quinta-feira, 16 de julho de 2020

MEMÓRIA QUATRO, DUM SEMPRE ACTUAL


Há 15 anos no nº 423 do “ACTUAL” propiciou-se dar a conhecer um pequeno inventário das “Private Military Companies” (Companhias Militares Privadas), com base numa publicação do “Le Monde Diplomatique”. (https://mondediplo.com/2004/11/08iraq).

Além dessa fonte há muitas outras ainda disponíveis que relacionam o mercenarismo moderno que compõe as “Private Military Companies” no Iraque em 2005, com capacidade de intervenção onde quer que seja, praticamente em todo o globo!... (https://corpwatch.org/article/us-state-department-list-security-companies-doing-business-iraq).

Decerto que quando produziu o livro “A doutrina do choque, o auge d capitalismo do desastre” (http://www.ihu.unisinos.br/176-noticias/noticias-2007/562784-a-doutrina-do-choque-o-tema-do-novo-livro-da-ativista-naomi-klein), Naomi Klein levou em consideração essas inúmeras fontes, muitas delas públicas, que na época davam corpo à doutrina elaborada pelo duo  Donald Rumsfeld e Almirante Arthur Cebrowski, uma doutrina que se vai repercutindo até hoje!... (https://www.voltairenet.org/article210301.html).

Os mercenários foram tendo um papel essencial na elaboração das teias de caos, de terrorismo e de desagregação um pouco por todo o mundo, tendo crescido entre os dispositivos que regem a IIIª Guerra Mundial contra o sul global, de há 75 anos a esta parte! (https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/03/18/de-donde-parte-del-caos-y-el-terrorismo-impuesto-por-la-iii-guerra-mundial/).

África não escapou a essa teia, que se tem desenvolvido desde o início do século XXI… o caso de Uganda é ilustrativo, mas eles estão espalhados praticamente por todo continente e não só nas áreas em conflito! (https://mondediplo.com/2012/05/05ugandahttps://www.dw.com/pt-002/cresce-o-n%C3%BAmero-de-mercen%C3%A1rios-em-%C3%A1frica/a-47992753https://observador.pt/2019/05/11/mercenarios-portugueses-pelo-mundo-da-siria-e-libia-ao-iraque-quanto-ganham-e-quem-os-contrata/).

Angola um dia derrotou mercenários que faziam parte nos dispositivos da invasão em 1975, quando se proclamou a independência… mais tarde, na segunda metade da década de 90 d secul0 XX, acabou por os utilizar!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2018/01/mercenarios-ate-quando-i.htmlhttp://pagina--um.blogspot.com/2010/11/mercenarios-ate-quando-ii.html).

Sociedade civil angolana exige transparência nos processos judiciais de corrupção


A possível extradição do ex-secretário dos Assuntos Económicos Carlos Panzo para Angola, para responder a acusações de corrupção garantirá um processo isento?

Carlos Panzo, antigo secretário para os Assuntos Económicos do Presidente da República de Angola João Lourenço, foi hoje ouvido pela Audiência Nacional espanhola, que tem de decidir sobre a sua extradição para Luanda.

Panzo está a ser investigado na sequência de uma denúncia de corrupção. Alegadamente terá recebido comissões no valor total de onze milhões de dólares da empresa brasileira Odebrecht, através de uma conta bancária na Suíça.

O antigo membro do Governo angolano foi inicialmente detido em Espanha, em setembro do ano passado, a pedido da Procuradoria-Geral da República angolana. 

Covid-19: "A situação económica e social em Angola é dramática"


O Parlamento angolano aprovou, na generalidade, o Orçamento Geral do Estado revisto para este ano, na sequência da pandemia da Covid-19. Economista Alves da Rocha alerta para o drama do desemprego e da pobreza no país.

Na terça-feira (14.07), durante a discussão no Parlamento sobre o orçamento retificativo para 2020, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) elogiou as medidas do Executivo para equilibrar as receitas orçamentais. O peso da despesa financeira reduziu, por exemplo, de 60,7% para 55,9% do total do Orçamento Geral do Estado.

Face aos efeitos da pandemia na economia angolana, o líder parlamentar do MPLA, Américo Kuononoka, apelou ao Governo de João Lourenço que prossiga "com coragem e determinação o conjunto de ações preconizadas, de maneira a aliviar o sofrimento dos concidadãos, especialmente os mais desfavorecidos."

No entanto, o deputado Adalberto Costa Júnior, do grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), avisou que "o Governo está a potenciar os passivos do país no futuro, inclusive empurrando para o amanhã os passivos que eram para resolver hoje e está a devorar os ativos do país, que serviriam para acautelar o futuro".

Em entrevista à DW África, o economista Alves da Rocha, professor na Universidade Católica de Angola, fala sobre as dificuldades no país, que precisará de muito mais que um orçamento retificativo: "A minha preocupação primeira é sobre a qualidade [da despesa pública], porque continuam a existir desvios das verbas afetadas aos setores da saúde e educação".

Moçambique | Quando irá a PGR investigar o caso "negócio da guerra em Cabo Delgado"?


Até agora, a PGR apenas se preocupou com os denunciantes de um negócio pouco transparente envolvendo o Estado e petrolíferas, desviando a atenção do problema. Porque não investiga a atuação dos supostos transgressores?

Em março, o jornal Canal de Moçambique revelou um contrato assinado em fevereiro de 2019 entre as petrolíferas Anadarko e Eni e os ministérios da Defesa e do Interior, alegadamente para garantir a segurança dos trabalhadores no contexto da insurgência em Palma, em Cabo Delgado.

Os documentos aparentemente expõem comportamentos desviantes, em termos de procedimentos do aparelho do Estado, dos ex-ministros da Defesa e do Interior, Atanásio Mtumuke e Basílio Monteiro, respetivamente.

O jornalista e diretor executivo do Canal de Moçambique, Matias Guente, enumera alguns: "O que publicamos tem um conjunto de situações de gritante irregularidade, como por exemplo o facto de a conta ser domiciliada a assinatura do ex-ministro da Defesa e continuar nessa situação até hoje, o facto de a conta estar domiciliada num banco comercial e não na conta única do tesouro, o facto de ser uma parceria público-privada e receber um carimbo de segredo de Estado, em regime de confidencialidade."

Grupo dissidente assalta centro de saúde no centro de Moçambique


Homens armados, que a polícia moçambicana suspeita pertencerem à Junta Militar da RENAMO, assaltaram esta terça-feira um centro de saúde no distrito de Gondola, na província central de Manica, onde roubaram medicamentos.

O assalto ocorreu durante a madrugada no posto administrativo de Chipindaumue e o grupo terá saqueado medicamentos diversos, depois de ameaçar os profissionais de saúde que se encontravam no local, disse à Lusa Mário Arnança, porta-voz da Polícia da República de Moçambique em Manica.

"Reforçámos a segurança no local e há uma equipa da polícia ainda a trabalhar", disse a mesma fonte oficial, avançando que não houve registo de vítimas.

A autoproclamada Junta Militar da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) é liderada por Mariano Nhongo, ex-dirigente da guerrilha, e é acusada de protagonizar ataques visando forças de segurança e civis em aldeias e nalguns troços de estrada da região centro, tendo causado, pelo menos, 24 mortos desde agosto do ano passado.

África do Sul ultrapassa 300 mil casos e 4.450 total de óbitos de Covid-19


Com mais de 300 mil casos e 4.346 vítimas mortais, a África do Sul é o país mais atingido pela pandemia no continente. Segundo o Ministério da Saúde, país aproxima-se de um pico de infeções. Hospitais estão sobrelotados.

Mais de 35% dos casos foram registados na província de Gauteng, centro financeiro da África do Sul e epicentro do surto, que também é responsável pelo maior número de mortes.

Na quarta-feira, as autoridades confirmaram 107 mortes em todo o país, subindo para mais de 4.450 o total de óbitos. No entanto, um relatório do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul afirma que o país registou quase 11 mil mortes só no últimos dois meses.

África do Sul é a nação mais atingida pela pandemia de Covid-19 no continente africano, seguida pelo Egito, com cerca de 85 mil infetados e 4 mil mortos. 

Nas ruas, a população mostra-se apreensiva. "Estou muito preocupado e acho que todos deveriam estar. É algo que está a desafiar a vida humana, que tem o potencial de matar talvez metade da população mundial", diz um sul-africano.

"O Governo deve ter um plano, construir hospitais e contratar mais médicos, sem desperdiçar dinheiro", sugere outro cidadão.

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