Um grupo de médicos especialistas
e ajuda humanitária provenientes da China chegaram esta madrugada à Venezuela,
para se unirem aos esforços do país sul-americano contra a propagação da pandemia.
Eram 2h30 (hora local) quando
aterrou na Venezuela o avião da Hainan Airlines que levou para o país caribenho
oito especialistas chineses em problemas respiratórios, bem como um
carregamento com material para ajudar na luta contra a Covid-19. Trata-se do terceiro
voo que liga ambos os países no contexto da emergência sanitária, informa
a TeleSur.
Na recepção aos profissionais
chineses, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Jorge Arreaza,
destacou que «a ajuda humanitária proveniente da China, com médicos
especialistas, peritos e cientistas relacionados com a luta contra a Covid-19,
é a verdadeira ajuda sem intervenção, é a solidariedade da China».
«Em nome do presidente Nicolás
Maduro, em nome do povo da Venezuela, queremos agradecer ao presidente (chinês)
Xi Jinping e ao povo da República Popular da China», disse Arreaza, para
sublinhar em seguida que, «com o conhecimento científico e a experiência que a
China pôde acumular nos últimos meses, sabemos que muitas vidas de venezuelanos
vão ser salvas».
A China reafirmou, esta
segunda-feira, a rejeição das sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos
à Venezuela, tendo exigido à Casa Branca que deixe de se intrometer nas questões
internas do país sul-americano e que apoie os esforços com vista a encontrar
uma «solução pacífica» ali.
Hua Chunying, porta-voz do
Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, disse em conferência de imprensa
que o governo chinês sempre se opôs à violação da soberania da Venezuela por
qualquer força externa, «sob qualquer pretexto», revela a agência Xinhua.
«Instamos todas as partes a dar
prioridade ao bem-estar do povo venezuelano […] e a fazer mais para
salvaguardar a estabilidade da Venezuela e da região», disse.
Hua Chunying afirmou ainda que os
EUA devem respeitar a Carta das Nações Unidas e as normas básicas que regem as
relações internacionais, em resposta à decisão do Departamento de Justiça dos
EUA de processar, por alegada prática de narcoterrorismo, o presidente Nicolás
Maduro e vários outros altos cargos do seu executivo, além de oferecer uma
recompensa de 15 milhões de dólares por «informação que conduza à captura ou
condenação de Maduro».
No início deste mês, a China já
tinha criticado os EUA pela imposição de mais sanções à Venezuela, prejudicando
a saúde pública do povo num momento de propagação da pandemia do coronavírus.
Por seu lado, tanto o Ministério
dos Negócios Estrangeiros como o chefe de Estado da Venezuela têm denunciado o
impacto negativo das medidas punitivas da Casa Branca no desenvolvimento socioeconómico
do país, com particular destaque nos cuidados médicos às populações.
Imagem: Jorge Arreaza afirmou
que, com esta ajuda, «muitas vidas de venezuelanos vão ser salvas» Créditos/
@LeonelTeleSUR
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