O Estado de Emergência está a ser
aproveitado por aqueles que vêem nesta situação uma oportunidade para aumentar
a exploração e apropriar-se dos recursos do Estado e da Segurança Social.
A afirmação, de Jerónimo de
Sousa, foi feita na tarde desta segunda-feira, numa declaração sobre a
situação que estamos a enfrentar, «um tempo de grandes complexidades e
incertezas».
Solidarizando-se com «todos os
que, em condições muito difíceis, confrontados muitas
vezes com carência de meios e arriscando a sua saúde, travam um
combate para salvar vidas», o secretário-geral do PCP considera que, face à
realidade que se vive, a «necessidade de medidas excepcionais de protecção da
saúde e da vida» não se pode transformar «em arma de
arremesso para atropelar direitos e garantias dos trabalhadores».
O líder comunista, para quem «a
solução do problema de saúde tem consequências pesadas e está
já a colocar dificuldades muito grandes a milhares de pessoas e
famílias», deixou uma «palavra de alento a todos quantos têm sentido as
dificuldades que esta situação impõe», nomeadamente «nas condições de vida, no
emprego e no salário, no isolamento ou na solidão».
«As medidas de prevenção e
contenção social podem e devem ser asseguradas e verificadas sem necessidade de
imposição do Estado de Emergência, que, no essencial, apenas tem
acrescentado mais limitações a direitos, liberdades e garantias, em particular
dos trabalhadores», sublinhou.
Jerónimo de Sousa afirmou ainda
que, se é verdade, por um lado, que o vírus é perigoso e mata, por outro, não
é menos verdade que «despedir abusivamente, cortar salários,
desregular horários de trabalho, negar protecção
social a sectores mais vulneráveis, também destrói vidas».
Por fim, relembrou que, da mesma
maneira que «a reposição de direitos e de salários, a valorização das reformas e
pensões e das respostas sociais melhoraram a economia, aumentaram o emprego e o
País progrediu», o futuro é «defender e valorizar os
salários, as pensões e os direitos», criar emprego e produzir, libertando o
País «das amarras impostas pela União Europeia e pelo euro», e afirmando «o
nosso direito ao desenvolvimento económico soberano».
AbrilAbril
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