Todos os candidatos ‘viáveis’, em todas as eleições presidenciais nos EUA desde a invasão do Iraque, foram/são favoráveis à guerra
Caitlin Johnstone (em Strategic Culture Foundation)
O mais poderoso governo de toda a Terra ainda não conseguiu ter sequer uma, que fosse, uma, uma eleição cujo principal candidato não apoiasse um dos feitos mais malignos do governo de seu país.
Os EUA cometeram muitas, muitas, muitas coisas profundamente malignas ao longo de sua história, mas a invasão do Iraque, em 2003, sem dúvida aparecerá sempre entre as ‘dez mais’. Os EUA mataram mais de um milhão de seres humanos, desestabilizaram toda uma vasta região, criaram condições para que prosperassem perversidades como o ISIS e Al Nusra e facilitaram que crescesse nova onda de intervencionismo no Oriente Médio. Tudo isso, sem qualquer benefício para o povo norte-americano. O que é absolutamente imperdoável.
Mas foi como se todos esses crimes não tivessem tido consequência alguma. Nada mudou de verdade nas instituições militares, governamentais, políticas ou de comunicações de massa nos EUA, para impedir que atrocidade similar jamais volte a acontecer – pela suficiente razão de que os que comandam a política externa dos EUA estão absolutamente decididos a repetir o que fizeram no Iraque. Os crimes ficaram impunes, não houve qualquer consequência política, como se vê pelo fato de que políticos que apoiaram e promoveram a guerra contra o Iraque ascenderam na estrutura dos respectivos partidos, e são hoje candidatos – um Democrata, outro Republicano, à presidência dos EUA.