DIREITO DE RECIPROCIDADE!
Martinho Júnior, Luanda
Quando se vão abrir os arquivos
do SIRP em relação a Angola e a alguns dos contenciosos que estão a ser
considerados críticos sobre Angola?
Quando se vão abrir os arquivos
da NATO em relação às suas operações encobertas?
Quando o Pentágono abre seus
arquivos em relação a África?
Esta “reciprocidade” é tanto mais
legítima quanto as insidiosas campanhas contra o estado angolano, de república
em república, passa por este “eixo” de campanha, em plena campanha contra a IVª
república!
O actual governo português tem
responsabilidades nessas campanhas!
Constatem esta notícia
"VOAdora" (deveria ter direitos de autor)! (MJ)
"É preciso abrir os arquivos
da DISA", diz dirigente da Fundação 27 de Maio
Os arquivos da antiga polícia
secreta angolana DISA devem ser abertos para que se possa investigar o que se
passou no 27 de Maio de 1997 quando confrontos em Luanda acabaram por resultar
na prisão e morte de dezenas de milhares de pessoas, disse o general Silva
Mateus, da Fundação 27 de Maio.
Silva Mateus acrescentou que a
sua organização considera “incontornável”, a identificação dos responsáveis
pelos massacres, bem como os seus mandantes “para que sejam conhecidos por
todos”.
Para esse efeito, afirmou, “é
preciso que se abram os arquivos da DISA”.
As declarações do general surgem
depois de membros da Comissão para Reconciliação em Memória das Vítimas de
Conflitos Políticos em Angola terem admitido haver “um longo caminho a
percorrer” até se obterem consensos para a conclusão do processo de perdão e
reconciliação dos angolanos.
O ministro da Justiça e dos
Direitos Humanos de Angola, Francisco Queiroz, reconheceu, recentemente,
tratar-se de "um assunto muito sensível, que mexe com sentimentos profundos
de dor e mágoas".
A representante da UNITA no Grupo
Técnico e Científico da Comissão, Clarisse Kaputo, declarou à VOA que a
identificação dos locais onde foram enterradas as vítimas é a base para que se
possam realizar os “funerais condignos”.
“Toda a gente está interessada em
ouvir desse organismo quais são os trâmites para que os lesados possam
encontrar a paz de espírito mas também para, pelo menos, homenagearem os seus
parentes, fazendo o seu processo de luto condigno e também um perdão condigno”,
defendeu a dirigente da UNITA.
A Comissão de Reconciliação em
Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos foi criada pelo Presidente João
Lourenço com o objetivo de se estabelecer “as bases de consolidação da paz e da
reconciliação, unir os angolanos e afastar os fantasmas que ainda ensombram o
passado recente de Angola”.
A comissão elaborou um Plano de
Reconciliação que prevê a construção de um memorial único para todas as vítimas
dos conflitos políticos registados no país, a ser erguido em Luanda, na encosta
da Boavista, município do Sambizanga.
Venâncio Rodrigues | VOA - Voz da América
Imagens: 1- General Silva Mateus: 2 - Instrumento de tortura usado pelos agentes da DISA
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