Crédito ao consumo dispara
Os bloqueios, impostos pela
pandemia do novo coronavírus, levaram a um maior endividamento das famílias com
baixos rendimentos, enquanto que, no sentido oposto, as famílias mais ricas
viram as suas economias reforçadas, de acordo com um novo estudo citado pelo
‘Independent’.
O think tank da
‘Resolution Foundation’ aponta que a crise está a expor e a acentuar as maiores
diferenças económicas no Reino Unido, bem como a consequente falta de
capacidade financeira das famílias com baixos rendimentos de resistirem ao
impacto da pandemia.
No seu novo estudo, o grupo
revelou também que os cidadãos que mais correm risco de sofrer uma queda
acentuada no sei nível de vida, são aqueles com as economias mais fracas e
poucos recursos financeiros.
Com menos recursos disponíveis,
as famílias mais pobres aumentaram a procura por crédito ao consumo, geralmente
através de cartões de crédito com altas taxas de juros, segundo a ‘Resolution
Foundation’.
Por outro lado, apenas uma em
cada oito famílias com altos rendimentos aumentou o uso de crédito ao consumo.
E uma em cada três dessas famílias mais ricas, cerca de 34%, viu as suas
economias aumentarem significativamente durante a crise, visto que os seus
gastos diários diminuíram.
«O Reino Unido pré-coronavírus
foi marcado por desequilíbrios económicos crescentes e prejudiciais entre as
famílias», afirmou George Bangham, economista da Resolution Foundation. «Estas
diferenças financeiras foram expostas pela crise», acrescentou.
O responsável disse ainda:
«Enquanto que as famílias com altos rendimentos aumentaram as suas economias,
muitas famílias de baixos rendimentos reduziram as suas e foram obrigadas a
recorrer ao crédito de juros. O impacto da crise do coronavírus vai permanecer
nas famílias durante muitos anos».
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