Martinho Júnior, Luanda
A
SIC PROCURA REDUZIR ANGOLA À PEQUENEZ MENTAL DA SUA PRÓPRIA INSTRUMENTALIZAÇÃO. O
BILDERBERG E OUTROS DEMAIS, OBRIGAM-NA!
A
crónica de João de Melo inocenta a SIC colocando-a como vítima duma fraude,
quando a SIC, órgão da Impresa do “liberal todo-o-terreno” Francisco
Pinto Balsemão, conhece a deontologia por que se rege o jornalismo e de há
muito que tem tudo, menos inocência! (https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Pinto_Balsem%C3%A3o; https://www.rtp.pt/noticias/politica/balsemao-deixa-exclusivo-bilderberg-e-passa-testemunho-a-durao_n832050; https://observador.pt/2018/11/09/junta-11-banqueiros-milionarios-e-empresarios-balsemao-vai-criar-clube-bilderberg-a-portuguesa/).
Em
relação a Angola a SIC é useira e vezeira nas “cantigas de escárnio e
maldizer”: há uns poucos anos atrás foi a redução de Angola a uma Tchavola,
depois reportagens cm dilkects mercenários da escrita e da imagem, (https://sicnoticias.pt/programas/reportagemsic/2016-11-17-Angola-um-pais-rico-com-20-milhoes-de-pobres-1)
esquecendo-se sempre, deliberadamente, das implicações portuguesas, longínquas
e próximas, quer durante os anos do “arco de governação”, quer agora com
a “geringonça”, no estado em
que Angola ainda hoje está!
A
SIC jamais investigou a seu tempo, um Ministro da Educação como Burity da Silva
e “suas obras”, apesar das muitas denúncias que foram até hoje feitas
publicamente (via Facebook) pelo Editor e Livreiro em Angola, o camarada
António Jorge, que conhece na profundidade as razões causais do estado da
educação e, por tabela, dos vínculos internacionais e em Portugal desse
ex-Ministro e dos que com ele entraram na coluna de longa marcha dos
corruptos!... (https://www.facebook.com/profile.php?id=100011747712999).
Então
a SIC, alia-se até pela omissão à corrupção, passando a ser parte da corrupção
para depois fazer os aproveitamentos do interesse e da conveniência do
Bilderberg, da guerra psicológica da NATO e d AFRICM, da aristocracia
financeira mundial, ao serviço de quem está como um dos órgãos fazedores de
opinião da Impresa, marginalizando por completo os contraditórios que lhe são
justamente críticos, por muita matéria que eles tenham em sua experiente e
vivida posse!
A
própria Kassanjada é disso exemplo!... (https://sicnoticias.pt/programas/investigacao-sic/2020-07-28-Os-meninos-de-Kassanje?fbclid=IwAR0sJekukLR9Oh81S8A0mTLiQ2uDXyAK2ziNAjk6Q0OOttQO9LUIehJmjr0; http://m.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/sociedade/2020/6/31/Activistas-denunciam-fraude-video-sobre-criancas-desnutridas,6a7ee5a7-ae48-4f7a-9e48-9c26a8501d5b.html?fbclid=IwAR1n_uUNiuq7ef_VUn7y30s4pLbqfD5142WH2bO-PP12h65zvKygHQ_OOFI; https://www.facebook.com/laura.macedo.391).
Fá-lo
isso com braços longos em Angola!... (https://jornalf8.net/2017/sao-milhares-os-escravos-abandonados-tchavola/).
Ao
inocentar a SIC, o jornalista de opinião do Jornal de Angola corre o risco de
também “comer gato por lebre”, o que ao seu nível e tendo em conta a
irrepreensível figura histórica do seu próprio pai, o camarada Aníbal de Melo,
não vai em abono!... (https://www.ciam.gov.ao/patrono.php).
Será
que o jornalista João de Melo pretende apagar a história, como faz a SIC que
inocenta, substituindo a história pela visão mercenária de tão
manipulados “direitos humanos” estipulados ao nível do National
Endowment for Democracy, (https://www.ned.org/region/africa/angola-2019/)
instrumento da CIA (https://www.voltairenet.org/article192992.html) e do
AFRICOM? (https://www.africom.mil/; https://www.africom.mil/about-the-command/leadership/deputy-to-the-commander-for-civil-military-en; https://www.africom.mil/about-the-command/directorates-and-staff/j2---intelligence; https://www.africom.mil/about-the-command/directorates-and-staff/interagency-staff).
A
SIC faz um trabalho em estreita consonância com a National Endowment for
Democracy, desde a criação do NED pela administração republicana de Ronald
Reagan, ou seja precisamente na altura em que Savimbi passou a
ser um dos dilectos “campeões”, (https://fpif.org/jonas_savimbi_washingtons_freedom_fighter_africas_terrorist/; https://www.latimes.com/archives/la-xpm-2002-mar-11-oe-gleijeses11-story.html; https://deborahnormansoprano.com/novosti-i-obschestvo/72488-zhonash-savimbi-borec-za-svobodu-angoly.html)
ao nível dos Contras da Nicarágua e de Bin Laden (Al Qaeda) no Afeganistão,
precisamente na altura em que em Portugal o sucedâneo do golpe do 25 de
Novembro de 1975, o “arco de governação”, repescando em novos moldes o
Exercício Alcora, passou a a ser fluente à manobra da CIA, ao nível dos seus
“presidenciáveis! (https://aventar.eu/2010/12/19/contos-proibidos-o-ficheiro/; http://revolucaoedemocracia.blogspot.com/2013/05/o-financiamento-da-cia-ao-ps-documento.html; http://africandar.blogspot.com/2006/09/soares-e-savimbi.html; http://jornaldeangola.sapo.ao/reportagem/unita_pagou_abastecimentos_com_tres_mil_toneladas_de_marfim).
Não
pretendo com isso juntá-lo aos mercenários da escrita que pululam na “praça
jornalística” de Angola, nem a outro tipo de mercenários, como alguns
activistas ao serviço de malparadas ONG que vêm de longe, alguns com a
caridadezinha do costume colonial, mas também tenho dificuldade em juntá-lo ao
cada vez mais reduzido grupo de patriotas, daqueles que honrando o passado e a
nossa história, reconhecendo por experiência própria o estado de
subdesenvolvimento crónico em que ainda se encontra o povo angolano, têm a
obrigação de reconhecer também os esforços que vão sendo feitos para realizar o
imenso resgate de vida que nos obriga a todos!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/07/memoria-quatro-dum-sempre-actual.html; https://paginaglobal.blogspot.com/2020/07/memoria-cinco-dum-sempre-actual.html).
Pelos
vistos o próprio Jornal de Angola tem espaços (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/08/o-jornal-de-angola-torna-se-marroquino.html)
que não abandonam a luta nos parâmetros históricos e antropológicos que ela nos
deve determinar e determinar a todas as actuais sensibilidades sociopolíticas
angolanas correntes: incentivar aqueles que resgatam Angola do
subdesenvolvimento, em especial quando é o homem que passa a ser o centro de
todas as atenções, conforme à memória e aos ensinamentos de António Agostinho
Neto, quando reafirmava que “o mais importante é resolver os problemas do
povo”… de todos os povos da África Austral! (https://pgl.gal/agostinho-neto-poeta-medico-politico-angolano/).
Martinho
Júnior -- Luanda,
5 de Agosto de 2020
Imagens:
01- Henry Kissinger, o mesmo da Operação Iafeature contra Angola (1975), foi um dos Directores do National Endowment for Demcracy, tal como Frank Charles Carlucci - Things are nonetheless no more transparent. Most high officials that have played a central role in the National Security Council have been NED directors. Such are the examples of Henry Kissinger, Franck Carlucci, Zbigniew Brzezinski, or even Paul Wolfowitz; personalities that will not remain in history as idealists of democracy, but as cynical strategists of violence. – https://www.voltairenet.org/article192992.html;
02/02-
Duas páginas da “National Security Decision Directive 77” – Impact
of NSDD 77 on Reagan's foreign policy[edit] – Though
not specifically outlined in NSDD 77, there were a number of sub-groups and
departments tasked with employing tactics in line with guidance included in
NSDD 77. One of the most notorious was the Office of Public Diplomacy for
Latin American and the Caribbean (S/LPD or ARA/LPD), a group in existence prior
to the release of NSDD 77 and under the leadership of former CIA propaganda
specialist, Walter Raymond, and Lieutenant Colonel Oliver North in the National Security Council.
Managed by Otto Reich, this task force worked with
the CIA and U.S. Army to create "white propaganda" intended to
influence Congressional and public opinion into the continued funding of
Reagan's campaign against the Sandinista government of Nicaragua.
Reich and his group met with dozens of journalists and reporters during 1984
and 1985, intending to keep them on message with developments in Nicaragua.
This inter-agency working group was instrumental in fundraising efforts and
fund transfers between private groups and the Democratic Resistance in
Nicaragua.[9] The group was disbanded after a September 20, 1987
Iran Contra investigation report in which the Comptroller General discovered
S/LPD violated numerous funding restrictions including the use of federal
dollars to fund a non-authorized propaganda campaign.[10] NSDD-77 also formalized the process for launching
various initiatives that President Reagan and his supporters had been
socializing since his inauguration including "Project Democracy" and
the National Endowment for
Democracy. These initiatives showcased the political action arm of public
diplomacy, underscoring again Reagan's commitment to the spread of democratic
ideals worldwide.[3] NSDD-77 propelled numerous agencies throughout the
U.S. government to aid in the collapse of the Soviet Empire and the emergence
of open societies. Executive branch oversight of these information dissemination
strategies insured engagement from high-ranking officials throughout the
government and civilian sectors. – https://en.wikipedia.org/wiki/National_Security_Decision_Directive_77
03-
Savimbi, “freedom fighter” de Ronald Reagan – https://fpif.org/jonas_savimbi_washingtons_freedom_fighter_africas_terrorist/; https://www.latimes.com/archives/la-xpm-2002-mar-11-oe-gleijeses11-story.html; https://deborahnormansoprano.com/novosti-i-obschestvo/72488-zhonash-savimbi-borec-za-svobodu-angoly.html.
Junto
a opinião do jornalista João de Melo no Jornal de Angola de 5 de Agosto de
2020.
A
SIC caiu numa “kassanjada”
João
Melo*
“As
imagens da reportagem ´Os meninos de Kassanje´ transmitidas pelo canal de
televisão português SIC [no passado dia 28 de julho] foram (...) um embuste
usado pela associação Pedacinho do Céu para angariação de donativos de forma
ilícita.
Quem
o afirma são duas activistas directamente envolvidas [após a exibição da
reportagem] no resgate de quatro crianças (...), com a assistência do Instituto
Nacional de Emergência Médica de Angola e com o envolvimento da Direcção
Nacional de Saúde (...).
Para Laura Macedo e Maria Helena Victória Pereira (...),´as crianças tinham sido recolhidas momentaneamente das casas das suas famílias e colocadas num local para que pudessem fazer o vídeo´.
Após a realização do vídeo, ´as crianças voltaram para junto dos seus familiares, onde habitam, não se encontrando nenhum órfão no processo´, afirmaram, esclarecendo que as quatro crianças resgatadas estavam com as respectivas famílias nos bairros Cassaca 2 e Zango.
- Podemos afirmar que quatro das crianças estão a ser observadas nos hospitais já referidos sob tutela das autoridades sanitárias e acompanhadas por familiares directos´, declararam as activistas.
Laura Macedo contou que foi contactada pela SIC[após a exibição da reportagem e da consequente reacção das autoridades angolanas, que solicitaram informações à emissora portuguesa para poderem socorrer as crianças], que lhe forneceu o número de Helder da Silva, de forma a encontrar a localização das crianças para obterem a ajuda necessária.
- Nesse seguimento, eu, Laura Macedo, entrei em contacto com várias entidades governamentais, de forma a obter o apoio necessário para o resgate das crianças´.
Questionada pela LUSA, Laura Macedo considerou que se tratou de ´uma tentativa de fraude realizada em Portugal´, já que não foi feito qualquer pedido de ajuda ou apelo junto das autoridades angolanas.
- As crianças são angolanas, nós somos angolanos, mas o apelo feito pelo sr. Helder é para os portugueses, a fraude vem de Portugal, alegadamente de uma senhora que se chama Fátima (da associação Pedacinho do Céu), que, segundo Helder Silva, coordenou toda esta operação´, disse Laura Macedo.
- A nossa percepção é que houve uma manipulação´, no sentido de ´montar esta encenação, acrescentou Maria Helena Pereira.
(...)
Também uma fonte do Ministério da Família e Promoção da Mulher (MASFAMU) considera que se trata de uma tentativa de fraude, depois de uma delegação multissectorial ter estado no Bairro da Estalagem, em Viana [igualmente após a transmissão da reportagem], onde não encontrou qualquer vestígio das crianças.”
Todo o trecho usado até aqui corresponde à reprodução parcial e ipis verbis de um artigo do semanário angolano Novo Jornal, citando duas activistas sociais locais. Sublinhe-se que o Novo Jornal é um semanário privado cujo profissionalismo e independência não podem ser questionados, sendo aquilo que se pode chamar um “meio de referência”. Quanto às duas activistas que fizeram a denúncia da manipulação da associação Pedacinho do Céu, basta acompanhar as suas redes sociais para constatar que não morrem de amores pelo atual Governo angolano.
Ou seja, a SIC caiu numa “kassanjada”.
Da leitura do artigo, podemos inferir todo o processo que levou o canal português a veicular a reportagem “Os meninos de Kassanje”. Possivelmente, a estação recebeu uma denúncia da associação Pedacinho do Céu, com sede em Olhão, que lhe deu o contacto do seu funcionário em Angola, Helder Silva. Este preparou as condições para o efeito, “esquecendo-se” de uma delas, que, em jornalismo, é fundamental: contactar “o outro lado”. Quem viu a reportagem constatou que a SIC não ouviu ninguém ligado às instituições que lidam com este tipo de assuntos e muito menos às autoridades locais.
Mais grave: segundo as duas activistas, as crianças mostradas na reportagem vivem com as suas famílias, tendo sido reunidas num barracão, como se estivessem abandonadas, apenas “para o boneco”. Acresce que as próprias imagens foram produzidas e enviadas pelo funcionário da Pedacinho do Céu. Se tudo isso não é manipulação, então os trumpistas e bolsonaristas têm razão: “a Terra é plana”.
Só faltou passar o rodapé com o IBAN da associação Pedacinho do Céu, para a recolha de donativos, a fim de ajudar “os pretitos angolanos”.
Duas notas finais: a primeira para assinalar que problema da fome e da subnutrição infantil em Angola é real e gravíssimo, mas não se resolve com estas encenações de mau gosto, disfarçadas de caridade e “jornalismo” denuncista; a segunda para elogiar as duas activistas, que fizeram o seu trabalho de maneira independente e patriótica, demonstrando que é possível ser crítico – e até, quem o quiser, opositor -, sem sofrer de complexo de vira-lata ou ter mentalidade de cachico.
*Jornalista
e escritor
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