O primeiro-ministro francês,
Édouard Philippe, o atual e a ex-ministra da Saúde, Olivier Véran e Agnes
Buzin, são alvo de queixas-crime coletivas e individuais, por alegadamente colocarem
em risco a vida de terceiros e de homicídio involuntário.
Segundo apurou a rádio Franceinfo na
quarta-feira, o número de queixas contra os governantes já vai formalmente em
cinco, com uma sexta a ser apresentada nos próximos dias por um paciente da
região parisiense, a quem foi diagnosticada a doença covid-19.
Na sua fundamentação, os
queixosos alegam que os governantes colocaram em perigo a vida de terceiros,
não prestaram assistência a pessoas em perigo, e referem mesmo o crime de homicídio
involuntário.
As queixas invocam ainda o artigo
223-7 do Código Penal francês, onde está explicito que alguém que se
"abstenha voluntariamente de tomar medidas que permitam combater um
sinistro natural" e que isso ponha em perigo a segurança de outras pessoas
arrisca até dois anos de prisão e 30 mil euros de multa.
Uma destas queixas foi
apresentada pelo coletivo 'C19', que reúne cerca de 600 médicos, e
que acusa o primeiro-ministro e a ex-ministra da Saúde de "mentira de
Estado" por não terem preparado devidamente o país para a pandemia,
apesar de saberem o que estava para acontecer.
Esta queixa é apoiada por uma
petição 'online' que já reuniu quase 240 mil assinaturas.
A França tem atualmente 25.233
casos declarados da pandemia covid-19 e regista 1.331 mortos em
consequência do novo coronavírus.
Notícias ao Minuto | Lusa
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