O chefe do governo britânico foi
diagnosticado com covid-19 a 27 março. No domingo foi hospitalizado, mas devido
ao agravamento do seu estado de saúde foi transferido para os cuidados intensivos.
Reino Unido tem mais de 55 mil
infetados pelo novo coronavírus e o primeiro-ministro Boris Johnson é uma
dessas pessoas. Passou a segunda noite nos cuidados intensivos no Hospital St.
Thomas, em Londres, e está "estável", "confortável",
mantendo-se animado, disse, esta quarta-feira, o ministro da Saúde britânico,
Edward Argar, em declarações à BBC.
Boris Johnson foi diagnisticado
com covid-19 a 27 de março, tendo ficado em isolamento em casa a trabalhar até
domingo, dia em que, por conselho médico, foi hospitalizado por precaução
devido à persistência de sintomas de covid-19, como febre. O seu estado de
saúde agravou-se na segunda-feira, tendo sido transferido para a unidade de
cuidados intensivos, onde recebeu oxigénio, mas não precisou de ficar ligado a um
ventilador..
O ministro dos Negócios
Estrangeiros manifestou confiança na recuperação do chefe de governo. "Se
há uma coisa que eu sei sobre este primeiro-ministro, é que ele é um lutador. E
ele vai estar de volta ao comando, liderando-nos nesta crise dentro de pouco
tempo", disse Dominic Raab na tarde de terça-feira,, durante a
conferência de imprensa diária sobre a evolução da pandemia covid-19 no Reino
Unido.
Raab foi designado para
substituir Boris Johnson, tendo já conduzido, no lugar do primeiro-ministro,
reuniões de combate à crise. O chefe da diplomacia mostrou-se determinado em
cumprir as instruções de Boris Johnson e garantiu que as decisões serão tornadas
coletivamente até que o primeiro-ministro regresse, cujo agravamento dos
sintomas foi inesperado.
"Foi um choque para todos
nós. Ele não é apenas o nosso primeiro-ministro. Para todos no Governo, não é
apenas o nosso chefe, é um colega e é nosso amigo", vincou.
O ministro dos Negócios
Estrangeiros afirmou que na primeira noite nos cuidados intensivos Boris
Johnson recebeu tratamento com oxigénio, mas que respirava sem equipamento
auxiliar, e que não necessitou de ventilador ou de outro tipo apoio respiratório.
Várias figuras públicas e
dirigentes internacionais, como o presidente dos EUA, Donald Trump, desejaram
melhoras ao primeiro-ministro britânico, incluindo o homólogo português,
António Costa, que na terça-feira enviou votos de "rápida e total recuperação"
através de uma mensagem na rede social Twitter.
A rainha Isabel II, enviou uma
mensagem à namorada do primeiro-ministro, Carrie Symonds, e à restante família
Johnson, dizendo que "eles estavam nos seus pensamentos e que ela desejava
ao primeiro-ministro uma recuperação completa e rápida". A rainha tem sido
informada sobre a evolução do estado de saúde do primeiro-ministro.
Diário de Notícias
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