Com mais de 300 mil casos e 4.346
vítimas mortais, a África do Sul é o país mais atingido pela pandemia no
continente. Segundo o Ministério da Saúde, país aproxima-se de um pico de
infeções. Hospitais estão sobrelotados.
Mais de 35% dos casos foram
registados na província de Gauteng, centro financeiro da África
do Sul e epicentro do surto, que também é responsável pelo maior
número de mortes.
Na quarta-feira, as autoridades
confirmaram 107 mortes em todo o país, subindo para mais de 4.450 o total de
óbitos. No entanto, um relatório do Conselho de Pesquisa Médica da África do
Sul afirma que o país registou quase 11 mil mortes só no últimos dois meses.
A África
do Sul é a nação mais atingida pela pandemia de Covid-19 no continente
africano, seguida pelo Egito, com cerca de 85 mil infetados e 4 mil
mortos.
Nas ruas, a população mostra-se
apreensiva. "Estou muito preocupado e acho que todos deveriam estar. É
algo que está a desafiar a vida humana, que tem o potencial de matar talvez
metade da população mundial", diz um sul-africano.
"O Governo deve ter um
plano, construir hospitais e contratar mais médicos, sem desperdiçar
dinheiro", sugere outro cidadão.
A situação agrava-se em algumas
regiões do país onde os hospitais estão sobrelotados e há falta de equipamentos
médicos.
A médica Tobisa Fodo, que
trabalha num hospital na província de Cabo Oriental, diz que as equipas médicas
não conseguem atender todos os pacientes: "É de partir o coração o
facto de ter de dizer não à mãe, à avó, ao pai ou ao tio de alguém",
conta.
O Governo sul-africano calcula
que o pico de casos de Covid-19 deve ocorrer entre o final de julho e setembro.
Facto que tem deixado as autoridades em alerta, numa altura em que os hospitais
já dão sinal de sobrecarga.
Devido ao crescente número de
doentes e para tentar aliviar a pressão sobre o sistema de saúde, o Presidente
Cyril Ramaphosa voltou restabelecer algumas medidas, depois de quase dois meses
de fortes restrições.
Desde o início desta semana, o
Governo impôs o recolher
obrigatório noturno e também voltou a proibir a venda de bebidas
alcoólicas. E tornou obrigatório o uso de máscara de locais públicos.
Nos últimos dias, o rápido
aumento de casos confirmados na África do Sul tornou o país num dos pontos
críticos da doença a nível mundial. De acordo com os dados disponibilizados
pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, a África do Sul está entre
os dez países no mundo mais afetados pela doença.
Deutsche Welle, com agências
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