terça-feira, 14 de abril de 2020

SOMOS TODOS ONDAS DO MESMO MAR


Wendi Song – Plataforma Macau | opinião

Após o início do surto de Covid-19 na China peritos alertaram o resto do mundo para o risco de este se alastrar para outros países. Porém, apenas em março, quando a Europa foi fortemente atingida pela epidemia e os EUA atingiram os 40 mil casos confirmados, é que os voos começaram a ser cancelados e as fronteiras a fechar. Todos podemos ser afetados. O impacto económico causado pelo surto tem sido cada vez mais evidente. Mas a pior consequência desta pandemia não é necessariamente a económica, mas sim a crescente desconfiança entre países numa era global. A prosperidade da segunda metade do século 20 e princípio do século 21 em grande parte surgiu devido à globalização, com a divisão internacional de mão-de-obra e a realocação de recursos. O desenvolvimento da globalização económica trouxe-nos grandes benefícios com o acelerar da integração de toda a humanidade. Devido ao desenvolvimento económico desequilibrado do mundo e a crescente disparidade entre classes, populismos, nacionalismos e protecionismo comercial tornaram-se cada vez mais comuns. Uma pandemia como esta  irá certamente alimentar ainda mais estas tendências. É necessário manter uma atitude cautelosa em relação à retórica racista e nacionalista que alguns políticos usam para cobrir erros e evitar conflitos internos. Agora é mais importante do que nunca manter a confiança na economia mundial e na globalização. Já fazemos parte de uma comunidade com um futuro comum para a humanidade. Nenhum país ou região pode isolar-se ou ser exceção. A pandemia irá eventualmente passar, aviões voltarão a voar, cruzeiros a partir, e talvez as mãos que se separaram com esta situação se voltem a unir. Afinal de contas, somos todos ondas do mesmo mar, folhas da mesma árvore e flores do mesmo jardim.

Wendi Song 27.03.2020

Covid-19: Moçambique chega a 21 casos confirmados


Autoridades de saúde moçambicanas reforçam pedidos de respeito às medidas de prevenção e uso de máscaras. União Africana regista mais de 15 mil infeções e confirma mais de 800 mortes no continente.

Mais uma infeção pelo novo coronavírus foi registada nas últimas horas em Moçambique, elevando para 21 o número de casos no país. Os pacientes estão a receber o tratamento indicado e permanecem sob quarentena, assim como as pessoas com as quais eles tiveram contato.


O novo coronavírus mostra-se cada vez mais rápido e letal. Em África, foram registados 15.249 casos em 52 países e territórios do continente, segundo as atualizações do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC Africa).

Guiné-Bissau tem mais infeções

Segundo dados do CDC África, enquanto em Moçambique 21 infeções foram confirmadas após 683 testes realizados – com a maioria dos infetados contraindo a doença localmente – em Angola 19 pessoas foram confirmadas com o novo coronavírus, sendo que os pacientes foram infetados fora do país.

Já foram realizados 864 testes para no novo coronavírus em Angola, 181 a mais do que em Moçambique. Em Angola, dois pacientes morreram e dois se recuperaram.

No arquipélago de São Tomé e Príncipe, último país dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) a confirmar a contaminação pela Covid-19, a situação permanece estável - com quatro infeções registadas. Os pacientes continuam em isolamento e não foram realizados mais testes. O tipo de contaminação está sendo a ser investigado pelas autoridades de saúde do país.

No bloco dos PALOP, o país mais atingido pelo novo coronavírus é a Guiné-Bissau, com 40 casos confirmados. Ao todo, 95 testes foram realizados no território e as investigações apontaram que a contaminação aconteceu de forma local. Nenhuma das pessoas infetadas morreu e não estão há registo de pacientes recuperados.

Em Cabo Verde, a situação permanece estável, com 10 casos de Covid-19 confirmados no país. Uma pessoa morreu pela doença e os demais pacientes continuam a receber tratamento médico. A transmissão aconteceu de forma local no arquipélago e 100 testes da Covid-19 já foram realizados na população.

Moçambique | "Inimigo" que ataca Cabo Delgado tem rosto e mensagem clara


Já não há dúvidas: existe um grupo radical que quer "impor a sharia" em Moçambique, dizem investigadores à DW. Governo tem agora de trabalhar com o povo para "evitar que haja gente a passar para o lado do inimigo".

5 de outubro de 2017. A data é frequentemente apontada como o primeiro ataque levado a cabo por indivíduos armados no distrito de Mocímboa da Praia, na província nortenha de Cabo Delgado. Os ataques espalharam-se, entretanto, por vários distritos da região e têm sido recorrentes. Dois anos e meio depois, só "para as autoridades moçambicanas o mistério em torno da identidade e motivação deste grupo persistem", escreve o investigador Sérgio Chichava no relatório "Quem é o inimigo que ataca Cabo Delgado? Breve apresentação das hipóteses do Governo moçambicano", agora publicado.

"Não acredito muito nessa tese [que não sabe quem são os insurgentes], porque o Governo tem elementos suficientes para dizer quem é o grupo que está a atacar Cabo Delgado e o que pretende. Esse grupo nunca escondeu, desde o início, que pretende impor a sharia", lei islâmica que se sobrepõe à autoridade do Estado, explica em entrevista à DW África o pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), que garante que já se falava na presença destes grupos em Moçambique em 2016.

"Evidências no terreno mostram claramente que o país está perante a presença de um grupo radical islâmico", conclui Chichava, sublinhando que os recentes ataques em Mocímboa da Praia e Quissanga, no final de março, "deixam poucas dúvidas da ligação entre o Al Shabaab e o Estado Islâmico", o que "deita por terra a tese de que se trata de atacantes sem rosto nem mensagem".

O grupo que tem atacado a província de Cabo Delgado é conhecido localmente como "Al-Shabaab", apesar de não serem conhecidas ligações com os jihadistas com esse nome e que operam na Somália.

Nas últimas semanas, circularam nas redes sociais fotos e vídeos dos atacantes a içar uma bandeira semelhante à do grupo terrorista Estado Islâmico num quartel das Forças de Defesa e Segurança, depois de terem destruído várias infraestruturas nas vilas de Mocímboa da Praia e Quissanga, assaltado bancos e ocupado edifícios governamentais.

Mais recentemente, na semana passada, uma igreja católica no distrito de Muidumbe, em Cabo Delgado, foi vandalizada. "Toda a população está a fugir para o mato", contou na altura à DW África o bispo de Pemba, Dom Luiz Fernando Lisboa.

Angola-Cuba | SOB O ESPÍRITO DA OPERAÇÃO CARLOTA!


Martinho Júnior, Luanda 

Neste momento em que a civilização passa por duras provas de humildade em busca dum amor solidário que tanto tem sido rarefeito, neste momento em que a arrogância, em particular a arrogância imperial, se esvai inexoravelmente face ao abismo que começa a atingir toda a humanidade, a pátria de Agostinho Neto mereceu de Cuba Revolucionária o sinal matriz do espírito que um dia norteou a Operação Carlota, pois o que cria unidade, o que cria amizade, o que cria solidariedade, o que faz vencer barreiras de distanciamento geográfico e físico, o que cria dignidade por via de práticas vitais nas horas decisivas, é mesmo a ideologia, não a geografia!

Para África, em reforço do movimento de libertação, Cuba honra o passado, a sua história e a história da trincheira exemplar que tem cultivado desde os primeiros dias de sua Revolução, a memória pungente da escrava Carlota que vem ao de cima quando os povos africanos e cubano duras provas têm de enfrentar!

É assim a cultura de amizade solidária entre Cuba e Angola, num exemplo que humildemente e com todo o amor solidário, toda a humanidade deve reconhecer, sinalizar, aprender e saber cultivar, por que, ainda segundo a sabedoria de Fidel que jamais se deve esquecer, “há uma espécie em perigo de desaparecer: o homem”!... (https://www.youtube.com/watch?v=JF67BSRjTYchttp://jornaldeangola.sapo.ao/mundo/numero-de-mortos-em-africa-pela-covid-19-sob-para-693).

01- Dia 10 de Abril de 2020, Cuba correspondeu à solicitação de Angola, a fim de reforçar as capacidades para fazer face à amaça da pandemia em todo o seu vasto território nacional! (http://www.cubadebate.cu/noticias/2020/03/27/brigada-medica-cubana-llegara-a-angola-para-combatir-nuevo-coronavirus/#.Xn86gCZCdjo).

À solicitação do camarada Presidente João Lourenço por via dos serviços de saúde, correspondeu o camarada Presidente da República Diaz-Canel, evocando o exemplo e a obra do Comandante Fidel:

“Cada acción de nuestros médicos, de nuestros científicos, de nuestro pueblo... para enfrentar la epidemia, para espantar la muerte, es un monumento a Fidel, a su visionaria obra humanitaria y a su fe martiana en que lo mejor del ser humano prevalece cuando se alienta, se reconoce y estimula”. (http://www.cubadebate.cu/noticias/2020/04/10/diaz-canel-si-estamos-enfrentando-con-exito-la-covid-19-es-por-la-obra-de-la-revolucion/#.XpGK6Mj7TIUhttps://twitter.com/DiazCanelB/status/1248939175488913411).

A resposta cubana foi pronta e inestimável como em 1975, quando o camarada Presidente António Agostinho Neto solicitou a ajuda da Revolução Cubana sob a liderança do Comandante Fidel, face às terríveis ameaças de então, na hora decisiva do MPLA cumprir com o seu Programa Mínimo alcançando a independência de Angola! (https://rebelion.org/fidel-y-su-filosofia-de-la-vida/http://www.radiorebelde.cu/noticia/el-poder-ideas-es-unidad-pueblo-20101117/).

A Operação Carlota foi imprescindível e o Comandante Fidel escolheu a memória da heroicidade da escrava Carlota para dar um significado maior à prova imensa de solidariedade e internacionalismo de então, (http://www.granma.cu/granmad/secciones/30_angola/artic01.html) num sinal que não acabou nesse lapso de tempo em que ela existiu com armas na mão, antes se prolongou no seu espírito, até aos nossos dias! (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/09/trump-procura-neutralizar-cubafrica.htmlhttps://aveiro123.blogspot.com/2016/05/a-retomada-do-territorio-angolano-ha-40.htmlhttps://rebelion.org/cuba-africa-una-isla-en-un-continente/).

Face às ameaças cada vez maiores e mais inesperadas que pendem sobre a humanidade, esse espírito aí está, vindo reforçar Angola precisamente no 15º dia da declaração do primeiro Estado de Emergência que Angola experimentou! (http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/decreto-presidencial-1http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/saude/2020/3/15/COVID-Angola-horas-sem-casos-positivos,606518ba-f497-4aa2-a963-bdfebc38a07a.html).

Essa sim é uma prova inconfundível da lógica com sentido de vida que toda a humanidade deve começar a cultivar, num século XXI em que as ameaças e os riscos de toda a ordem se vão inexoravelmente multiplicar, no rescaldo das profundas alterações climático-ambientais provocadas pela irracionalidade humana! (https://twitter.com/CubaMINREX/status/1248686933225635847).

Apoiar os esforços da OMS é hoje ainda mais importante que nunca, por que além do mais é uma organização capaz de articulação, de integração e de atenção constante para o progresso das ciências que respondem a sucessivas crises entre epidemias e a actual pandemia!... (https://www.digitalcongo.net/article/5e90475231ceaf0004bef553/).

Haverá vida sem amor?... Haverá solidariedade sem amor?... Haverá internacionalismo em época de globalização sem amor?... (http://www.juventudrebelde.cu/cuba/2015-11-05/la-operacion-carlota-constituyo-una-extraordinaria-hazana-de-nuestro-pueblo-fotoshttps://twitter.com/CubaMINREX/status/1248621036939034626).

Angola | General Dino e Vicente "arquitetos" em estrutura de transferências


Consórcio de investigação alega que rede de bancos teria sido usada para transferir dinheiro para a União Europeia. General Dino e antigo vice-Presidente Manuel Vicente são citados como "arquitetos" do esquema irregular.

O Projeto e Investigação sobre Crime Organizado e Corrupção (OCCRP, na sigla em inglês) publicou que o antigo vice-Presidente angolano Manuel Vicente e o General Leopoldino "Dino" Fragoso do Nascimento participariam num grupo suspeito de transferir irregularmente centenas de milhões de euros para fora de Angola.

A denúncia está no sítio do consórcio de centros de investigação e jornalistas na internet desde a segunda-feira (13.04) com o título "Como as elites angolanas montaram uma rede privada de bancos para transferir as suas riquezas para a União Europeia".

No seu sítio na internet, a OCCRP alega que o grupo de funcionários do "governo angolano e de altos funcionários bancários" teria transferido o equivalente a pelo menos 296 milhões euros para Portugal e outros países da União Europeia (UE) com "pouca supervisão" e utilizado uma rede de instituições financeiras para viabilizar as transferências.

O Banco Africano de Investimentos (BAI), o Banco de Negócios Internacional (BNI), e o Banco Privado Atlântico (BPA) foram citados como instituições utilizadas pela rede.

"As elites angolanas alargaram os canais de transferência através da criação de sucursais do BNI e do BPA no estrangeiro", explica a OCCRP, salientando que a maior parte dos fundos seriam originários de Angola. Verificou-se que o equivalente a 235 milhões de euros eram receptados por empresas europeias ligadas a estes funcionários.

Segundo a denúncia, as sucursais estrangeiras desses bancos - duas em Portugal e uma em Cabo Verde - não teriam aplicado procedimentos normais de controlo para o combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo. Os bancos também não teriam investigado os clientes apontados como suspeitos por reguladores internacionais.

AFRICANOS VÍTIMAS DE DISCRIMINAÇÃO RACIAL NA CHINA


Numa nota conjunta enviada ao ministro de negócios estrangeiros da China, embaixadores africanos na China reclamam de vários casos de discriminação e abuso contra os estrangeiros africanos naquele país, sobretudo, na cidade de Guangzhou.

Segundo a nota dos embaixadores, citada pela Reuters, os africanos estão a ser maltratados, sendo que alguns foram obrigados a evacuar hotéis no meio da noite, outros têm passado por testes compulsivos da COVID-19, sem direito a resultados, e têm sido alvo de discriminação no espaço público.

Algumas reclamações têm sido expostas nas redes sociais e televisões locais. Os embaixadores apelam à cessação de testes e quarentena obrigatórios e qualquer acto desumano contra os africanos na China.

Em reacção às denúncias, Liu Baochun, uma autoridade chinesa de Negócios Estrangeiros negou todas as acusações, argumentando que a cidade de Guangzhou somente está a aplicar medidas contra coronavírus sobre qualquer pessoa entrando no país, não importando a raça, género ou nacionalidade.

A China consegui com sucesso controlar a pandemia COVID-19 que teve início em Wuhan, mas receia a ocorrência duma nova onda de infectados, desencadeada pelos casos importados.

O País (ao) | Imagem: Hélder Augusto

Dan Murphy | Morreu médico que dedicou 20 anos aos mais vulneráveis em Timor-Leste


O médico norte-americano Dan Murphy, que desde 1998 tratava algumas das pessoas mais vulneráveis em Timor-Leste, morreu hoje vítima de paragem cardíaca, disse à Lusa o ex-presidente timorense José Ramos-Horta.

"Recebi a notícia com enorme tristeza pela perda de um grande homem, de um missionário que dedicou mais de 20 anos a Timor", disse José Ramos-Horta referindo-se ao fundador da clínica do Bairro Pité, em Díli.

"Antes de Timor esteve em Moçambique e aqui era conhecido em todo o Timor como o Dr. Dan", recordou.

Ramos-Horta explicou que o médico, que continuava a tratar doentes diariamente, se começou a sentir mal durante a tarde de hoje, e acabou por morrer algumas horas depois.

O ex-chefe de Estado disse que nos últimos meses tem havido debates sobre como dar continuidade ao trabalho da clínica, permitindo assim que Dan Murphy se reformasse.

"Há uma nova equipa que vai continuar essa obra de que continuam a precisar muitas pessoas. Esse é o grande legado de Dan Murphy", acrescentou.

O médico dedicou grande parte da sua vida a tratar pacientes em Moçambique, Laos, Nicarágua e até agora em Timor-Leste, onde viveu e se manteve a trabalhar durante o ano de intenso conflito de 1999, em que os timorenses escolheram a independência.

A clínica do Bairro Pité acolhe diariamente centenas de doentes e o próprio Dan Murphy apoiava, em média, 100 partos por mês, com apoio a vítimas de tuberculose, HIV e outras doenças.

Notícias ao Minuto | Lusa

Portugal testa mais, mas infetados não dispararam. "É um bom indicador"


O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, disse que Portugal tem hoje uma taxa de quase 18 mil testes por milhão de habitantes, "estando em linha ou até mesmo superando alguns países, como a Alemanha e a Áustria". Apesar do aumento da testagem, enalteceu, não se registou um aumento proporcional dos casos positivos: "um bom indicador".

Dando conta dos números do boletim desta terça-feira (mais 32 mortes face ao dia de ontem), o secretário de Estado da Saúde indicou na conferência de imprensa diária que a taxa de letalidade global é de 3,2% e que a taxa de letalidade acima dos 70 anos  é de 11,4%. Quanto à percentagem de internamento, esta é de 7% dos infetados, sendo que 1,2% estão em unidades de cuidados intensivos e 5,8% em enfermaria.

O responsável indicou que Portugal realizou desde o dia 1 de março mais de 190 mil testes à Covid-19. Deste total, 52% foram realizados nos laboratórios públicos e nos privados 45% (os restantes ocorreram noutros estabelecimentos).

"Desde  o dia 1 de abril, estamos a aproximar-nos de uma média de 10 mil testes por dia e temos hoje uma taxa de quase 18 mil testes por milhão de de habitantes, estando em linha ou até mesmo superando alguns países, como a Alemanha e a Áustria", disse o governante. 

António Sales sublinhou que o aumento de testagem não se refletiu, porém, num aumento proporcional de testes positivos, "o que é, garantindamente, um bom indicador".

Quanto à Linha de Saúde 24, "continua a porta preferencial de entrada de suspeitos e infetados" com Covid-19 no Serviço Nacional de Saúde. "Os tempos de resposta", lembrou, "foram otimizados ao longo deste processo e hoje a linha atende cerca de 11 mil pessoas por dia". Apesar da diminuição da atividade assistencial não urgente devido à pandemia, referiu António Sales, o SNS "continua a dar resposta ao que tem obrigatoriamente de ser respondido".

E, continuou, "é preciso que as pessoas tenham confiança num SNS que soube retirar dos seus hospitais e centros de saúde o que não era urgente, zelando assim pela segurança e saúde de todos, mas também soube adaptar à sua resposta para Covid-19 e não Covid-19 com a criação de circuitos bem distintos". 

Nesse sentido, o secretário de Estado deixou um apelo aos doentes crónicos, oncológicos, cardíacos ou outros, "que sintam algum tipo de descompensação do seu estado clínico". Estes "devem também recorrer ao seu médico assistente ou à Linha SNS24", disse, acrescentando que em caso de necessidade de ida à urgência, a orientação da DGS prevê a utilização de máscara para todas as pessoas no interior das instituições de saúde, garantindo  a sua segurança. "Não tenham medo" de recorrer ao hospital, pediu.

"Estamos numa fase decisiva da nossa luta coletiva", destacou, em linha com aquilo que havia dito, durante a manhã, António Costa. "É uma altura em que as pessoas mais acusam o cansaço e exaustão do confinamento", considerou, lembrando inclusive as palavras do primeiro-ministro: "Este é o momento em que temos de ser mais resilientes".

Sobre a utilização de máscaras de utilização comunitária, António Sales referiu que o Infarmed publicou hoje as especificações técnicas para produção destes equipamentos pela indústria nacional e adiantou que "mais de 200 empresas já mostraram vontade de avançar" com a produção. "Algumas delas, estarão em condições de o fazer já esta semana", precisou.  

Morreram 567 pessoas em Portugal de Covid-19. Infetados são 17.448


Direção-Geral de Saúde (DGS) divulgou boletim epidemiológico desta terça-feira. Nas últimas 24 horas, morreram 32 pessoas. Número de recuperados aumentou para 347.

Nas últimas 24 horas, morreram em Portugal 32 pessoas devido à infeção por Covid-19 (um crescimento de 6%), aumentando para 567 o número total de vítimas da pandemia no país. O número de infetados aumentou para 17.448, registando-se 514 novos caos face ao dia de ontem,  um aumento de 3%. 

O número de doentes recuperados é agora de 347, com registo de novas 70 recuperações face aos dados de segunda-feira. 

De acordo com o boletim, o número de pacientes internados aumentou  de 1.187 para 1.227. Destes, 218 estão em unidades de cuidados intensivos (ontem estavam 188). 

A região Norte continua a ser a mais afetada, tanto em número de infetados (10.302) como em número de óbitos (321). Na região Centro, registam-se 131 vítimas mortais devido ao novo coronavírus e em Lisboa e Vale do Tejo 102, região onde há 3.994 infetados. O Algarve, por sua vez, contabiliza nove óbitos e 289 infetados. Sem registo de vítimas mortais continua o Alentejo, onde há nesta altura 155 casos de infeção, e a Madeira, que regista 59 infetados. Nos Açores, onde já morreram quatro pessoas, há 100 infetados nesta altura.

Portugal | Os direitos não estão, nem podem estar, de quarentena


O Estado de Emergência está a ser aproveitado por aqueles que vêem nesta situação uma oportunidade para aumentar a exploração e apropriar-se dos recursos do Estado e da Segurança Social.

A afirmação, de Jerónimo de Sousa, foi feita na tarde desta segunda-feira, numa declaração sobre a situação que estamos a enfrentar, «um tempo de grandes complexidades e incertezas».

Solidarizando-se com «todos os que, em condições muito difíceis, confrontados muitas vezes com carência de meios e arriscando a sua saúde, travam um combate para salvar vidas», o secretário-geral do PCP considera que, face à realidade que se vive, a «necessidade de medidas excepcionais de protecção da saúde e da vida» não se pode transformar «em arma de arremesso para atropelar direitos e garantias dos trabalhadores».

Abrandar "medidas"? Zelem por vós e por todos os outros. Nós!


Um mês após o confinamento oficial andamos meio zumbis e a prepararmo-nos para a depressão - estes são os sintomas derivados da situação. Ficar em casa nestas circunstâncias, por dever de protegermo-nos e protegermos os outros, é no que dá. Mas tem de ser. Não queremos em Portugal um drama assassino como o que acontece em Espanha ou em Itália, em França, no Reino Unido... Por quase toda a Europa. Não esquecendo os EUA e o elevado número de mortes e de contagiados que vitima os cidadãos daquele país porque um presidente execrável (Trump) não tomou na devida dimensão a antevisão do que podia acontecer e está a acontecer. Assim será no Brasil e em muitos outros países em que os governantes e outros responsáveis de proteção à saúde pública não cumprem seus deveres. Autênticos genocidas dos seus povos, que deviam ser julgados e condenados como tal.

A solução em Portugal continua a ser a de não abrandar o confinamento e as medidas de Estado de Emergência escrupuloso. Que se saiba é a melhor solução para evitar o descalabro que ocorre em Espanha e noutros países com muitos milhares de mortes. Apesar disso já há em Portugal os que preconizam devermos abrandar as medidas de proteção que têm vigorado. A causa, segundo esses, é o descalabro da economia. Esses tais defensores da "normalização" jamais encontram como alternativa, agora ou em tempos passados recentemente, perante a crise, que se expropriem avultados bens de tantos que os obtiverem em operações de acelerada e descarada lavagem de dinheiro, de corrupção, se sonegação e fuga aos impostos devidos, de roubo aos trabalhadores e povo português na generalidade. Em Portugal como no resto do mundo neoliberal. Porque não se enfrentam os paraísos fiscais (e "arquiteturas" similares) e as nações, os povos, reavêm o que lhes pertence? Evidentemente que admitir isso é utópico. Mas, para quem?

Avancemos no texto. Sabendo que as interrogações anteriores têm todas uma resposta óbvia, que bem conhecemos. Recordemos só que tão ladrão é o que rouba como aqueles (aqueles) que ficam à porta a ver roubar e/ou a pactuar com o crime praticado. Crime judicial ou de índole moral. É de políticos e apoderados nos setores governamentais, da justiça, da economia e finanças, etc. que estamos a falar. Não são todos, é evidente, mas são demasiados em tais cumplicidades.

Já agora. Bom dia, este é o preâmbulo do Curto que por vezes trazemos ao Página Global. Hoje a lavra é de João Silvestre, jornalista e autor da boa peça que pode ler a seguir. Não é curta porque é muito mais abrangente que o habitual. Às vezes acontece. Merece ser lida.

Vão então para a referida prosa. E cuidem-se. Lembrem-se que mente sã precisa de corpo são. Exercitem-se, mesmo em casa. Criem focos de interesse para vós e para as crianças que tenham igualmente em casa. Sejam diligentes e inteligentes a cuidarem-se, assim como da família. A saúde de cada um de nós é um bem imprescindível no interesse de toda a sociedade. Não vão em loas dos que têm pressa de "aliviar" contra-natura o Estado de Emergência e as medidas que vigoram para nos protegermos e logo que possível, saudavelmente, retomarmos as nossas atividades laborais e outras implícitas à normalidade.

Fiquem bem. Estão convidados a lerem o trabalho de João Silvestre, no Curto. Zelem por vós e por todos os outros. Nós.

SC | PG

ITÁLIA: CRÓNICA DAS 18 MIL MORTES ESTÚPIDAS


Na região mais rica do país, poder económico não perdoou. Fábricas ficaram abertas e governos, cúmplices; enquanto corpos enchiam camiões do exército. Devastação da Saúde pública fechou a conta. Agora, vem a revolta

Alba Sidera | Outras Palavras | Tradução: Simone Paz Hernández e Rôney Rodrigues

Existem imagens que marcam uma época, que ficam gravadas no imaginário coletivo de um país. A imagem que os italianos não poderão esquecer por muitos anos é aquela que os vizinhos de Bérgamo fotografaram de suas janelas na noite do 18 de março. Setenta caminhões militares atravessaram a cidade em meio a um silêncio fúnebre, um atrás do outro, numa lenta marcha em sinal de respeito: transportavam cadáveres.

Eram levados para outras cidades, fora da Lombardia, porque o cemitério, o necrotério, a igreja transformada em necrotério emergencial e o crematório funcionando 24 horas por dia não davam conta. A imagem eternizava a magnitude da tragédia em curso na região italiana mais afetada pelo coronavírus. No dia seguinte, o país amanheceu com a notícia de ser o primeiro da lista mundial por mortes oficiais por covid-19. A maior parte, na Lombardia. Porém, o que torna a situação tão dramática especificamente em Bérgamo? O que aconteceu nessa região para que em março de 2020 o número de mortos tenha sido 400% acima do que no mesmo mês do ano anterior?

No dia 23 de fevereiro existiam apenas dois casos positivos de coronavírus na província de Bérgamo. Numa semana, o número subiu para 220 — quase todos no vale do rio Serio. Em Codogno, outra cidade lombarda, onde o primeiro caso de coronavírus foi detectado no dia 21 de fevereiro, bastaram 50 casos positivos para fechar a cidade e decretá-la uma área vermelha (de máximo risco). Por que não agiram da mesma forma no vale? É porque lá concentra-se um dos pólos industriais mais importantes da Itália e os empresários industriais pressionaram todas as instituições para evitar o fechamento das fábricas e a perda de dinheiro.

Assange teve dois filhos com advogada em embaixada, diz jornal


Fundador do WikiLeaks passou sete anos exilado na Embaixada do Equador em Londres. Mídia britânica informa que, nesse período, ele foi pai de duas crianças e ficou noivo de uma de suas advogadas.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, teve dois filhos com uma de suas advogadas enquanto estava exilado na Embaixada do Equador em Londres, informou o jornal britânico Mail on Sunday neste domingo (12/04).

A notícia veio à tona quando Assange tentou conseguir liberdade temporária da prisão de Belmarsh, em Londres, por acredita correr "alto risco" de pegar coronavírus enquanto se encontra preso à espera de uma possível extradição para os EUA.

O australiano de 48 anos é supostamente pai de dois meninos, respectivamente, com idades de dois e um ano, nascidos da advogada sul-africana Stella Morris, escreveu o jornal.

O jornal britânico publicou fotos de Julian Assange com as crianças junto a uma entrevista com Morris, que diz que o casal "se apaixonou" e planeava casar-se.

Ortodoxia médica dogmática tenta desacreditar tratamento do Covid-19


– Não é por Trump & Bolsonaro defenderem a hidroxicloroquina que este remédio é necessariamente mau

Paul Craig Roberts

A hidroxicloroquina (HCQ) tem sido usada durante décadas para tratar lupus, malária e artrite. Como é que só ouvimos falar acerca dos seus raros efeitos colaterais quando se trata da sua utilização contra o Covid-19? Será que medpagetoday faz parte do lobby das vacinas?

www.medpagetoday.com/...

Como é que médicos a aplicarem tratamentos de HCQ para o vírus estão a relatar grandes êxitos e a não relatar de paragens cardíacas?

m.washingtontimes.com/...

Pelo que dizem médicos, são os ventiladores que estão a matar os pacientes.

"Antes de o presidente [Trump] ter dito alguma coisa acerca disto, havia cobertura razoável e equilibrada desta droga muito prometedora [hidroxicloroquina] e do facto de ela ter um longo registo de acompanhamento. Mas quando o presidente Trump disse algo positivo acerca dela o media desencadearam uma jihad para desacreditar esta droga".

Leiam este artigo de um médico que levanta a questão: Deveriam permitir à ortodoxia médica dogmática impedir tratamentos eficazes?
www.americanthinker.com/...

10/Abril/2020

Ver também:
  "É imoral não administrar a cloroquina"

O original encontra-se em www.paulcraigroberts.org/...

Este artigo encontra-se em https://resistir.info/ 

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