A associação SOS Racismo
apresentou queixa ao Ministério Público após uma manifestação de
extrema-direita em frente à sua sede, em Lisboa, no passado fim de semana. Os
manifestantes são acusados pela associação anti-racista de ameaças e ofensas à
integridade física.
A SOS Racismo, avança o jornal
"Público", acusa os alegados membros do grupo Resistência Nacional,
que reúne militantes da Nova Ordem Social, Partido Nacional Renovador e dos
Portugal Hammer Skins, de incitar ao ódio e à violência.
Através de uma publicação de
Facebook, o grupo de extrema-direita alega que se manifestou contra o
"racismo anti-nacional" e homenageou os "polícias mortos".
Algumas imagens do alegado protesto já circulam nas redes sociais com pessoas
vestidas de preto, tapadas com máscaras brancas e munidas de tochas. Uma visão
que levou a SOS Racismo a classificar a manifestação do passado fim de semana
de "parada militar à moda de Ku Klux Klan" (organização com origem
nos Estados Unidos e que defende ideias como a supremacia branca, o
nacionalismo e o antissemitismo).
Em julho, a sede da SOS Racismo
foi vandalizada com uma frase escrita na parede do edifício: "Guerra aos
inimigos da minha terra". Um episódio que Mamadou Ba considera estar
relacionado com a manifestação deste fim de semana. "Elegerem uma
organização anti-racista como alvo a abater, fazer ameaças de morte e, não
contentes, fazerem uma parada militar à moda de Ku Klux Klan ultrapassa todos
os limites do confronto ideológico", disse em entrevista o dirigente da
SOS Racismo.
Jornal de Notícias | Imagem: Nazis-Racistas mascarados. João, Twitter
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