#Em português do Brasil
A queda do Produto Interno Bruto
(PIB) de 11%, um déficit público de 246 bilhões de euros - 11,4% do PIB -, uma
dívida de 120,9% e a perda de pelo menos um Um milhão de empregos compõem o
cenário mais do que preocupante projetado para 2020.
Após três meses, com atenção voltada para a luta contra um vírus responsável por quase 30.000 mortes em solo francês, seu impacto econômico começa a ser um tema dominante na opinião pública.
Para alguns, a terrível sequência já é uma realidade, considerando o anúncio, esta semana, pelo Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos (Insee), da supressão de 502.400 empregos no primeiro trimestre.
A cifra é extremamente preocupante, levando em consideração que a quarentena geral para interromper o spread do Covid-19 começou em 17 de março, quando faltavam apenas duas semanas para o trimestre, o que sugere que a estimativa divulgada na terça-feira pelo Banco A perda de um milhão de empregos na França este ano pode ficar aquém.
O ministro da Economia e Finanças, Bruno Le Maire, reconheceu que tempos
difíceis virão, com falências e empregos eliminados.
'A seriedade da crise exige uma resposta massiva e imediata', disse o
funcionário, que apresentou quarta-feira, juntamente com o chefe de Ação
Pública e Contas, Gérald Darmanin, um terceiro orçamento revisado para 2020, a fim de enfrentar as
conseqüências da crise. pandemia.
Após as correções de março e abril, a iniciativa inclui ajuda de 460 bilhões de
euros, um quinto da riqueza nacional.
O colapso projetado do PIB e o déficit em relação a ele supunham um cenário sem
precedentes desde a Segunda Guerra Mundial no país, que já está tecnicamente em
recessão, após -5,3 no primeiro trimestre e -0,1 no período de outubro
-Dezembro do ano passado.
Medidas de recuperação, resgate de setores estratégicos, proteção ao emprego e
auxílio a pequenas empresas levantam expectativas e dúvidas, em meio às
pressões do poder econômico para acelerar o retorno à normalidade.
Os sindicatos e as forças progressistas exigem que as graves consequências do
Covid-19 caiam de maneira distribuída na sociedade, e não apenas nas costas dos
trabalhadores e dos mais vulneráveis, como costuma acontecer.
Nesse sentido, eles criticam que gigantes como a Air France ou a Renault
respondam aos pedidos de rentabilidade feitos pelo governo para conceder-lhes
resgates de sete bilhões de euros e cinco bilhões, respectivamente, com a
abolição de empregos e o fechamento ou realocação de instalações.
Para o Partido Comunista Francês, o problema é estrutural, e o Covid-19 só veio
a despi-lo e agravá-lo.
Segundo a organização política, a dura crise econômica e social resultante da
pandemia já estava presente, porque muito antes, poder de compra, saúde,
emprego e respeito à dignidade estavam no centro das preocupações populares.
Ontem, os comunistas realizaram um Conselho Nacional, no qual aprovaram uma
proposta para um projeto nacional baseado na justiça social e no respeito aos
direitos humanos e ao meio ambiente.
Chamada 'Let's Build France Together', a plataforma oferece uma solução
coletiva para a crise socioeconômica decorrente da pandemia de Covid-19, com
medidas nos setores de saúde, educação, poder de compra e emprego, a
transição ecológica, política externa, finanças, serviços públicos e desenvolvimento
em geral.
Fonte: Waldo Mendiluza Paris, 13
de junho (Prensa Latina)
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