sábado, 9 de maio de 2020

EUA | FRACO CONTROLO DA PANDEMIA


No passado dia 3 de maio, a pandemia nos EUA atingiu mais de um milhão de casos confirmados, ou seja, um terço do número total global, e o número continua a crescer.

David Chan | Plataforma | opinião

A situação está fora do controlo no país e a população está a revoltar-se contra o governo de Trump pela sua incompetência. A implementação do isolamento social só veio aumentar ainda mais este descontentamento, com protestos a serem organizados em vários estados. Em termos internacionais a situação também não é a melhor, à medida que vários países analisam a origem do vírus e encontram provas da possibilidade de este não ter surgido na China, as críticas ao país continuam. As guarnições militares fora dos EUA foram constantemente provocadas, houve vários reajustes estratégicos, recrutamentos militares e evacuação de nacionais americanos no estrangeiro para atrair a atenção do mundo.

Por um lado, esta estratégia veio reforçar a propaganda de que o vírus teve origem num laboratório em Wuhan, por outro lado veio mobilizar as forças militares. No final do mês de abril o secretário da Defesa americano anunciou o estabelecimento de uma ala secreta no Pentágono para uso contra a epidemia, porém, de seguida, o porta-aviões USS Harry S. Truman atracou em solo nacional e foi ordenado o regresso da 82ª Divisão Aerotransportada americana para uma série de exercícios enquanto o país falhava no controlo do vírus. Ao mesmo tempo que os protestos da população continuavam a crescer, foi criada esta ala secreta, que poderá ser usada pelo exército para combater a violência e protestos caso o surto fique fora de controlo, mantendo-se ainda claramente a hipótese de ser iniciada uma guerra internacional para aliviar esta pressão nacional.

A base militar Cheyenne Mountain, que durante anteriores epidemias foi utilizada como um "bunker", estará sob a liderança do Comando Norte dos Estados Unidos. Estes dois modelos militares mostram o nível de preparação dos EUA na eventualidade de uma epidemia ou guerra, e a probabilidade de o país iniciar uma após a situação nacional melhorar, demonstrando a força militar ao resto do mundo. Caso a epidemia não seja controlada, também não significa que esta estratégia de guerra não será utilizada, trata-se apenas de uma questão de tempo.

Sem comentários:

Mais lidas da semana