Ainda no bom dia eis o Curto do
Expresso. Hoje com a expressão “Dia D, de debate”… Se um jornalista experiente
considera com sinceridade que hoje é esse dia “de debate” está tudo mal… na
sociedade portuguesa. Principalmente no modo como se vê a política, as eleições,
os eleitores, aquilo que de patranhas e ilusões são pronunciadas pelos políticos
– principalmente pelos líderes. Mas, enfim, este será um dos tristes retratos possíveis
deste país “à beira mar plantado”.
Há debate entre Costa e Rio.
Tretas não hão-de faltar. É assim que a maioria dos portugueses vêem a questão
(ou o debate). Depois, na hora de votar, é escolher o que cada um considera o
mal menor. E o jornalista não sabe isto? Sabe, pela certa. Mas tem de se acautelar. A experiência que
tem destas andanças e destes aldrabões não lhe falta. Acontece que isso não
vende e os jornalistas agora não escrevem para não venderem. O que não vende é
a verdade. Eles sabem isso. Sabem que as pessoas dão-se muito mal com a
verdade. Porque põe-nos mal dispostos, sem esperança, a sentirem-se cobardes
por que amocham perante patrões, perante políticos, perante governos de
atitudes e práticas nada democráticas… Sentem-se posse do medo, por eles e
principalmente pelo futuro dos filhos e filhas. Essas técnicas estão a
funcionar. O incutir dos medos nos cidadãos está a funcionar, a acção
psico-social avançada que está em prática não deixa dúvidas aos mais
esclarecidos. Vivemos na hora, minuto ou segundo em que os amigos nem se contam
pelos dedos mas só por partes de um deles, em que o vizinho ao nosso lado nem o
conhecemos, provavelmente nunca o vimos, temos por companhia e comunicação o
computador, o telefone móvel ou o outro, em que os “amigos” estão nas redes
sociais… Responsáveis pelo caos falam nas televisões, propagandeiam, prometem, mentem... Obviamente que são falsos como Judas Iscariotes. Induzem-nos para um esclavagismo
e exploração que comprova as evidências atrás referidas…
Sentimos, olhamos até onde a visão alcança e o que vimos? Desesperança, se soubermos ser realistas. É que as situações não se resolvem só nestas eleições, neste país, tudo está a ser controlado globalmente. Entre 99% e 1% não é difícil futurar quem vencerá. Conforme tem estado sempre a vencer.
Tramam-nos sem consideração nem humanidade. Displicentemente. À laia de salve-se quem puder ou de meros filhos de puta.
Só existe uma solução: A luta, o confronto puro, duro, inadiável.
Só existe uma solução: A luta, o confronto puro, duro, inadiável.
Bom dia, se conseguirem.
Mário Motta | Redação PG