As
autoridades portuguesas têm já identificadas as pessoas essenciais para
regressarem a Angola e reatarem os projectos prioritários, suspensos devido à
pandemia da Covid-19.
Apesar
da pandemia da Covid-19 que afecta o mundo, o embaixador de Portugal, Pedro
Pessoa e Costa, defende o regresso a Angola de empresários daquele país que
trabalham em projectos prioritários para o Governo. Pedro Pessoa e Costa,
que falava ontem, à imprensa, no final de um encontro com o Presidente da
Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, adiantou que a
Embaixada está a trabalhar com empresários portugueses na identificação dos que
devem regressar ao país.
“As
empresas portuguesas fazem um tipo de negócio de maneira especial relacionada
com formação e capacitação. Fazem verdadeiras alianças com os países. Temos
sinalizadas algumas pessoas que são importantes integrarem equipas com
projectos prioritários”, disse.
“As
pessoas têm de regressar, naturalmente cumprindo todas as regras em vigor, no
que diz respeito à apresentação de testes a quarentena para retomaram aquilo
que ficou praticamente numa pausa por causa desta dificuldade que estamos a
viver, relacionada à pandemia”, defendeu o embaixador, para quem é preciso que
as pessoas se adaptem à situação actual.
Portugal
é um dos parceiros comerciais de Angola, com forte presença de empresas nos
sectores da construção, banca, exportação de produtos alimentares e bebidas. Já
Angola é um dos principais investidores em Portugal, com actividades que vão
desde a energia às telecomunicações e banca.
O
Presidente da República, João Lourenço, considerou, em Junho, que o contínuo
estreitamento das relações de amizade e de cooperação entre Angola e Portugal
favorecerá a concretização das várias iniciativas e projectos de interesse
mútuo.
O
Chefe de Estado, que fez esta afirmação numa mensagem ao homólogo português,
Marcelo Rebelo de Sousa, a felicitá-lo pelo Dia de Portugal, acrescentou
que estas iniciativas e projectos vão ajudar a impulsionar o desenvolvimento de
Angola e a consolidação das realizações de Portugal, em todos os domínios da
vida nacional daquele país europeu.
Impacto
da Covid-19 nas relações bilaterais
O
embaixador Pedro Pessoa e Costa espera que as relações entre Portugal e Angola
não sejam muito afectadas pela pandemia da Covid-19. “As relações de outro
tipo - que não sejam aquelas estabelecidas entre os dois Estados - podem ter
alguns sinais na parte comercial e na circulação de pessoas”, admitiu o
diplomata, no final de um encontro com o presidente da Assembleia Nacional,
Fernando da Piedade Dias dos Santos.
O
que se pretende, segundo Pedro Pessoa e Costa, é que a relação comercial não
seja muito afectada pela pandemia. Em Junho, aquando da sua acreditação, o
embaixador português já havia admitido que o impacto da pandemia “é
preocupante” do ponto de vista empresarial, mas sublinhou que os dois países
partilham a “vontade de trabalhar em conjunto no presente e no futuro”.
De
resto, durante o encontro com o presidente da Assembleia Nacional, foram
trocadas impressões sobre as relações entre os dois países. “Saio com a certeza
de que as relações bilaterais estão muito bem, recomendam-se e podem, também,
ser melhoradas”, sublinhou.
Quanto
à relação parlamentar, Pedro Pessoa Costa disse que “está muito bem”, baseia-se
nas relações pessoais e há possibilidade de melhorar ainda mais. “Estamos muito
bem, podemos estar melhor e podemos fazer mais algumas coisas nesse sentido”,
afirmou.
Adelina
Inácio | Jornal de Angola
Imagem:
Presidente da Assembleia Nacional recebeu, em audiência, embaixador Pedro Pessoa
e Costa // Kindala Manuel | Edições Novembro
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