É o que defende o secretário do
Alto Comissariado para a Covid-19 na Guiné-Bissau. Novos casos da doença no
país parecem estar a "estabilizar", mas Plácido Cardoso afirma que os
esforços devem prosseguir.
"Efetivamente pelos números
que temos vindo a partilhar e temos analisado, parece que está a estabilizar,
porque a variação de novos casos não é discrepante de uma semana para a
outra", afirmou esta segunda-feira (14.09), em Bissau, o secretário do
Alto Comissariado para a Covid-19 na Guiné-Bissau, quando questionado sobre a
evolução da doença no país.
A Guiné-Bissau registou nas
últimas nove semanas uma variação entre 51 e 28 novos casos semanais. "Mas
isso não quer dizer que estejamos no fim da pandemia. São situações que
continuam a merecer a nossa atenção e preocupação, porque também estamos a ter
ações e a refletir sobre essa evolução para melhor a compreendermos",
alertou Plácido Cardoso, que também é médico.
Para o representante da equipa
guineense de combate à Covid-19, é preciso continuar a exortar as pessoas para
o cumprimento das normas, nomeadamente o uso obrigatório de máscara,
distanciamento e lavagem frequente das mãos. "Ainda é muito cedo para
pensarmos que devemos baixar a guarda", salientou.
Novos casos
Os dados divulgados esta
segunda-feira pelo Alto Comissariado para a Covid-19 indicam que foram
registados no país 28 novos casos e que há um total acumulado de 2.303. O
número de recuperados subiu para 1.472 e há registo de 39 vítimas mortais.
Questionado pela agência de
notícias Lusa sobre o aumento dos testes junto da população, o médico guineense
disse que é uma das prioridades do Alto Comissariado.
"Só testando mais e mais
podemos ter a ideia e os elementos epidemiológicos sobre o estado das
populações. Testamos menos 20.000 e o nosso objetivo é aumentarmos",
afirmou.
Testes no país
O secretário do Alto Comissariado
para a Covid-19 disse também que atualmente quatro regiões, além de Bissau, já
estão a realizar testes.
"Mas o nosso objetivo é
criar condições para haver mais postos de testagem não só em Bissau, como nas
restantes regiões sanitárias do país", disse.
A Guiné-Bissau já realiza testes
gratuitos para viajantes, mas vai também começar a testar de forma maciça
grávidas, pessoas com mais de 60 anos de idade e portadores de doenças
crónicas, disse.
Deutsche Welle | Lusa
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