Sobre a morte “bárbara” de
estudante
A líder do PAICV, maior partido
da oposição em Cabo Verde, defendeu hoje,05, que sejam pedidas explicações ao
Governo português sobre a “bárbara” morte de um estudante cabo-verdiano após
ser agredido em Bragança.
Numa mensagem colocada na sua
conta oficial na rede social Facebook citada pela Inforpress, a presidente do
Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Janira Hopffer Almada,
afirma que nestes momentos é necessário mostrar que “a vida humana não tem
preço”.
“Cabo Verde tem embaixada e
embaixador em Portugal! Ele já não deveria [ser recebido] pelos ministros da
Administração Interna ou da Justiça? Já não deveríamos ter alguém a visitar
Bragança e a reunir-se com as autoridades lá, para conhecer o que terá levado a
esse ato bárbaro e tentar evitar que situações dessas se repitam?”, escreveu a
líder do PAICV.
O embaixador de Cabo Verde em
Portugal, Eurico Monteiro, já pediu a clarificação “cabal” das circunstâncias
da morte do estudante cabo-verdiano Luís Rodrigues, após ferimentos graves
sofridos numa agressão em Bragança, em 21 de Dezembro.
Lembra a Inforpress que o
Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, também já anunciou
que está a acompanhar, através da Embaixada em Lisboa, os contornos da “morte
brutal” de Luís Rodrigues.
No dia 21 de Dezembro passado, o
estudante cabo-verdiano do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) Luís Giovani
dos Santos Rodrigues terá sido agredido em Bragança.
Transportado para o Hospital de
Santo António, no Porto, o jovem estudante, de 21 anos, acabou por morrer no
dia 31 de Dezembro, segundo o comunicado da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa.
Na nota publicada por Janira
Hopffer Almada, a líder do PAICV refere que o jovem cabo-verdiano foi agredido
em Bragança por 15 pessoas “armadas com cintos de ferro e paus”.
“Morreu no dia 31 de Dezembro e
até ao momento ninguém foi preso. Foram 15 agressores, de acordo com
testemunhas! Será que alguém pagará por tamanha barbaridade?”, questionou a
líder da oposição, segundo ainda a Inforpress.
Oposição exige melhor
acompanhamento dos cabo-verdianos em Portugal
Janira Hoppfer Almada defendeu
ainda que é “chegado o momento” de Cabo Verde parar para analisar “a situação
real dos estudantes” e da sua comunidade em Portugal.
“Temos o dever de estar mais
presentes e de assumir com mais garra as suas causas”, defende.
Segundo o comunicado da Embaixada
de Cabo Verde, o caso envolvendo o jovem estudante cabo-verdiano “foi
encaminhado à Polícia Judiciária para o competente tratamento” e foi ordenada
também a realização da autópsia “para se conhecer com precisão a causa da
morte”.
Luís Giovani era natural da ilha
cabo-verdiana do Fogo, tendo o município de Mosteiros publicado uma nota sobre
a sua morte, recordando que tinha viajado em Outubro para Bragança, “para
seguir o curso de Design de Jogos Digitais” no IPB.
“Giovani era um dos mais
promissores artistas de Mosteiros, tendo-se destacado na banda Beatz Boys, um
grupo integrado por jovens formados pela paróquia de Nossa Senhora da Ajuda e
artistas oriundos do agrupamento De Martins”, lê-se na mesma mensagem da Câmara
Municipal de Mosteiros, refere a Inforpress.
A Semana
Leia em A Semana
Sem comentários:
Enviar um comentário