terça-feira, 23 de junho de 2020

Covid-19: Bloqueios acentuam desigualdades económicas no Reino Unido


Crédito ao consumo dispara

Os bloqueios, impostos pela pandemia do novo coronavírus, levaram a um maior endividamento das famílias com baixos rendimentos, enquanto que, no sentido oposto, as famílias mais ricas viram as suas economias reforçadas, de acordo com um novo estudo citado pelo ‘Independent’.

O think tank da ‘Resolution Foundation’ aponta que a crise está a expor e a acentuar as maiores diferenças económicas no Reino Unido, bem como a consequente falta de capacidade financeira das famílias com baixos rendimentos de resistirem ao impacto da pandemia.

No seu novo estudo, o grupo revelou também que os cidadãos que mais correm risco de sofrer uma queda acentuada no sei nível de vida, são aqueles com as economias mais fracas e poucos recursos financeiros.

Com menos recursos disponíveis, as famílias mais pobres aumentaram a procura por crédito ao consumo, geralmente através de cartões de crédito com altas taxas de juros, segundo a ‘Resolution Foundation’.

Por outro lado, apenas uma em cada oito famílias com altos rendimentos aumentou o uso de crédito ao consumo. E uma em cada três dessas famílias mais ricas, cerca de 34%, viu as suas economias aumentarem significativamente durante a crise, visto que os seus gastos diários diminuíram.

«O Reino Unido pré-coronavírus foi marcado por desequilíbrios económicos crescentes e prejudiciais entre as famílias», afirmou George Bangham, economista da Resolution Foundation. «Estas diferenças financeiras foram expostas pela crise», acrescentou.

O responsável disse ainda: «Enquanto que as famílias com altos rendimentos aumentaram as suas economias, muitas famílias de baixos rendimentos reduziram as suas e foram obrigadas a recorrer ao crédito de juros. O impacto da crise do coronavírus vai permanecer nas famílias durante muitos anos».

França à beira de uma recessão sem precedentes


#Em português do Brasil

A queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 11%, um déficit público de 246 bilhões de euros - 11,4% do PIB -, uma dívida de 120,9% e a perda de pelo menos um Um milhão de empregos compõem o cenário mais do que preocupante projetado para 2020.

Após três meses, com atenção voltada para a luta contra um vírus responsável por quase 30.000 mortes em solo francês, seu impacto econômico começa a ser um tema dominante na opinião pública.

Para alguns, a terrível sequência já é uma realidade, considerando o anúncio, esta semana, pelo Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos (Insee), da supressão de 502.400 empregos no primeiro trimestre.


A cifra é extremamente preocupante, levando em consideração que a quarentena geral para interromper o spread do Covid-19 começou em 17 de março, quando faltavam apenas duas semanas para o trimestre, o que sugere que a estimativa divulgada na terça-feira pelo Banco A perda de um milhão de empregos na França este ano pode ficar aquém.



O ministro da Economia e Finanças, Bruno Le Maire, reconheceu que tempos difíceis virão, com falências e empregos eliminados.

'A seriedade da crise exige uma resposta massiva e imediata', disse o funcionário, que apresentou quarta-feira, juntamente com o chefe de Ação Pública e Contas, Gérald Darmanin, um terceiro orçamento revisado para 2020, a fim de enfrentar as conseqüências da crise. pandemia.

Após as correções de março e abril, a iniciativa inclui ajuda de 460 bilhões de euros, um quinto da riqueza nacional.

As sombras do colonialismo alemão


#Escrito em português do Brasil

Por um breve período, a Alemanha chegou a manter um dos maiores impérios coloniais do mundo. No contexto dos protestos antirracistas globais, esse cruel passado e seus protagonistas também ocupam o banco dos réus.

A estátua do mercador de escravos Edward Colston é atirada no porto de Bristol; em Boston, a de Cristóvão Colombo é decapitada; precavendo-se de uma destruição, os próprios governantes da Antuérpia removem uma escultura do rei Leopoldo 2º, responsabilizado pelas piores atrocidades em sua "colônia particular" do Congo.

Atualmente, símbolos coloniais são visados em todo o mundo como expressão de racismo branco. Por longos anos, ninguém se interessou por eles, mas a coisa mudou, o mais tardar, com a violenta morte do afro-americano George Floyd, por um policial branco em Minneapolis.

A Alemanha tem apenas uma breve história colonial, de 1884 ao fim da Primeira Guerra Mundial, quando teve que abrir mão de suas colônias na África, Oceania e Ásia Oriental. No entanto, em seu auge, o império colonial alemão era o quarto maior do mundo, e deixa vestígios até hoje.

Ruas e praças do país continuam ostentando os nomes de colonizadores como Carl Peters, Adolf Lüderitz ou Gustav Nachtigal. Até poucos anos atrás, o comandante das forças de proteção da África Oriental Alemã, Paul von Lettow-Vorbeck, dava nome a casernas e escolas.

Continua sendo mantida em Bad Lauterberg im Harz, Baixa Saxônia, uma estátua de Hermann von Wissmann, um dos governadores da colônia; assim como em Stendal, na Saxônia-Anhalt, está um busto de Nachtigal, que foi comissário imperial da África Ocidental Alemã.

Hungria | UE deve encontrar o antídoto para a tomada de poder de Viktor Orbán


Por iniciativa dos nossos parceiros Civico Europa, figuras políticas e culturais de todo o continente apelam às instituições e aos cidadãos da UE para que tomem medidas contra a última tomada de poder do Primeiro-Ministro húngaro, decretada a pretexto de combater a epidemia do coronavírus.


Nós, Europeus, precisamos de lutar contra dois vírus, de forma simultânea e igualmente veemente: o Covid-19, que ataca os nossos corpos e, ainda, outra infeção que fere os nossos ideais e democracias.

Em 30 de março de 2020, Viktor Orbán introduziu um estado de emergência indeterminado na Hungria. Suspendeu o Parlamento nacional por um período ilimitado, permitindo ao seu governo a chefia por decreto, por si só e sem controlo, minando, ainda mais, as funções judiciais e da comunicação social.

Tal concentração de poder é sem precedentes na União Europeia. Ela não serve a luta contra o Covid-19 ou as suas consequências económicas; ao invés, abre a porta a todo o tipo de abusos, com ativos tanto públicos como privados agora à mercê de um executivo amplamente isento de prestação de responsabilidade. 
Esta concentração do poder é o culminar da deriva húngara de 10 anos em direção ao autoritarismo, e é perigosa.

De facto, é com grande preocupação que observamos, ao longo da última década, o Primeiro-Ministro Viktor Orbán embarcar o seu país num percurso divergente ao da norma e dos valores europeus. Esta tomada de poder, em resposta ao Covid-19, é apenas um novo e alarmante capítulo num longo processo de recuo democrático.


Covid-19: Países europeus recuam no desconfinamento com aparecimento de novos casos


Vários países europeus registam um aumento do número de novos casos de covid-19, o que está a fazer com que muitos governos recuem nas medidas de desconfinamento.

Em Espanha, o governo abriu as fronteiras e, no dia seguinte, foi obrigado a colocar vários distritos da região de Aragão em cerca sanitária devido a novos surtos, ligados a uma empresa de produção agrícola.

Na Alemanha, um foco de infeção numa fábrica de produção de carne levou a que o governo aplicasse novas medidas para combater a doença, uma delas, cerca sanitária onde vários dos trabalhadores dessa empresa vivem.

Também no País de Gales a hipótese de 'dar um passo atrás' no desconfinamento está em cima da mesa depois de 175 trabalhadores de uma empresa terem testado positivo para coronavírus; hipótese que já foi adotada por Portugal, que, nos últimos dias viu surgir um aumento de novos casos de infeção, muitos deles ligados a festas privadas ilegais.

O primeiro-ministro português recuou no desconfinanento em vários concelhos, um deles, Lisboa. Quem não cumprir arrisca ser punido até um ano de prisão.

Euronews 

Portugal | O covid-19 mata mais é os mais velhos… Que se lixem, até convém!


Pedro Cordeiro é hoje o autor de serviço do Expresso Curto e abre com a pergunta sobre se “Portugal terá sido melhor a confinar do que a desconfinar?” Evidentemente que a resposta só pode ser sim, principalmente para a região da grande Lisboa e arredores. 

A malta nova e farreira já está farta do confinamento e das disposições recomendadas pela DGS, pelo governo e outros organismos interessados em nos livrar da ameaça do covid-19. Afinal o covid-19 mata mais os velhos e quase nem toca seriamente nos mais jovens e esses querem que os velhos se lixem – apesar de estarem a usufruir daquilo que os mais velhos construíram, país livre, democrático, civilizado culto e o mais justo possível. As pisadas de tais construtores não têm sido seguidas pelos mais novos e o resultado da deriva está à vista do país em que sobrevivemos. Tal já era assim anunciado aquando da então badalada “geração rasca”. Piorou. A inutilidade desta constatação fica aqui exposta para consolo dos que concordam e insensibilidade dos que discordam. Afinal isto é só uma opinião e constatação dos que mais viveram e sobreviveram ao fartar vilanagem de imensos políticos, imensos médios e grandes empresários e/ou funcionários, pagos por todos nós, que se “orientaram” mais que o suficiente para na atualidade serem grandes senhores e senhoras – à descarada ou mais comedidos nas suas vidas de mel. À custa de tanta trapaça, assim aconteceu e acontece, agregado que já está ao ADN de tantos.

Basta de constatações que tantos vêem mas são ignoradas ou enquadradas em promessas falsas de resoluções de políticos que mesmo apesar de serem honestos lhes falta a coragem para enveredar pelo caminho justo para todos e não só para alguns. Acima de tudo a responsabilidade da continuidade do “deixa andar”, do “em terra de cegos quem tem olho é rei”, “para morrer que morram os meus pais e avós que são mais velhos” – e pesam no orçamento (apesar de tantos dos mais novos continuarem nas festanças à conta de magras reformas dos mais velhos, que "cravam"…)

Bom dia e um queijo. Expresso Curto a seguir. Manso. Como mansos e endrominados se querem os povos… O conveniente ripanço da paz podre e alienante.

FS | PG

Portugal | Festas legais e ilegais


António José Gouveia | Jornal de Notícias | opinião

Tanto o primeiro-ministro como o presidente da República voltaram a sublinhar a necessidade de "um quadro punitivo" ou "medidas mais duras", respetivamente, relacionadas com os ajuntamentos que se vão vendo um pouco por todo o país, mas com maior incidência em Lisboa e no Algarve, onde as festas ilegais começaram a proliferar, quebrando assim as regras antipandemia. Ambos, com razão, mostraram a sua preocupação por uma doença que não pára, trazendo para a contabilidade dos números más notícias. Portugal passou, num espaço de dois meses, de um exemplo para a Europa no combate à covid para um dos únicos países em que é vedada a entrada nas fronteiras de uma série de estados-membros da União. Centrados em que haja aqui um equilíbrio entre a erradicação da pandemia e o voltar à normalidade, tanto António Costa como Marcelo Rebelo de Sousa deveriam tentar compreender o comportamento dos portugueses com o verão à porta. Como latinos que somos, a vivência nesta época do ano é na rua e, se possível, até de madrugada. Como é verificável, os ajuntamentos em vários pontos das cidades do país são uma alternativa ao fecho obrigatório dos cafés e afins às 23 horas. O que fez o Governo? Diminuiu ainda mais o horário para as 20 horas. Tendo em conta este cenário, o que é melhor? Parece de bom senso que uma extensão do horário dos cafés e restaurantes para além do estipulado permitiria manter as pessoas dentro das regras e com maior segurança. A outra opção é juntarem-se às centenas em jardins e espaços públicos onde o controlo do distanciamento social não existe. No fundo, em vez de estarem concentradas no espaço público, estariam espalhadas pelos vários restaurantes, cafés e esplanadas e dentro do que são as regras básicas de combate à pandemia. Ou seja, um entretenimento controlado e confinado, como aliás o fizeram Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa este fim de semana. O presidente da República no Centro Cultural de Belém, para assistir ao concerto comemorativo do aniversário da Orquestra Metropolitana de Lisboa, e o primeiro-ministro num espetáculo no Teatro Nacional D. Maria II.

*Editor-executivo

EDP. Mexia e Manso Neto acusam MP de não ter nada novo e de condicionar testemunhas


Contestação à proposta do MP de agravamento das medidas de coação foi ontem entregue no Ticão. Carlos Alexandre deverá decidir esta semana.

António Mexia, CEO da EDP, e João Manso Neto, CEO da EDP Renováveis, contestam o agravamento das medidas de coação propostas pelo Ministério Público, afirmando que não existem factos novos desde 2018 nem ficou demonstrada a necessidade de agravar as medidas a que os arguidos tinham até agora. No documento entregue hoje no Tribunal Central de Instrução Criminal, a defesa sustenta ainda que faltou fazer investigação sobre alguns pontos e que o Ministério Público ocultou e ignorou deliberadamente provas.

“Sob a capa de medidas de coação, o que este Ministério Público (MP) pretende impor aos arguidos são penas”, começa por referir o documento, acusando o Ministério Público de ter visto na circunstância de o processo estar agora nas mãos de Carlos Alexandre – um juiz que dizem ter “um perfil comummente identificado como próximo ao promotor da ação penal” – uma “oportunidade de satisfazer por antecipação a sua pretensão punitiva”.

A defesa conjunta dos dois arguidos, liderada pelo advogado João Medeiros, refere igualmente que “em face da total ausência de factos concretos narrados pelo MP, torna-se evidente que a medida promovida se revela desnecessária, inadequada e excessiva, quer na sua existência, que na concreta modelação de valor e tempo de prestação”.

Grande Lisboa com medidas mais restritivas a partir de hoje


A Área Metropolitana de Lisboa (AML) fica sujeita, a partir de hoje, a medidas mais restritivas numa tentativa de conter os casos de covid-19, que têm sido significativos na região.

Assim, o Governo limita a um máximo de 10 pessoas, salvo se pertencerem à mesma família, "o acesso, circulação ou permanência de pessoas em espaços frequentados pelo público, bem como as concentrações de pessoas na via pública" na AML.

"Todos os estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, bem como os que se encontrem em conjuntos comerciais", encerram às 20h00 na AML, de acordo com uma resolução aprovada na noite de segunda-feira e publicada no Diário da República.

A exceção são os restaurantes, "exclusivamente para efeitos de serviço de refeições no próprio estabelecimento", e também os restaurantes com serviço de 'take away' ou entrega no domicílio, "os quais não podem fornecer bebidas alcoólicas no âmbito dessa atividade".

A venda de bebidas alcoólicas é também proibida "nas áreas de serviço ou nos postos de abastecimento de combustíveis" da AML.

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