Dinis Chan | Plataforma | opinião
A propagação do novo coronavírus
tem acelerado o processo de reordenação de toda a dinâmica mundial. Tal como
durante a Guerra Fria, nós que estamos num ponto de confluência entre a China e
o Ocidente estamos na linha da frente desta nova era.
Nos últimos anos, a
"diplomacia de divisão" tem-se tornado cada vez mais popular,
especialmente em países do Sudeste Asiático que têm de lidar com a pressão do
crescimento dos EUA e da China. Ou seja, estes pequenos países recusam-se a
tomar partido, adotando uma diplomacia um pouco contraditória que, no entanto,
os mantém numa posição ambígua que possibilita retirarem-se a qualquer momento.
No passado, devido ao atraso em
desenvolvimento económico, vários países no sudeste asiático ficaram reduzidos
a colónias do ocidente. No entanto, entre estes existe uma exceção, a
Tailândia. O Reino Unido e a França lutaram por este território, porém acabou
por ser o único país na região a não ser ocupado por forças estrangeiras.
Depois da nova epidemia a
Tailândia não fechou as fronteiras, tornando-se num centro de trânsito global,
já que vive em grande parte do turismo e o descanso e lazer são a fonte de
subsistência.
Embora Macau seja uma cidade
pequena, há muito que mantém um contacto próximo com o sudeste asiático devido
à história e localização geográfica. E ao longo dos últimos anos a cidade tem
também aprendido muito a nível político com esta região. Numa era em que o
mundo está em constante mudança, temos de nos manter firmes, e, talvez, imitar
a atitude tailandesa, o seu otimismo, estabilidade emocional e flexibilidade,
para garantir que Macau continua com o seu dia-a-dia normal.
Sem comentários:
Enviar um comentário