quinta-feira, 26 de março de 2020

“Os portugueses residentes em Timor-Leste estão a viver uma situação insustentável”


Docente que está em Timor fala em “sentimento geral de hostilização dos cidadãos estrangeiros, com consequências imprevisíveis em situação de natural alastramento da covid-19 em Timor-Leste”. Ramos-Horta já pediu desculpa aos cidadãos estrangeiros.

Uma professora portuguesa colocada em Timor-Leste escreveu uma carta à Federação Nacional dos Professores (Fenprof) em que afirma que “os portugueses residentes em Timor estão a viver uma situação insustentável” com a chegada da covid-19 ao país.

O PÚBLICO tem também recebido nos últimos dias relatos de familiares de professores em Timor em que são referidas grandes preocupações entre os portugueses que trabalham naquele país que, tal como outros cidadãos estrangeiros, continuam a ver alvo de ofensas, sendo acusados por alguns timorenses de serem responsáveis pela chegada da pandemia covid-19 ao país, onde está agora está confirmado apenas um caso.

Na quarta-feira, na sua conta Facebook, o prémio Nobel da Paz e ex-presidente de Timor, José Ramos-Horta, pediu desculpas, como cidadão de Timor-Leste, pelas críticas que alguns compatriotas têm feito contra os cidadãos e agências estrangeiras, incluindo a ONU, presentes no país.

“Peço desculpas a todos os nossos hóspedes que trabalham nesta terra amada quando algum timorense vos desrespeita. Como cidadão de Timor-Leste curvo-me, baixo a cabeça, e peço-vos desculpas”, escreveu.

Na carta que enviou à Fenprof, a professora portuguesa em Timor, que pediu o anonimato mas autorizou a revelação da missiva, diz que “perante o agravamento da pandemia de covid-19, e respectiva chegada ao território de Timor-Leste, os portugueses cooperantes aqui residentes, em desempenho de funções docentes, vêm manifestando, utilizando os canais hierárquicos estabelecidos, a vontade de ser repatriados até à conclusão da crise actual”.

Alemanha regista quase 200 mortes por covid-19


Segundo dados da página oficial do Instituto Robert Koch, entidade responsável pela prevenção e controlo de doenças, o país confirma 36.508 infetados, com um crescimento de 4.954 face ao dia anterior.

A Alemanha anunciou esta quinta-feira um aumento de 44 vítimas mortais da covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 198 o número total de mortos, ainda assim uma baixa taxa de letalidade se comparada com outros países.

Segundo dados da página oficial do Instituto Robert Koch, entidade responsável pela prevenção e controlo de doenças, o país confirma 36.508 infetados, com um crescimento de 4.954 face ao dia anterior.

As regiões da Baviera, Renânia do Norte-Vestefália, e Bade-Vurtemberga continuam a ser os mais afetados, com 7.993, 7.924 e 7.283 casos respetivamente.

O Bundestag (câmara baixa do parlamento alemão) aprovou esta quarta-feira um pacote de medidas de apoio à economia, o maior desde a II Guerra Mundial, com um volume total de 750 mil milhões de euros para ajudar a enfrentar os efeitos da pandemia covid-19.

O novo coronavírus, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Expresso | Lusa

Covid-19 | Hospitais públicos britânicos enfrentam "tsunami contínuo" de casos graves


No Reino Unido, há quase 10 mil pessoas infetadas e 463 morreram

Quem o admite é um dos responsáveis pelo sistema de saúde público britânico. Chris Hopson do NHS Providers, revelou também que há um número "sem precedentes" de funcionários infetados ou isolados nos hospitais públicos de Londres.​​​​

Os hospitais públicos de Londres estão enfrentar um "tsunami contínuo" de pacientes graves doentes com covid-19, ao mesmo tempo que estão a sofrer com uma proporção "sem precedentes" de funcionários infetados ou isolados, revelou esta quinta-feira um responsável do sistema de saúde público britânico.

O diretor executivo do NHS Providers, Chris Hopson disse à BBC Radio 4 que tem estado em contacto com diretores de hospitais e o que estes estão a relatar é que a capacidade adicional criada nas últimas semanas está a ser ocupada rapidamente.

"O que eles nos disseram é que passaram duas semanas a aumentar de forma maciça a capacidade dos cuidados intensivos, entre cinco a sete vez mais", relatou, mas que nos últimos dias têm assistido a "explosão de procura" por pacientes em estado grave.

"Dizem que é o número de pacientes a chegar, à velocidade que estão a chegar, e a forma como estão doentes, vaga atrás de vaga atrás de vaga. A expressão usada é um 'tsunami contínuo'",  descreveu.

Morreram 662 pessoas em Itália nas últimas 24 horas. Total supera 8 mil


O país já registou mais de 80 mil casos de infeção

De acordo com os dados divulgados pela proteção civil italiana e que dizem respeito às últimas 24 horas, foram registadas mais 662 mortes em Itália por causa da Covid-19. 

O número total de pessoas que já morreram no país desde o início da pandemia é de 8.165. Segundo o Corriere della Sera, foram diagnosticados mais 6.153 casos de infeção, subindo o total para 80.539 desde o início do surto. 

Com o balanço desta quarta-feira verifica-se uma descida no número de mortos, face aos registados esta quarta-feira. No entanto, o número de novos casos de infeção subiu, contrariando a tendência de descida reportada nos dias anteriores.

Quase mil pessoas recuperaram da doença nas últimas 24 horas, o que significa que no total 10.361 pessoas já foram curadas em Itália. 

Entre as pessoas infetadas, 3.612 encontram-se nos cuidados intensivos. 

Na Lombardia foram registados quase metade dos casos de infeção, 34.889 desde o início da pandemia. Desde ontem, foram detetados mais de 2.500 novos casos nesta região italiana. A Emilia-Romagna é a segunda região mais atingida, tendo sido já diagnosticados quase 11 mil casos de infeção. 

Fábio Nunes | Notícias ao Minuto | Imagem: © Getty Images

[Notícia atualizada às 17h24]

Covid-19: Governantes franceses alvos de queixas-crime na gestão da crise


O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, o atual e a ex-ministra da Saúde, Olivier Véran e Agnes Buzin, são alvo de queixas-crime coletivas e individuais, por alegadamente colocarem em risco a vida de terceiros e de homicídio involuntário.

Segundo apurou a rádio Franceinfo na quarta-feira, o número de queixas contra os governantes já vai formalmente em cinco, com uma sexta a ser apresentada nos próximos dias por um paciente da região parisiense, a quem foi diagnosticada a doença covid-19.

Na sua fundamentação, os queixosos alegam que os governantes colocaram em perigo a vida de terceiros, não prestaram assistência a pessoas em perigo, e referem mesmo o crime de homicídio involuntário.

As queixas invocam ainda o artigo 223-7 do Código Penal francês, onde está explicito que alguém que se "abstenha voluntariamente de tomar medidas que permitam combater um sinistro natural" e que isso ponha em perigo a segurança de outras pessoas arrisca até dois anos de prisão e 30 mil euros de multa.

Uma destas queixas foi apresentada pelo coletivo 'C19', que reúne cerca de 600 médicos, e que acusa o primeiro-ministro e a ex-ministra da Saúde de "mentira de Estado" por não terem preparado devidamente o país para a pandemia, apesar de saberem o que estava para acontecer.

Esta queixa é apoiada por uma petição 'online' que já reuniu quase 240 mil assinaturas.

A França tem atualmente 25.233 casos declarados da pandemia covid-19 e regista 1.331 mortos em consequência do novo coronavírus.

Notícias ao Minuto | Lusa

Espanha regista mais 655 mortos nas últimas 24 horas


Número de casos continua a aumentar

A Espanha ultrapassou as 4 mil mortes por Covid-19, depois de ter registado mais 655 mortes nas últimas 24 horas.

São, concretamente, 4.089 as vítimas mortais desta doença, e o número de infetados atingiu hoje os 56.188, dos quais 32 mil estão hospitalizados. O número de doentes recuperados é de 7 mil.

O estado de emergência no país mantém-se até dia 12 de abril.

Na totalidade do país há 3.679 pessoas em unidades de cuidados intensivos, 16,2% mais do que no dia anterior.

Andreia Pinto | Notícias ao Minuto

Leia em Notícias ao Minuto: 

EUGÉNIA ETÁRIA, ECONÓMICA E SOCIAL


António Jorge* | opinião

A morte por negligência, fanfarronice política e de práticas políticas provocadoras e perversas.

Praticada por certos líderes políticos... enganando as suas... populações para atrasarem o combate à pandemia.

Intencionalmente... esperaram que se instalasse como processo irreversível... nesses povos.

E agora, quando já é tarde demais, vão fazer crer, serem os campeões da luta da vida contra a morte.

A comunicação social, nomeadamente as televisões, servem precisamente para isso... transformar a verdade e a realidade.

E o pior, é que se a troica retrógada genocida; Trump, Bolsonaro e Johnson, não nos surpreende... Há outros que no poder... pelo menos de negligência não escapam...

- Pela falta de testes... e que se transformou num rendoso negócio para as clinicas privadas, a facturarem milhões diariamente.

Pelo que é de prever um esforço financeiro do Estado, de milhões... escusado e desnecessário... e de mais mortes, que se poderiam evitar pelo aumento dos testes à população... e controlar os efeitos em espiral do vírus... e se evitar por este processo, o estrangulamento dos hospitais, e as suas consequências descontroladas, que poderão arruinar o SNS.

Veremos... o tempo não pára!

António Jorge em Facebook

60 mortos e 3544 casos de covid-19 em Portugal. 549 nas últimas 24 horas


Dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde desta quinta-feira sugerem um aumento de 18% dos casos confirmados face ao dia anterior. Há 191 pessoas hospitalizadas, menos 85 que ontem.

Portugal tem 3544 infetados, 60 mortos e 43 recuperados da infeção causada pelo novo coronavirus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira (26 de março), que inclui os dados recolhidos até às 24:00 do dia anterior. Nas últimas 24 horas, foram confirmados mais 549 casos - mais 18% que no dia anterior - e registadas mais 17 mortes e o país entrou na terceira fase do combate à pandemia, a de mitigação, que já prevê o contágio comunitário.

Aguardam resultados laboratoriais 2145 cidadãos e 14994 estão em vigilância pelas autoridades de saúde. "Neste momento já não estamos preocupados com a ligação epidemiológica, portanto o critério para ligar para a linha SNS 24 [808 24 24 24] é ter sintomas", disse a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, em conferência de imprensa, esta quinta-feira, no ministério da Saúde.

Entre os infetados, os sintomas tornaram-se mais intensos nos últimos dias. Mais de metade das pessoas (63%) revelam cefaleia, 53% tosse, 48% febre, 37% fraqueza generalizada, 31% dores musculares e 19% dificuldades respiratórias. Ao dia de hoje, encontram-se hospitalizados 191 doentes, destes 61 estão nos cuidados intensivos. Quando ontem estavam internados 276 pessoas (mais 85 casos).

Quanto à idade dos doentes portugueses, apesar da faixa etária que revela o maior números de infetados em Portugal ser a dos 40-49 anos (671 casos) e de existirem muitas confirmações entre os mais novos, a maioria dos doentes tem mais de 70 anos. São também estes últimos as principais vitimas mortais. 48 dos 60 óbitos declarados são de pessoas com mais de 70 anos. "A letalidade do nosso país é pouco superior a 1%, mas de facto é mais elevada no grupo de pessoas com mais de 70 anos", reforça Graça Freitas.

Lisboa e Porto lideram concelhos com mais casos

A região mais afetada do país continua a ser o norte (1858 casos, 28 mortes), depois Lisboa e Vale do Tejo (1082, 18 mortes). Seguem-se o centro (435, 13 mortes), o Algarve (89, uma morte), os Açores (24 casos), a Madeira (15) e o Alentejo (20).

Numa análise mais fina da caracterização demográfica, Lisboa (284 casos), Porto (259), Vila Nova de Gaia (163), Maia (157) e Ovar (119) - este último onde foi declarado o estado de calamidade antes ainda de Portugal entrar em estado de emergência - são os concelhos onde existem o maior número de infetados com o novo coronavírus. Quatro destes cinco pertencem à Administração Regional de Saúde do Norte, onde o vírus está mais ativo. Pelo contrário, Vila Real de Santo António, São João da Madeira, Resende, Ourém, Nelas, Macedo de Cavaleiros, entre outros, são os concelhos com menos casos (três cada um).


Portugal em fase de mitigação. O que muda?

"Portugal já está na fase de mitigação da pandemia. Temos transmissão comunitária e nesta fase todo o sistema nacional de saúde esta pronto a dar resposta" ao covid-19, indicou o Secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales, durante a conferência de imprensa desta quinta-feira. "A partir de agora há muitas pessoas que vão ficar em casa. É um bom sinal, porque quer dizer que têm doença ligeira", esclareceu a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Rita Rato Nunes | Diário de Notícias

Imagens: Boletim Epidemiológico dia 26 de março. © DGS

Mitigação: O que é... para que serve?


António Jorge* | opinião

"A mitigação do risco, a pandemia do coronovírus... é a redução (ou adequação) do risco para valores aceitáveis, sabendo-se que no que se refere à mitigação, o que se deseja evitar não é a ocorrência do factor gerador de risco, mas as suas consequências".

Nota importante:

Interessante o léxico utilizado no actual contexto no combate a esta pandemia, deixa-me preocupado... pela semelhança das palavras e termos utilizados nos vários países e continentes... parece uma ordem emanada da nova ordem...

Não se tratará de um factor de unidade espontânea... mas antes da aplicação do programa... imposto, que tem etapas, regras e objectivos para quem empurrou o mundo para o abismo e a morte.

Seguir-se-à outra fase... antes do fim do período... de guerra contra a pandemia... a fase prevista da "solidariedade" que envolve as mais famosas figuras públicas e "puteins"... de todo o tipo e da juventude, artistas, políticos, desportistas, etc.

Podemos ter a certeza de que estamos protegidos... nada vai falhar... tudo correrá como o previsto... tenho a certeza.

Quando se fizer o balanço final... alguns milhões de mortes espalhados... e enterrados no planeta... o desaparecimento de muitas centenas de milhares de empresas, mais 30 ou 50 milhões de desempregados, a concentração muito maior das grandes corporações internacionais que vão absorver o espaço das; micro, pequenas e médias empresas... que deixam de empregar milhões de trabalhadores.

O saneamento financeiro de que tanto reclamava a ex. líder do FMI, actual presidente do BCE, Christine Lagard, obtido pela morte de milhões de velhos... e do seu peso negativo e escusado na economia global, pelas reformas.

Interessante perceber ainda, o porquê da fanfarronice descarada neste contexto... de Trump, Bolsonaro, Johnson... a estranha subida imposta do preço do petróleo, além das razões que expliquem, as subidas das Bolsas de Valores na Europa e Nova Iorque... talvez assente no negócio do fabrico de caixões e crematórios... será?

Políticamente duas certezas:

A certeza da maior intervenção e decisão do seu peso pelo poder imperial renovado e consequentemente da aristocracia, económica e financeira internacional USA, reconfigurada na condução dos destinos do Mundo... nomeadamente a Ocidente.
Ficam assim garantidos os direitos humanos e a Democracia da morte.

A outra... a certeza assumida de outro lado do Mundo... a separar conceitos de ordem estratégica para além do Mundo Ocidental, a globalização multipolar da Rota da Seda... e que apesar da clarificação em curso, continuará alimentar rancores de guerra... entre os dois blocos políticos, económicos e militares.

Aliás... este assalto ao Mundo a Ocidente é a certeza das razões desta guerra invisível... abocanhar enquanto há tempo.

E o pior... é que as pessoas nem sequer sabem que tudo isto é um novo conceito de golpe de estado... tentado ao nível global... mas que se ficará pela metade... ou menos ainda.

Vai haver democracia e liberdade... até dar com um pau!

- Esperem algum tempo para verem a ratoeira que foi montada para aumentar e concentrar as riquezas da terra nas mãos de alguns e aprisionarem e aumentarem a miséria dos povos, sob o renovado domínio insano, perverso... e genocida... decidido em NY.

*António Jorge em Facebook

África com 72 mortes e mais de 2.700 casos de Covid-19


O número de mortes causadas pela covid-19 em África subiu hoje para 72 com o número de casos acumulados a ultrapassar os 2.700 em 46 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia.

No total, estão contabilizados neste continente 2.746 casos de infeção desde o início da pandemia e 72 mortes, de acordo com dados do Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças da União Africana (ÁfricaCDC), que reporta dados registados até 09:30 de Adis Abeba (06:30 horas de Lisboa) e contabiliza apenas 46 países.

De fora ficam algumas dezenas de casos confirmados nos territórios africanos franceses de Mayotte e ilha da Reunião.

O ÁfricaCDC regista mortes pela covid-19 em 16 países africanos: Argélia, Burkina Faso, Camarões, República Democrática do Congo, Egito, Gabão, Gâmbia, Gana, Maurícias, Marrocos, Nigéria, Sudão, Tunísia, Zimbabué, Cabo Verde, Níger.

De acordo com a mesma fonte, o continente conta ainda com 210 doentes recuperados, números que baixam o total de infeções ativas para 2.536.

Covid-19: Mais de mil mortos e perto de 70 mil casos nos EUA


Os Estados Unidos registaram na quarta-feira 1.031 mortes causadas pelo novo coronavírus, de acordo com uma contagem da Universidade norte-americana Johns Hopkins.

O país conta ainda 68.572 casos da doença, o que coloca o país em terceiro lugar, logo atrás de Itália e da China, em relação ao número de infetados.

lgumas horas antes, o número de vítimas mortais era de 827.

Nova Iorque é um dos estados mais atingidos, com 280 mortos na cidade de Nova Iorque desde o início da epidemia em dezembro, no centro da China.

De acordo com uma projeção comunicada, no início do mês, ao Congresso norte-americano, entre 70 a 150 milhões de pessoas poderão ser infetadas nos Estados Unidos, que conta perto de 327 milhões de habitantes.

O Senado norte-americano aprovou um plano histórico de dois biliões de dólares (1,8 biliões de euros) de apoio à primeira economia mundial, asfixiada pela pandemia da covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 240.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até hoje.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Notícias ao Minuto | Lusa

O vinho mata o novo coronavírus? Especialistas respondem


A Federação Espanhola de Enologia defende que a "combinação concomitante da presença de álcool, um ambiente hipotónico e a presença de polifenois" impede a sobrevivência e a propagação da Covid-19 no vinho.

A opinião, já polémica, foi expressa num comunicado emitido esta segunda-feira, dia 23 de março, pelo presidente da organização, Santiago Jordi Martín. 

No documento Martín afirmou: "a sobrevivência do coronavírus no vinho parece impossível porque a combinação concomitante da presença de álcool, um ambiente hipotónico [um líquido em que a concentração do soluto é menor que a concentração do solvente] e a presença de polifenois [substâncias naturais antioxidantes que se encontram em abundância nos taninos do vinho] impedem a vida e a multiplicação do próprio vírus".

O presidente da Federação Espanhola de Enologia disse ter chegado a estas conclusões após ter reunido com vários especialistas da comunidade médica e com outras associações de enólogos. 

E relativamente à ingestão de vinho e se tal pode impactar positivamente no combate da doença da Covid-19, Martín respondeu: "o consumo moderado de vinho, desde que de forma responsável, pode contribuir para uma melhor higiene da cavidade bucal e da faringe, locais onde é mais comum o vírus hospedar-se caso ocorra uma infeção".

Apesar da ideia estar propensa a debates e ser para muitos talvez bizarra, a verdade é que as considerações da Federação Espanhola de Enologia podem ser suportadas em parte por estudos anteriores que detetaram a capacidade do vinho em combater a inflamação do organismo, e dessa forma contrariar o aparecimento de doenças, que vão desde a gripe à depressão - sobretudo devido à presença dos polifenois e flavonoides, de caráter antioxidante, presentes principalmente no vinho tinto.

Já um estudo realizado em 2017 por investigadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, publicado na revista Science, constatou que os flavonoides "poderiam conter a gripe e atenuar os sintomas", tornando assim a bebida eficaz no combate a vírus e infeções.

Liliana Lopes Monteiro | Notícias ao Minuto | Imagem: Google

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Brasil | Um presidente apequenado a animador de torcida


Pronunciamento pavoroso foi planejado para voltar a mobilizar eleitorado nas redes sociais, dizem assessores. Leia também: o documento sigiloso da Abin que prevê milhares de mortes nos próximos dias

Maíra Mathias e Raquel Torres | Outras Palavras

UMA ABERRAÇÃO

Dizer que Jair Bolsonaro passou dos limites virou lugar comum, mas faltam adjetivos para qualificar o pronunciamento de ontem à noite. A verdade é que não há limite possível para o delírio do presidente que conseguiu, em cinco minutos, usar três vezes a palavra “histeria”, mentir sobre a covid-19, contrariar especialistas do mundo todo, fazer pouco caso dos idosos e doentes crônicos que morrerão e ainda fazer suas típicas provocações infantis a quem o contraria.

O medo das pessoas, para ele, se deve à cobertura midiática que espalhou “a sensação de pavor” – e não ao fato de que já há quase 400 mil casos no mundo com mais de 16 mil mortes, e de que tudo isso cresça exponencialmente.

Num ataque direto aos governadores – com quem parecia ter dado uma trégua ao fazer videoconferência com adversários e anunciar ajuda financeira – disse que “algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa”.

“Devemos, sim, voltar à normalidade”, completou ele, no momento em que os casos no Brasil ainda estão começando a crescer e quando o próprio ministro da Saúde prevê o colapso do SUS em breve. “Por que fechar escolas?”, perguntou, na contramão de mais de 150 países que já fecharam todos os seus estabelecimentos de ensino. “O grupo de risco é o das pessoas acima de 60 anos”, justificou, insensível, antes de se gabar do seu “histórico de atleta”. “No meu caso particular (…) nada sentiria, ou sentiria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho”. O que é mentira – que o digam os atletas que já relataram seus maus bocados com a covid-19.

Para completar, numa rara menção à ciência, ainda colocou “Deus” como encarregado por capacitar pesquisadores no Brasil – que têm mostrado, o tempo todo, a gravidade da situação. Subfinanciados, por sinal. Em O Globo, o infectologista da UFRJ Edimilson Migowski comentou: “A covid-19 é uma doença contagiosa e toda a população está vulnerável, já que não existe uma vacina ou um antiviral licenciado para este fim. Por isso há um grande potencial de que muitas pessoas adoeçam ao mesmo tempo. Imagine, por exemplo, que 100 mil pessoas adoeçam na Rocinha. Sabemos que 20% delas terão uma doença moderada e 5%, grave. Isso significa que 5 mil pessoas precisarão de suporte de terapia intensiva. Isso tudo considerando apenas um bairro do Rio”.

Falando em ciência… Entidades que reúnem pesquisadores de saúde coletiva e bioética, como a Abrasco, assinaram juntas uma nota em que classificam como criminoso o “discurso de morte” do presidente: ele “nega o conjunto de evidências científicas que vem pautando o combate à pandemia em todo o mundo”, dizem.

As panelas soaram pela oitava noite seguida. E está sendo preparado o “maior panelaço da quarentena” no próximo dia 31, em “defesa do SUS e da democracia”.

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