano chama de "mentira" artigo do 'New York Times' com novo testemunho de suposto abuso sexual cometido pelo juiz indicado por ele para a Suprema Corte. Democratas pedem impeachment do magistrado.

O presidente dos EUA, Donald Trump, rejeitou neste domingo (15/09) pedidos de democratas por um impeachment do juiz da Suprema Corte dos EUA Brett Kavanaugh, após uma nova reportagem sobre acusações de abuso sexual contra o magistrado.

Trump, que defendeu ferozmente Kavanaugh durante seu controverso processo de confirmação, descartou a nova acusação como "mentira".  No Twitter, ele afirmou que Kavanaugh "deveria começar a processar pessoas por difamação, ou o Departamento de Justiça ir em sua ajuda."

Durante o processo de confirmação da indicação de Kavanaugh para o Supremo, em outubro de 2018, ele foi acusado por duas mulheres de abuso sexual nos anos 80, época em que era estudante na Universidade de Yale. Kavanaugh desmentiu veementemente as acusações, que prejudicaram o processo para sua confirmação.

Boris Johnson compara Reino Unido a Hulk


"Quanto mais se irrita, mais forte fica", diz PM britânico, frisando que super-herói livra-semsempre das "amarras". Ex-primeiro-ministro David Cameron afirma que Johnson optou pelo Brexit por mera ambição política.

Devido à tensão e o caos Brexit, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vê o Reino Unido como um super-herói que, apesar de todas as dificuldades, sempre sai vitorioso. "Quanto mais irritado Hulk fica, mais forte Hulk fica", disse. "E ele sempre escapa, não importa o quão amarrado ele pareça estar – e esse é o caso deste país. Nós vamos sair em 31 de outubro", frisou, em entrevista publicada neste domingo (15/09) pelo jornal Mail on Sunday, citando o personagem de quadradinhos conhecido pela grande fúria destrutiva e pela pele esverdeada.

Johnson disse haver "um tremendo progresso" nas negociações com a União Europeia (UE) e está confiante que conseguirá fechar um novo acordo sobre a saída do Reino Unido na cúpula da UE marcada para meados de outubro.

Johnson continua desafiador, embora o Parlamento britânico tenha aprovado uma lei exigindo que ele busque um adiamento do prazo de saída – prevista para 31 de outubro –, se não for alcançado um acordo até meados de outubro. Ele também perdeu sua maioria no Parlamento e sofreu uma derrota jurídica quando um tribunal de apelação da Escócia considerou ilegal sua decisão de suspender o Parlamento por cinco semanas. Agora, o caso será avaliado nesta semana pela Suprema Corte britânica.

Catalunha | 'Independência se tornou nossa última alternativa', afirma Puigdemont


Em entrevista à Sputnik Itália, o político catalão Carles Puigdemont falou sobre as relações entre Madrid e Barcelona, qualificando a independência de sua região como a última alternativa dos catalães.

Em 2017, o presidente da Generalitat da Catalunha, Carles Puigdemont, se tornou foco das notícias internacionais ao liderar um movimento que buscava a independência da Catalunha em relação à Espanha. O movimento fracassou e posteriormente Puigdemont foi viver na Bélgica.

Parlamento Europeu

Ainda neste ano, o catalão foi eleito para ocupar cadeira no Parlamento Europeu. No entanto, por não ter passado por uma cerimônia de posse na Espanha, Puigdemont ficou impedido de assumir seu novo cargo no Parlamento Europeu. Segundo ele, a cerimônia envolveria um juramento à Constituição da Espanha, ato que Puigdemont se recusa fazer.
Vozes nacionais

Em entrevista exclusiva à Sputnik Itália, Puigdemont comentou os últimos episódios de sua carreira política e sua visão sobre a Catalunha como nação europeia. Para o catalão, a Europa deve dar maior atenção às demandas dos diferentes grupos étnicos no continente.

"Nossa Europa é uma Europa na qual a voz do povo é mais importante do que qualquer outra coisa. A Catalunha é uma das mais antigas nações da Europa. Nosso parlamento, nossos institutos e nossa Constituição possuem raízes na Idade Média, e tudo isso nós perdemos em 1714, quando os Bourbons instalaram a monarquia espanhola em nosso país. Antes disso, a Catalunha tinha sido uma nação em todos os aspetos. Continuamos sendo uma nação e, se o povo o exigir, temos o direito à independência", disse Puigdemont.

Independência

O político também ressaltou a importância de ouvir as vozes das nações como um dos aspetos da democracia. Puigdemont vê a Catalunha inserida no espaço europeu, mas livre da autoridade de Madrid. Para ele, a independência catalã foi a última opção dos catalães.

"A independência se tornou a nossa última alternativa depois de 30 anos, durante os quais nós propusemos todas as formas possíveis de resolver nossas diferenças através do diálogo com a Espanha [...] Tentamos todos os meios, mas sempre recebíamos um não como resposta", comentou o político.

Puigdemont chamou de fake news as afirmações que diziam que a Catalunha iria proibir o ensino do castelhano em suas escolas.

Perguntado se é um líder populista, Puigdemont negou, mas disse defender as necessidades do povo catalão como nação. Ao mesmo tempo, ele não associa sua visão política como sendo estritamente de direita ou de esquerda. "A Catalunha é apoiada por europeístas, tanto de direita como de esquerda", disse ele.

Rússia

Embora as relações entre a Rússia e países europeus tenham sido marcadas por suspeitas e sanções contra Moscou, Puigdemont critica as medidas contra a Rússia.

"Parece-me um absurdo que hoje tenhamos mais problemas com a Rússia do que na era soviética [...] Já se passaram anos desde a introdução das sanções e, como vemos, elas nos levaram a esse resultado", falou o líder catalão.

Sputnik | Foto: © Reuters / Albert Gea

'Estamos prontos para a guerra': comandante iraniano adverte EUA


O chefe da divisão aeroespacial do Corpo dos Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) disse no domingo que as bases e porta-aviões dos EUA no Oriente Médio estão dentro do alcance de mísseis iranianos.

A declaração vem após o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ter culpado no sábado (14) o Irão pelos recentes ataques de drones contra campos petrolíferos da Saudi Aramco.

"Todo o mundo deve saber que as bases dos EUA e os porta-aviões deles, em uma distância de até 2 mil quilómetros em torno do Irão, estão dentro do alcance de nossos mísseis", disse Hajizadeh.

O comandante também adicionou que o seu país sempre esteve preparado para uma guerra.

No sábado (14), dois ataques de drones causaram fortes incêndios em duas instalações petrolíferas em Abqaiq, no leste da Arábia saudita, e em Khurais, a nordeste de Riad.

O secretário do Estado dos EUA Mike Pompeo culpou Teerão pelos ataques, apelando à condenação pública das ações do Irão.

Sputnik | Foto: © AFP 2019 / Arash Khamoushi / ISNA

O Adrian Darya 1 (ex-Grace 1) acosta na Síria


A pedido dos Estados Unidos, o Grace 1 , um petroleiro iraniano arvorando bandeira do Panamá, foi arrestado ao largo de Gibraltar pela Royal Navy, em 4 de Julho de 2019. Segundo Washington, o petroleiro deslocava-se para a Síria em violação ao embargo ---ilegal pelo Direito Internacional--- da União Europeia.

A União Europeia tem o direito de proibir aos seus cidadãos e às suas empresas tudo o que lhe diz respeito, incluindo fornecer petróleo à Síria. Mas ela não tem o direito de interditar seja o que for aos não-membros da União Europeia. Apenas o Conselho de Segurança da ONU pode decidir sobre sanções mundiais.

No fim, após o Irão, numa medida de reciprocidade implícita, ter apreendido dois petroleiros britânicos no Golfo, o British Heritage e o Stena Impero, um magistrado da Coroa libertou (liberou-br) o navio iraniano. As autoridades iranianas libertaram o primeiro navio-tanque britânico e deverão libertar o segundo.

Durante as negociações, Teerão teria aceite o compromisso de não enviar o Grace 1 para a Síria. O responsável da luta contra o Irão no Departamento de Estado, Brian Hook, contactou o capitão do navio e tentou, em vão, comprá-lo.

No entanto, o Grace 1 mudou de nome. Tornou-se o Adrian Darya 1 ; nome sob o qual acaba de acostar tranquilamente em Tartous (Síria).

Voltaire.net.org | Tradução Alva

Reactivação da Aliança Militar continental dos EUA


Doze Estados membros do Tiar (dito também «Pacto do Rio») decidiram reactivar a organização devido ao risco de «desestabilização» continental que a «ditadura» de Nicolás Maduro faria correr à América Latina. Simultaneamente, a Assembleia Nacional da Venezuela pronunciou-se pelo retorno da República Bolivariana ao Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca - Tiar).

Lembremos que o antigo Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se auto-proclamou presidente da República e, a este título, toma assento na Organização dos Estados Americanos.

O Tiar é o equivalente americano da OTAN. Ele foi criado, em 1947, no contexto da Guerra Fria declarada pelos EUA contra a URSS. Esteve particularmente activo aquando das tentativas de derrube do governo revolucionário de Cuba, mas não alcançou os resultados esperados (fiasco da Baía dos Porcos, em 1961). Posteriormente, os Estados Unidos abandonaram-no para apoiar o Reino Unido contra a Argentina durante a operação colonial da Guerra das Malvinas («Falklands»), em 1982.

Sucessivamente, o Peru, a Bolívia, Cuba, o Equador, o México e a Venezuela abandonaram formalmente este tratado.

Para justificar a reactivação do Pacto do Rio, os Estados Unidos e a Colômbia insistem no suposto êxodo de 4 milhões de Venezuelanos em 2018, enquanto o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados acaba de confirmar que apenas deu assistência a novos cidadãos refugiados em 2018, cujo número não ultrapassa as 341. 800 pessoas (entre as quais os Venezuelanos).

Voltaire.net.org | Tradução Alva

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