Daniel Oliveira * | TSF | opinião
O 25 de Abril "não é uma
festa, não é uma rave para onde vão fazer uma patuscada" e, sendo
"trabalho" e havendo "condições de segurança", deve
acontecer. Daniel Oliveira, no habitual espaço de opinião na TSF, considera a
polémica "absurda", já que o Parlamento está "há dois meses a
funcionar com comissões, deputados e votações em plenário".
"A sessão que está a ser
preparada não é muito diferente de uma sessão normal do Parlamento" e
trata-se de "menos de 130 pessoas num lugar onde há um ano estiveram
700". Daniel Oliveira sublinha que "no plenário vão estar menos
pessoas do que estiveram na votação do estado de emergência e as mesmas pessoas
que estão uma vez por semana" e nas galerias "poucas dezenas de
pessoas espalhados por um espaço que deve ter lugar para mais de 400
pessoas".
Como tal, o jornalista acredita
que "estão garantidas todas as indicações que DGS recomenda" e, desta
forma, "seria estranho que o Parlamento funcionasse todos os dias, que o
plenário reunisse uma vez por semana e apenas não o pudesse fazer no dia 25 de
Abril, criando uma espécie de regime de exceção para esta data".
"Não sei se CDS, que foi
quem levantou mais problemas, se sentiu mais seguro quando estava a votar os
três estados de emergência do que se vai sentir no sábado, a não ser que o
vírus distinga datas ou ordens de trabalho", ironiza.
O comentador reitera que se trata
de um "dever, de trabalho", frisando que "os deputados não estão
em lay-off, estão a receber o seu salário por inteiro" e "têm mais
condições do que quem está, em geral, a trabalhar".
Sobre os populismos, Daniel
Oliveira sublinhou que "as instituições não podem andar ao sopro de
movimentos populistas ou de pessoas que disseram que devia ser adiado para o 25
de novembro", considerando que "quem faz esta propostas tem razões
que provavelmente não são sanitárias".
*Texto de Inês André Figueiredo
Áudio TSF: Ouça a opinião de Daniel Oliveira na íntegra
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