Espanha eleva para 14.555 e
146.690 o total de mortes e casos confirmados, respetivamente. Mais 4.813 pessoas recuperaram nas últimas 24
horas.
Espanha registou esta quarta-feira
mais 757 mortes e 6.180 casos confirmados de infeção por covid-19, anunciou o
Ministério da Saúde daquele país.
No total, registam-se 14.555
mortes e 146.690 casos confirmados em solo espanhol.Na véspera, Espanha tinha registado 743 mortes e 5.478 casos
de covid-19.
Entre as pessoas infetadas,
48.021 já recuperaram. Mais 4.813
recuperaram nas últimas 24 horas.
Espanha é o segundo país com mais
casos confirmados, sendo apenas superado pelos Estados Unidos (400 mil), e
também o segundo com mais mortes, sendo apenas superado por Itália (17 mil).
Ainda assim, o ministério da
saúde de Espanha estima que pelo menos 15 em cada 16 infetados não está
sinalizado como tal, por isso, vai levar a cabo uma campanha massiva de testes
para ter uma imagem mais real da incidência do covid-19 fora dos hospitais.
A maioria dos especialistas são
unânimes ao considerar que o número real de contaminados em Espanha está muito
acima dos números recolhidos pelas autoridades sanitárias e alguns estudos
sugerem até que poderão já haver milhões de infetados, adianta o El País .
Também o número de mortos em
Espanha poderá ser superior que o anunciado, uma vez que os dados de óbitos
registados na Comunidade de Madrid na segunda quinzena de março (9.007) é
superior ao dobro dos registados no ano passado (4.125), de acordo com o
Instituto Nacional de Estatística espanhol, escreve o El País .
Governo permite regresso ao
trabalho a quem não pode fazê-lo a partir de casa
O Governo espanhol decidiu esta
terça-feira que os trabalhadores em atividades não essenciais que não conseguem
trabalhar em casa podem regressar às suas atividades laborais a partir de
segunda-feira, 13 de abril, mas propõe manter o estado de emergência.
O Conselho de Ministros espanhol
também decidiu propor ao parlamento prolongar o estado de emergência em vigor
durante mais duas semanas, de 11 até 25 de abril.
Todos aqueles que trabalham em
casa vão continuar a fazê-lo, mas os que não o podem fazer são autorizados a
deslocar-se, apenas até ao seu local de trabalho, uma medida que esteve
suspensa durante duas semanas.
Esta "medida
excecional" afetou, por exemplo, os trabalhadores em setores como a
construção, que ficaram em casa durante as últimas duas semanas com licença
remunerada, recebendo o respetivo salário normalmente.
Estes trabalhadores terão de
compensar os empregadores, de "forma paulatina", por este período de
inatividade, até ao fim do ano.
A porta-voz do executivo espanhol
e ministra das Finanças, María Jesús Montero, considerou que a medida de
suspensão da atividade económica que termina esta semana "tem sido
extraordinariamente eficaz" e que, a partir de agora, serão tomadas mais
medidas para retomar o resto do trabalho.
Segundo ela, o Governo espanhol
está "a trabalhar em vários cenários e a seu tempo anunciará" essas
medidas, que dependem da evolução da pandemia.
"Serão adotadas à medida que
formos assistindo à diminuição" da pandemia, disse Montero, depois de
sublinhar que o executivo não quer especular sobre o regresso ao trabalho
normal, uma vez que isso dependerá de questões técnicas e científicas. "Estamos
a fazer as coisas com prudência. O que é urgente é tentar voltar ao trabalho
normal na próxima semana", insistiu.
A população vai assim continuar
confinada em casa, podendo apenas deslocar-se para ir trabalhar, aqueles que
não o podem fazer através de teletrabalho, ou para abastecer-se de bens
essenciais.
Governo quer grande acordo
nacional para superar crise
O Governo espanhol lançou esta
terça-feira um apelo a partidos políticos, sindicatos e empresários para que
cheguem a "um grande acordo nacional" para enfrentar a crise causada
pelo novo coronavírus, depois de a pandemia ser controlada a nível sanitário.
"Queremos abrir um horizonte
de colaboração" com todos os atores possíveis, "uma espécie de
concertação social" que nos permita enfrentar os desafios que vão surgir a
médio prazo, afirmou a porta-voz do executivo, María Jesús Montero, numa
conferência de imprensa a seguir ao Conselho de Ministros que aprovou a
proposta de prorrogação até 25 de abril próximo do "estado de emergência"
em Espanha.
Este acordo seria do tipo
daqueles que são conhecidos em Espanha como "Pactos da Moncloa", um
compromisso assinado no palácio com o mesmo nome, que é a sede do Governo,
durante a transição democrática espanhola, em 25 de Outubro de 1977, e que teve
o apoio de partidos, associações empresariais e sindicais, com o objetivo de
procurar estabilizar o processo de transição para o sistema democrático.
María Jesús Montero disse que o
primeiro-ministro, Pedro Sánchez, considera que Espanha "precisa de um
grande acordo", que se pode chamar Pacto da Moncloa ou ter outro nome,
para definir o país que se quer construir.
Diário de Notícias | Imagem: © EPA/Nacho
Izquierdo
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